[ Em processo de correção e adição de detalhes ]
''Pensei que tudo ficaria bem se eu apenas o observasse de longe, repeti isso a mim mesmo inúmeras vezes. Mas o sentimento guardado por tanto tempo começou a torna-se insuportável, e em um ato de cova...
No caminho para o apartamento Hirake apenas praguejou contra mim, soltando coisas sem sentido como que eu havia roubado o coração de Kojiro e era feio se comparado a ele.
Em nossos últimos encontros ele tinha uma presença agressiva e violenta, mas agora apenas o vejo como uma grande criança inconsequente.
A casa possuía as mesmas dimensões que o restaurante, os móveis estavam dispersos pelo lugar e há caixas empilhadas sobre o chão. Tão mal organizado, um espaço tão amplo e extremamente mal aproveitado, um desperdício.
— Kaoru, sente-se, vou apenas trocar suas roupas e colocar esse cara na cama. — Hirake dormia enquanto apoiava-se nos braços de Kojiro.
— Certo. — Trocar suas roupas e coloca-lo na cama... Trocar suas roupas... Trocar... Roupas...
Salto do sofá e sigo em direção ao quarto.
Kojiro estava ajoelhado ao lado da cama, compassadamente ele desabotoava a camisa de Hirake.
— Eu faço isso! — O empurrei para o lado e continuei a soltar os botões um a um. O que diabos estou fazendo? Sequer conheço esse cara, por que estou cuidando de alguém que já me agrediu?
— Kaoru? O que você está fazendo?
— Trocando as roupas dele, não vê? Agora se vire ou por acaso é um homem pervertido que gosta de olhar bêbados sem roupa?
— C-Como assim? Você também é homem esqueceu?
Mas que droga, eu também não sei o que estou fazendo, porque ele apenas não cala a boca!?
— Errr, é diferente, agora se vire. — Não quero que ele veja esse cara despido.
O corpo de Hirake é perfeitamente definido, sua pele é clara e macia, olhando-o dormir sua aparência é perfeita, eu jamais teria chances contra ele para conquistar Kojiro.
EH?
Que merda de pensamento foi esse?
— T-Terminei, ele está bem agora.
— O que é isso Kaoru? — Ele olha assustado para o rapaz e depois fixa o olhar confuso em meu rosto.
O que?
Talvez cobri-lo dos pés a cabeça como um pessoa morta não tenha sido legal, puxo o lençol até a altura do seu nariz, agora ele pode respirar adequadamente.
— Melhor?
— Vamos deixa-lo dormir, amanhã o levo de volta para o hotel. — Sigo-o em silêncio até a sala de estar.
— Você já fez o suficiente, obrigado. Agora é melhor eu te levar para casa.
Eu não quero ir embora, novamente o incômodo com a ideia de deixa-los a sós me atinge.
— Eu posso ficar... Se você quiser, é claro.— Ele pressiona o cenho com seu polegar, seus olhos estão fechados, é como se lutasse para encontrar uma resposta. Talvez seja melhor eu ir.
— Esqueça o que falei, vou ligar para meu motorista.
— Não! Não precisa, eu posso te levar. — Não era essa a resposta que eu esperava, de certa forma me sinto desapontado.
— Não se preocupe você tem alguém para cuidar não é? Eu vou descer não precisa me acompanhar, apenas vá ficar com ele.
— Kaoru, você está chateado?
— De novo com essa besteira? Não, não estou chateado.
— Me desculpe, eu queria que você ficasse, mas ele é.... — As palavras parecem se perder em sua mente.
— Complicado. É você já me disse isso. Eu vou indo, boa noite.
Cada degrau que desço a sensação é de agulhas sendo cravadas em meu peito, minha cabeça está latejando, o ar em meus pulmões parece ser insuficiente, é difícil respirar.
A rua está vazia e escura, o vento torna-se ainda mais gelado ao tocar meu rosto, posso senti-lo úmido, levo a ponta dos dedos até minhas bochechas e percebo as lágrimas escorrerem por minha pele.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
