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Elas te atingem do nada, quando coisas ruins acontecem é de repente, sem aviso algum. Raramente conseguimos ver a catástrofe se aproximando, não importa o quanto nos preparamos bem para ela.
Caos.
De toda forma, em uma manhã de segunda-feira, com nuvens escuras que modelavam os céus, a aula começara. Logo os estrondos medonhos de trovões sussurravam como diabretes por entre a imensidão dos céus, e pequenos raios escorregavam despercebidos para o chão, reluzindo contra o belo bosque de jovens pinheiros em um canto do pomar de cerejeiras que havia no jardim da escola. E eu, com o queixo apoiado em meus dedos entrelaçados e os olhos fixos na janela de vidro, mais especificamente na massa de nuvens carregadas de chuva que se amontoavam sobre nós, estava longe.
Imerso em pensamentos e conflitos internos, sequer notei o momento em que Jimin deixou a sala de aula com um semblante cabisbaixo. Triste. Durante todo este período de chuvas, foi assim que Jimin esteve. Sempre perambulando com feições deprimidas ou raivosas pelos cantos.
Após mais alguns minutos entediantes na classe de idiomas, o sinal tocou. De súbito, Taehyung se levantou com um olhar tenso, me puxando para fora de forma apressada e desengonçada. Ele fazia isso quando tinha visões repentinas e não sobrava tempo para explicar, então nós apenas seguíamos ele, sempre.
Passamos por vários corredores até chegar ao corredor dos alunos intercambistas e atividades extracurriculares no segundo andar. Em um ponto específico, havia uma multidão reunida em volta de alguém ou algo que por ali acontecia, gritos e vaias eram libertos pela roda.
Quando nos aproximamos mais, Taehyung ficou estático, olhando para o que acontecia. Senti que minha cabeça ia explodir. Jimin estava ali, se metendo em confusão novamente, o sangue que escorria de sua boca manchava seu uniforme amassado, gotículas de suor escorriam por sua testa e faziam com que seu cabelo colorido grudasse ali, em seu rosto, juntamente com a clara expressão de dor, havia um sorriso sádico.
O rosado virou o rosto para cuspir o sangue que estava em sua boca e, enquanto voltava-se para frente, seus olhos me encontraram na plateia e pararam para observar meu rosto livre de leituras, não esboçava expressões. Apenas um segundo de distração foi o suficiente para que o outro o acertasse no rosto com um soco estalado, que o fez cambalear para trás e bater com a cabeça no armário de metal preso à parede do corredor.
Com Jimin caído sobre o chão, inconsciente e machucado, a gritaria se deu por encerrada, alguns o lançavam olhares preocupados, enquanto outros já corriam para descer as escadas e livrarem-se da culpa. A imagem de seu corpo frágil jogado ao chão foi o suficiente para que algo em mim mudasse drasticamente.
Senti raiva. Muita raiva.
Tirei a mira de Jimin e passei a fitar o responsável por deixa-lo naquele estado. Dei um passo à frente, enquanto ele, um para trás.
— Park... — sussurrei, ainda andando em direção ao garoto culpado.
Mate-o. (Azazel)
Como se essa fosse a permissão que eu precisava, fechei os olhos para sentir melhor o calor da voz do terceiro maldito encarcerado em minha cabeça. Azazel era líder de um grupo que usava sexualmente mulheres mortais, ele quase entendia o quanto Jimin era valioso para alguma parte de mim. O demônio da ira, ligado a esse pecado por ter ensinado aos homens como fabricar armas de fogo.
Pobre terceiro maldito... Seu único pecado foi transformar homens em assassinos.
Abri os olhos. Era uma sensação perfeita. Eu via aquilo vermelho, exatamente como enxergava qualquer coisa em casa.
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Garoto infernal • jjk + pjm
FanficJeon Jungkook, filho da Estrela da manhã: Lúcifer, foi enviado à uma escola de humanos para conhecer as almas que um dia serão torturadas por si. Mas tudo se complica quando ele se vê encantado por um baixinho de cabelos cor de rosa: Park Jimin, o s...