[XII] Bonnie&Clyde

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Tenham uma boa leitura, espero que gostem! <3

Se puderem votar e deixar comentários, eu agradeceria muito.

[👿]

Deitado em silêncio na grama úmida do jardim de casa, observando o céu noturno enquanto converso comigo mesmo.

É impossível ver o fim disso.

— Ainda sinto raiva de você pelas noites que não me lembro — confessei, olhando para céu, sem focar em nenhum ponto específico, com as mãos no bolso do moletom preto, a cabeça apoiada no chão e os joelhos dobrados. — É meio idiota o jeito que o Kaeh te olha como se Você fosse o único que ele já viu, mas é legal também — suspirei pesado. — Sabe o que é estranho? Eu acho que amar Você é um jogo perdido... e viciante, e isso é bem hipócrita já que os viciados não vão parar aí em cima.

Um pingo de água se chocou contra meu nariz. Gargalhei baixo, fechando os olhos.

— Seu maldito — resmunguei. Logo, vários outros pingos começaram a cair de lá, me encharcando por completo, a luz da lua ainda iluminava meu rosto.

Mas alguém apagou essa luz também.

— Ei, Jung! O que você está fazendo? — Bae perguntou, com a costumeira voz delicada e o tom curioso que só. Abri os olhos e me deparei com seu rosto próximo ao meu, ela se curvou bem em cima de mim, com os olhos um pouco arregalados e as mãos nos joelhos. — Eu acho que você tá ficando meio besta, eu te disse pra não fazer as coisas que o Jimin faz!

Ri dela, sendo puxado pelos braços para levantar.

— Eu só estava observando a Lua.

Os vizinhos devem me achar um louco, mas nenhum deles jamais conhecera a agonia que é a minha cabeça. Eles não sabem que a Lua me responde todas as noites e sorri para mim quando ninguém mais o faz, talvez eu esteja mesmo enlouquecendo, porque todas as noites eu converso com a ela, e ela, educada e criada por Ele, sempre me faz companhia.

Me distrai.

Passei para o lado de dentro, peguei uma toalha no armário dos fundos e andei para o meu quarto, ali chegando, troquei de roupa e me joguei na cama. E nada aconteceu. As horas se passaram, a escuridão abandonou os céus enquanto era observada por mim, o dia se iniciou e eu, levado pela rotina, levantei novamente para ir à escola.

— Bom dia, Jung — Taehyung disse baixinho, com sua voz rouca de sono, ao passar por mim com os cabelos bagunçados e um pijama folgado azul-bebê, usava o dorso das mãos para coçar os olhos claros.

— Bom dia — respondi. O segui até a cozinha, onde todos já estavam fazendo suas tarefas.

Joohyun estava sentada em uma cadeira, comendo torradas e conversando com Yoongi, que tentava controlar um redemoinho de vento com as mãos; Seokjin estava mexendo em seu celular de um lado da bancada, enquanto Namjoon falava consigo; Hoseok estava sentado no balcão de mármore, com Yeontan em seu colo e uma maçã em mãos, e Taehyung apenas serviu-se com cereal e sentou na mesa para comer.

Depois de alguns minutos, saímos de casa e fomos então para a escola. Conversas paralelas se deram por encerradas quando chegamos e nos dispersamos no estacionamento, todos seguindo para um rumo diferente. Eu continuei ao lado do carro, me recostei sobre o capô com minha mochila nas costas, e pude ver Bae vir correndo em minha direção.

Ela parou na minha frente e demorou alguns segundos para se recompor. Mas, logo que olhou em meus olhos, sorriu abertamente e segurou a lateral de meu rosto com uma mão.

— Min-ody disse que a água está na altura dos joelhos! — exclamou, animada, largou meu rosto e rodeou minha cintura com seus braços, em um abraço carinhoso, passei meus braços por cima de seus ombros, retribuindo o toque e beijei o topo de sua cabeça. — Foi tão melhor do que eu imaginei...

Garoto infernal • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora