Capítulo 60:

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Se passaram alguns dias desde que o Kurt implorou para que eu ficasse e eu fui embora, me arrependi de ter ido embora assim que fechei a porta, más não me permiti voltar atrás, tenho vivido os últimos 7 dias em constates crises de choro, saí para espairecer um pouco a minha mente, caminho pelas ruas de New York más não vejo nada que me alegre, eu sou a única que deve estar infeliz, muitas pessoas morreriam por estar aqui, para viver aqui, mudei de idéia sobre eu ser a única infeliz aqui assim que vejo uma mulher sentada na pequena escada de uma casa, e ela também não parecia nada bem, conseguia ouvir seus soluços daqui, me aproximei dela, e sentei do seu lado.

"Está tudo bem?" me atrevi a perguntar, não a conheço más sinto que a entendo, provavelmente por me sentir do mesmo jeito que ela, só que ao contrário dela eu escondo, o que é pior, ela aparentemente se surpreendeu com meu gesto e me abraçou, o que acabou me surpreendendo, norte americanos não são tão carinhosos

"Quer me contar o que está havendo para você estar chorando em New York?" tentei brincar para deixar o clima mais leve

"Eu.." ela tentava se reecompor para poder falar comigo
"Eu perdi meu namorado" pff só isso?
Quer dizer eu estava chorando pela mesma coisa, meio hipócrita da minha parte pensar que o problema dela é pequeno.

"Por quê terminaram?"

"A gente não terminou, quer dizer, sim a gente tinha brigado e eu estava furiosa com ele, más quem me dera esse fosse o problema"

"Más e então? Eu não entendo"

"Ele morreu"

"Oh deus, eu sinto muito, como aconteceu?"

"Suicídio, ele cometeu suicídio"
Isso me deixou chocada, eu não sabia o que dizer

"Isso é horrível, céus, eu lamento muito de verdade" Foi minha vez de abraçá-la, a abracei até sentir que ela tinha parado de soluçar

"Por quê parou?"

"O que?" perguntei confusa

"Por quê parou para ver como eu estava?"

"Oh, eu.. meio que entendo, quer dizer achava que entendia a dor pela qual você estava passando até você me contar do seu problema, agora meu problema parece do tamanho de um bebezinho recém nascido"

"Qual é o seu problema?"

"Oh não deixa pra lá, você não precisa de mais coisas assim na sua cabeça"

"Na verdade qualquer coisa que me distraía pode me ajudar, me conte, talvez eu possa ajudar"

"Bom, eu também briguei com meu ex namorado, só que a gente terminou, isso já faz 6 meses, só que eu ainda o amo, eu meio que tive uma "recaída" com ele, ele implorou para que eu não fosse embora más eu fui"

"Se eu fosse você eu ia atrás dele, tentaria acertar as coisas, nunca se sabe o que pode acontecer, olha.. o orgulho não te dá nada além de dor"

"Eu sei"

"Tá esperando o que então?"

"Más e você?"

"Eu lido com meus problemas, você lide com os teus"

"Obrigado"

"Obrigado a você, por ser a única pessoa a se importar"
Nós demos mais um abraço e eu comecei a andar, dando passos firmes, decidida do que faria, só não sei como, quando, nem onde, decidi ir até a casa do Kurt.
Me surpreendi ao ver que ambos carros estavam na frente da casa más bati na porta e ninguém atendeu, decidi ligar pra Naomi, caso ela soubesse algo que eu não.

Inescapable Attraction (Atração Inevitável)Onde histórias criam vida. Descubra agora