Segredos Debaixo do Chuveiro

6 2 0
                                    

AS LUZES NÉON DO LETREIRO PISCARAM

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

AS LUZES NÉON DO LETREIRO PISCARAM.
       O recepcionista confirmou o depósito de cinquenta neoienes.
       O casal assentiu, e subiu.

       O casal assentiu, e subiu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

       O quarto fedia a maconha. No banheiro, gemidos de prazer ricocheteiam contra os azulejos, criando um eco perturbante. O espelho acima da pia, refletia a expressão da garota: seu batom rosa estava borrado, e o cabelo estava desarrumado, a cada tapa que o ork dera nela.
       Mais gemidos ecoaram. Até que ambos inspiraram de alto êxtase.
       O ork largou-a na banheira, e girou a torneira. Água gelada caiu, acabando com a ereção do ork. Ele se juntou. Sentado na outra ponta da banheira, pegou um cigarro de maconha que estava na pia. A garota tomou da mão dele, e tragou. Depois, devolveu, rindo baixinho.
       O ork inalou toda essência, e uma tranquilidade descomunal se instalou.
       A garota, humana, abriu as pernas finas.
       Os olhos do ork dobraram de tamanho. Ele se esgueirou até ela como uma serpente, e seu busto corpulento protegeu-a da água gelada. Os selinhos, pouco a pouco, tornaram-se longos beijos.
       — Gata — disse o ork. — Cê tá livre que horas amanhã?
       — Umas quatorze, se o meu namorado trampar. — respondeu. Ela o puxou para si, continuando com a série de beijos.
       O ork afastou-a, desviando sua boca fina dos lábios carnudos. — O teu namorado num pode saber disso.
       — Não vai — ela jurou.
       Os dois se encararam de boca aberta. Sorriram, e riram um pouco. Depois, o ork puxou as cortinas de plástico, e o contorno de seus corpos encontraram-se.

 Depois, o ork puxou as cortinas de plástico, e o contorno de seus corpos encontraram-se

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

       No dia seguinte, o ork vestiu sua melhor blusa — azul, sendo específico. Barbeou o queixo quadrado. Passou um perfume de hortelã, no qual duraria muitas horas. E pegou o metrô. A última parada, foi num bairro nobre. Lá, prosseguiu nas extensas ruas, após sair da estação.
       Quando avistou uma multidão em frente a um condomínio, apressou-se.
        A multidão cercava a entrada. Era possível ouvir um troll, talvez fosse o porteiro, dizer: — Foi um elfo! Juro que o vi.
       O estômago do ork esfriou.
       Afastou a multidão, e viu que tratava-se de um corpo feminino. Passeando os olhos nela, enquanto evitava as feridas na região da cabeça, concluiu: — Ela... ! — As pessoas o encaram. Sua fala foi cortada pelas lágrimas. Balançou a cabeça em negativa, tentando mentir a si mesmo o fato.
       — Meu jovem, sabe quem é ela? — perguntou uma idosa-humana de roupas formais, obviamente a fofoqueira do bairro.
       — Era a minha... minha...
       — Amante?!... — perguntou uma voz masculina atrás do ork.
       Ele virou, sentindo um embrulho no estômago.
       O dono da voz era um elfo. Este portava uma longa barra de ferro manchada de vermelho, e na outra mão, uma pistola Cavalier Scout, que mantinha apontada ao ork. Sua testa franzia, e a boca exibia o ranger dos dentes.
       — Sabia que ela me traía, mas não com uma aberração — disse o elfo, demonstrando um nojo aos meta-umanos. — Agora, corra... !

Fim.

Contos Diversos Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora