Capítulo 66:

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Passaram-se alguns dias desde que tudo aquilo aconteceu, troquei meu número de celular e só dei para pessoas que eu realmente sou próxima, desde que o sequestro aconteceu o Kurt faz o possível e impossível para nunca me deixar sozinha, ele simplesmente enlouquece com a idéia de me deixar sozinha, o que eu acho fofo da parte dele más não posso parar de viver, Kurt insistiu, implorou na verdade, para que eu ficasse na casa dele, com ele, e bom, eu atendi ao seu pedido, para que ele ficasse mais tranquilo, aproveitei que fiquei sozinha na casa para colocar música e dançar, já que faz um bom tempo que eu não faço isso por conta dos enjôos, obviamente trouxe a minha vitrola e os meus discos, porque grande parte da coleção do Kurt não é dançavel, maior parte são discos de Punk Rock e alguns dos Beatles.
Eu gosto de colocar um Michael Jackson de vez em quando, tem algo melhor pra dançar do que isso?
Se tiver eu desconheço.
Estou ciente de que devo parecer uma doida dançando no quarto, me jogando sobre a cama e depois levantando, girando, fazendo qualquer coisa, menos uma coreografia que prestasse, quando ouço a porta de frente se abrindo paro o disco, abro a porta do quarto e vou até a sala practicamente correndo, uau que eu estou com energia hoje.

"Você estava dançando?" Kurt me questiona rindo ao ver que estou ofegante

"Estava" respondi sorrindo para ele e soltei o ar que estava prendendo, ele se aproximou de mim, colocou sua mão na minha bochecha e se inclinou até mim para me beijar, céus é sempre como se fosse a primeira vez, sempre me faz sentir esse frio na barriga e uma sensação gostosa que percorre todo o meu corpo

"Onde estão o Krist e Dave?" perguntei assim que separamos nossos lábios

"Estou te beijando e você está pensando neles?" ri da cara que ele fez acompanhada dessa frase

"Estou pensando justamente para saber se temos a casa para apenas nos dois" retruquei

"Eles vão demorar" ele afirmou

"Vão é?"

"Vão, eles vão demorar uns 3 meses então a gente tem que aproveitar as próximas duas horas como se fossem 3 meses, e fazer tudo que der pra fazer" era óbvio que eles não iam demorar 3 meses e isso era só uma desculpa para a gente aproveitar que vamos ficar duas horas a sós

"Você não vale nada"

"E você gosta assim" disse com sua boca practicamente colada na minha, sem me dar tempo pra reponder me beijou, e me pegou pelas pernas me fazendo dar um pulo para ele me segurar nos seus braços, e nos dirigiu até a cama, caindo ambos sobre ela ao mesmo tempo, os beijos junto com a respiração ofegante do Kurt sobre meu pescoço estava me deixando completamente fora de mim, peguei no seu rosto para voltar a beijar a sua boca, e practicamente gemi dentro da boca dele.

"Kurt"
Ele começou a descer pelo meu corpo, percorrendo cada canto dele enquanto me despia, tirando as meia calças que eu vestia lentamente, só para me torturar, me apressei a despi-lo e fiquei por cima dele, tomando o controle da situação, ele tentou contornar a situação más não o deixei, me aproximei do seu rosto e sussurrei eu te amo antes de beijá-lo.

Eu sou a pessoa mais sortuda e feliz do mundo, faço o que amo, tenho amigos e ao Kurt, as coisas entre nós dois finalmente se acertaram pra valer, tê-lo na minha vida foi a melhor coisa que já me aconteceu depois de ter tomado a decisão de vir pra New York, porque caso não tivesse tomado essa decisão que foi tão difícil pra mim na época, nada do resto das melhores coisas da minha vida teriam acontecido, após anos de brigas e desentendimentos, eu fiz as pazes com a minha mãe, algo que parecia impossível finalmente tornou-se real, ela pediu perdão por ter sido tão cega por tantos e tantos anos, eu a perdoei, claro, não foi sua culpa, ela vivia com medo, pela vida dela e pela minha, merecíamos ser felizes, quando contei que estava grávida ela ficou tão feliz, genuinamente feliz, e depois veio com presentes para minha bebê, sim, minha bebê, pois sinto que vai ser menina, rezo pra ela sair igual ao Kurt, imagina só uma coisa pequeninha loira e de olhos azuis, eu poderia chegar a morrer de amor, uma coisa que vai sempre me unir ao Kurt, além do nosso amor, eu já não tenho dúvidas de que ele é minha alma gêmea, somos tão compatíveis em todos os sentidos, que as vezes até me espanta, embora existam algumas diferenças gritantes, como por exemplo na maior parte dos casos ele sabe lidar com as situações de maneira bem mais tranquila que eu, seu gosto músical é parecido com o meu porém é bem mais  escuro e pesado, eu falo alto e sou um tanto escandalosa na hora de me expressar, ele fala baixo e tranquilo, tudo ao contrário de quando está cantando, nunca vou esquecer da primeira vez que o vi cantando, nem sabia que aquele momento mudaria tanto a minha vida, e quando eu fiquei extremamente brava por conta do seu atraso no dia seguinte?
É hilário pra mim hoje em dia lembrar o quão seca fui aquele dia e dando a desculpa de que eu só estava sendo profissional, quando na verdade foi a partir daquele momento que comecei a evitá-lo pois sua presença e seus olhos sobre mim me deixavam nervosa, até hoje ainda me deixam muitas vezes, suponho que o frio na barriga que eu sinto cada vez que o vejo nunca vai acabar, parecia uma eterna adolescente apaixonada, e falando em paixão, meus pensamentos foram interrumpidos pelo próprio.

"Como está pensativa" disse beijando minha bochecha por atrás de mim e descendo até meu pescoço, depositando beijos alí, eu sorri com esse ato
"No que estava pensando?"

"Em você, lembra quando você chegou atrasado na cafeteria e eu fiquei muito brava?"

"É claro, como esquecer? Você foi um amor de pessoa naquele dia" ambos rimos

"Me perdoa?" pedi em tom de brincadeira

"Perdôo,"Senhorita só estou sendo profissional" " ele fez aspas com as mãos

"Aquilo foi só uma desculpa pra tentar cair fora o mais rápido possível sabia?"

"Isso eu percebi, eu só não entendo até o hoje o por quê" eu o olhei com desconfiança, não era possível ele não entender o porquê
"De verdade, eu não sei o porquê você agia daquele jeito"

"Não era óbvio? Você me intimidava e me deixava extremamente nervosa, quer dizer até agora você ainda me deixa as vezes" ele me encarava daquele jeito indecifrável dele
"Especialmente quando me olha assim" falei desviando meu olhar do dele, ele pegou no meu queixo, se aproximando de mim, me encarando bem de perto, trocando seu olhar entre meus olhos e minha boca, passando seu polegar pelo meu lábio inferior, e foi descendo seu dedo pelo meu pescoço, passando pelo meu ombro, descendo pelo meu braço 

"Uma das coisas que eu mais amo em você é como cada vez que eu toco em você se arrepia, e cada vez que te beijo parece como se fosse a primeira vez, você fica excitada como se fosse a primeira vez e consequentemente eu fico também, e tudo que fazemos parece novidade, não importa quantas vezes já o fizemos, eu nunca me canso" ele disse a última frase encarando minha boca, mordi meu lábio pois eu já tinha ficando excitada com seu toque e estava me contendo, ao máximo que pudia, felizmente ele me beijou sem que eu precisasse falar nada.

THE END
Nunca nada realmente termina. ❤️

 ❤️

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