Capítulo 27:

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Me virei pro lado e vi o Kurt dormindo angelicalmente do meu lado, e não pude evitar pensar no quão absurdamente sortuda sou em tê-lo, eu sei que ele estava dormindo más não resisti, me aproximei dele e o beijei, ele resmungou e franziu o cenho até que entendeu o que estava acontecendo, ele retribuiu o beijo enquanto ficava por cima de mim.

"Eu quero acordar assim todos os dias" expressou e prosseguiu a me beijar, porém fomos prontamente interrompidos pelo meu celular tocando

"Umm.. Kurt" eu estava tentando pedir pra que ele parasse, más eu me encontrava completamente entregue

"Kurt eu preciso atender" consegui finalmente falar após o sexto ou sétimo toque do celular

"Ah não, por que?"

"Pode ser importante, pode ser sobre meu trabalho" insisti, e então ele permitiu que eu pegasse o celular do criado mudo, não reconheci o número, vi que era do Brasil e com receio atendi

"Alô, quem fala?"

"Filha, sou eu"

"Mãe?" olhei pro Kurt surpresa, más ele não estava entendendo nada, bom, na verdade nem eu

"Sim filha, sou eu"

"Ah oi mãe, quanto tempo" eu não sabia o que falar, desde que eu vim pros estados unidos ela deve ter ligado no máximo 4 vezes, além dessa

"Oi filha, como você tem estado?"

"Eu estou muito bem e a senhora?"

"Bem também, porém tem uma coisa que me deixou inquieta" pronto lá vem o motivo real desta ligação

"O que é?"

"Eu soube que você namora um tal de Kurt Corbaein" eu ri do jeito todo errado que ela pronunciou seu nome

"É Kurt Cobain" olhei pro Kurt tentando segurar meu riso
"E aliás como sabe disso?"

"Bom, está nos jornais, todo mundo está falando sobre isso, más então quer dizer que é verdade?"

"Sim, é verdade, eu namoro o Kurt, o que tem demais nisso?"

"O que tem demais? está em todos os lugares que esse homem tem sérios problemas com drogas"

"Acredito que isso não seja da sua conta" respondi seca

"Como pode defendê-lo? defender um viciado, onde você foi parar minha filha?"

"Acontece que ele não é um viciado, ele é um ser humano, e ele é uma boa pessoa"

"Não deixa de ser um viciado, que tem problemas gravíssimos com drogas e.."

"Olha mãe se isso é outras das suas tentativas de controlar minha vida, não vai rolar"

Levantei da cama e percebi o olhar preocupado do Kurt sobre mim
"Aliás é muito interessante como você é a primeira a me falar para largar "um viciado" "
Fiz aspas no ar, como se ela pudesse me ver, como sou idiota.

"Sendo que você se casou com um, com um alcoólico que bateu em você, que bateu na sua própria filha, que nos maltratou por anos, e em momento algum demonstrou que tinha interesse nenhum em melhorar ou se tratar, e você continuou do lado dele, eu sei que pode ser difícil pra você acreditar más o Kurt é um bom homem, tudo o contrário do meu pai, sabia que ele já me salvou duas vezes de um cara que quis abusar sexualmente de mim? não né? isso não aparece nos jornais não é? que curioso, tchau Mãe" desliguei, eu não queria mais saber o que ela poderia ter pra falar, eu não me encontrava bem pra conversar, sempre que eu pensava no meu pai eu me irritava, meu sangue começava a ferver, joguei o celular na poltrona que havia alí no meu quarto e esfreguei as mãos no meu rosto, tentando esquecer disso, e acabei esquecendo que o Kurt estava alí

"Anjo? O que houve?" Kurt perguntou ao se aproximar de mim, retirei minhas mãos da cara

"Nada demais, só a minha mãe tentando controlar a minha vida, como sempre" dei de ombros

"Ela soube do nosso namoro não foi?"

"Como soube?"

"Bom, você mencionou meu nome, e pelo jeito ela não gostou muito do seu genro"

"Que bom que não é ela que tem que gostar"
Passei meus braços por cima do seus ombros para aproxima-lo mais de mim

"Lu, por que ela não gostou de mim?" ele parecia genuinamente preocupado com isso

"Deixa isso pra lá, não é importante"

"Ela soube dos meus problemas com drogas não é?" eu fiquei em silêncio por alguns segundos e então lhe respondi apenas com a cabeça, ele se afastou

"Eu sabia, por que parece que ficou tão brava com ela então? afinal ela está certa, eu realmente tenho problemas com drogas"

"Não, ela não está, e eu tenho os meus motivos para ficar brava"

"Quais motivos?" suspirei, exausta apenas por ter que sequer pensar nisso

"Meu pai é alcoólatra"

"Ah então você atrai pessoas com vícios pelo jeito" direcionei meu olhar pro chão
"Desculpa" ele pediu logo em seguida

"É diferente" respondi

"Por que é diferente?"

"Meu pai batia em mim e na minha mãe, practicamente todos os dias"
Kurt que antes parecia nervoso, agora me olhava e escutava com toda a sua atenção

"Eu não sei se eu lembro de ter visto meu pai sóbrio alguma vez, acho que a última vez foi quando eu tinha 5 anos, então sim, é diferente, é diferente porque eu nunca me senti segura com meu pai, com a pessoa que era pra ser quem deveria me proteger" me calei por um instante

"Ao contrário de quando estou com você, eu acho que nunca me senti tão segura na minha vida, e eu sei apenas olhando nos teus olhos que você nunca me machucaria"

"Jamais, eu JAMAIS machucaria você" disse ao pegar no meu rosto com ambas mãos

"Eu sei disso" coloquei minhas mãos sobre as suas e sorri sem mostrar os dentes

"Por que nunca me contou sobre isso?"

"Porque não é algo o que eu gosto nem sequer de pensar sobre, muito menos falar, e agora eu preciso que você me faça esquecer" o beijei, eu só quero que ele me dê outra coisa na qual pensar, na qual sentir.
E ele entendeu o recado, apenas o seu beijo já fazia com que eu perdesse o controle sobre mim mesma, ele me empurrou sobre a cama ficando sobre mim, e retirou a minha camiseta e calcinha logo em seguida, seu peito nu ficou sobre o meu, ele migrou seus lábios pro meu pescoço, revirei os olhos pelo prazer que me proporcionava.

Inescapable Attraction (Atração Inevitável)Onde histórias criam vida. Descubra agora