[CONCLUÍDO]
Todo tipo de conto, flash fiction e microconto. Histórias escritas para animar ou CHOCAR o seu dia.
Publicação semanal.
Lista de Contos:
Quem é tu, Maluco?
Uma noite Qualquer
O Contador de Desgraças (AVISO: +18)
Pague por Tudo (AVISO: +1...
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AS LUZES NÉON DO LETREIRO PISCARAM. O recepcionista confirmou o depósito de cinquenta neoienes. O casal assentiu, e subiu.
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O quarto fedia a maconha. No banheiro, gemidos de prazer ricocheteiam contra os azulejos, criando um eco perturbante. O espelho acima da pia, refletia a expressão da garota: seu batom rosa estava borrado, e o cabelo estava desarrumado, a cada tapa que o ork dera nela. Mais gemidos ecoaram. Até que ambos inspiraram de alto êxtase. O ork largou-a na banheira, e girou a torneira. Água gelada caiu, acabando com a ereção do ork. Ele se juntou. Sentado na outra ponta da banheira, pegou um cigarro de maconha que estava na pia. A garota tomou da mão dele, e tragou. Depois, devolveu, rindo baixinho. O ork inalou toda essência, e uma tranquilidade descomunal se instalou. A garota, humana, abriu as pernas finas. Os olhos do ork dobraram de tamanho. Ele se esgueirou até ela como uma serpente, e seu busto corpulento protegeu-a da água gelada. Os selinhos, pouco a pouco, tornaram-se longos beijos. — Gata — disse o ork. — Cê tá livre que horas amanhã? — Umas quatorze, se o meu namorado trampar. — respondeu. Ela o puxou para si, continuando com a série de beijos. O ork afastou-a, desviando sua boca fina dos lábios carnudos. — O teu namorado num pode saber disso. — Não vai — ela jurou. Os dois se encararam de boca aberta. Sorriram, e riram um pouco. Depois, o ork puxou as cortinas de plástico, e o contorno de seus corpos encontraram-se.
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No dia seguinte, o ork vestiu sua melhor blusa — azul, sendo específico. Barbeou o queixo quadrado. Passou um perfume de hortelã, no qual duraria muitas horas. E pegou o metrô. A última parada, foi num bairro nobre. Lá, prosseguiu nas extensas ruas, após sair da estação. Quando avistou uma multidão em frente a um condomínio, apressou-se. A multidão cercava a entrada. Era possível ouvir um troll, talvez fosse o porteiro, dizer: — Foi um elfo! Juro que o vi. O estômago do ork esfriou. Afastou a multidão, e viu que tratava-se de um corpo feminino. Passeando os olhos nela, enquanto evitava as feridas na região da cabeça, concluiu: — Ela... ! — As pessoas o encaram. Sua fala foi cortada pelas lágrimas. Balançou a cabeça em negativa, tentando mentir a si mesmo o fato. — Meu jovem, sabe quem é ela? — perguntou uma idosa-humana de roupas formais, obviamente a fofoqueira do bairro. — Era a minha... minha... — Amante?!... — perguntou uma voz masculina atrás do ork. Ele virou, sentindo um embrulho no estômago. O dono da voz era um elfo. Este portava uma longa barra de ferro manchada de vermelho, e na outra mão, uma pistola Cavalier Scout, que mantinha apontada ao ork. Sua testa franzia, e a boca exibia o ranger dos dentes. — Sabia que ela me traía, mas não com uma aberração — disse o elfo, demonstrando um nojo aos meta-umanos. — Agora, corra... !