Votem e comentem!!
[👿]
Não sou muito fã de mudanças. Na ciência, quando uma célula normal se transforma em uma célula maligna, é chamado de transformação celular. A maldita célula se torna tóxica aos seus olhos.
Pelo que eu sei até agora, transformação é uma droga.
A semana anterior havia acabado muito rápido, assim como os primeiros tempos de aula. A escola continuava a mesma, já os alunos estavam um pouco alterados, suas novas companhias invisíveis pareciam os fazer muito bem, por enquanto.
Quando o sinal tocou, indicando o intervalo para o recreio, peguei meu lanche e caminhei até a quadra não utilizada da escola. Como costumeiro, Park estava lá, talvez aquele tivesse se tornado nosso ponto de encontro, ninguém — além de nós — ia lá.
Ele estava fofo e estressado, como sempre também, desta vez aconteceu algo que o irritou mais ainda, porque ele está em pé no canto da quadra, rodopiando sem parar pelo piso. Virou bailarino.
Cento e dez, cento e onze, cento e doze...
Subi as arquibancadas e me sentei no último degrau, perto dele e o observei por alguns segundos.
— Você é um bom ‘rodopiador’, Park. Vem comer.
Ele parou, estava suado e vermelho.
— Não quero — disse, e voltou a dar umas piruetas doidas pelo chão.
Cento e um...
— Eu trouxe sua bebida mágica — balançei meu cantil prateado em sua direção.
Ele parou novamente, olhou para minhas mãos e se apressou em subir os degraus para se jogar ao meu lado.
Noventa e um... ainda bem.
— Virou bicho-piruleta por quê?
— O velhão disse que não sou bom o bastante para entrar para o clube de dança — pegou o cantil de minhas mãos e o levou até a boca, bebendo da água que coloquei lá. — Isso não é a bebida mágica, Jung! — reclamou, me fazendo gargalhar. — Você é um pilantra!
Com "velhão" ele quis dizer o professor rabugento do clube de dança, Sr. Min. Era engraçada a maneira como Jimin, aparentemente, odiava chamar as pessoas pelos seus verdadeiros nomes, Park era bom com apelidos.
— Você vai adquirir uma cirrose se continuar bebendo tanto, Park. Trouxe esse negócio, disseram que é bom e saudável, então come aí — coloquei a sacola de plástico com o lanche em seu colo. — E eu não acredito que ele disse isso, agora vou ter que atropelá-lo com meu possante.
Fiz uma falsa expressão de tristeza, ele gargalhou alto e tapeou meu braço, em seguida pegou o bolinho doce em suas mãos e enquanto comia falava sem parar, em um minuto reclamava sobre a escola ser chata e em outros já estava fofocando descaradamente sobre pessoas que nós nem conhecíamos. Comentou até sobre o sonho que teve comigo na noite anterior, onde ele era um médico engomadinho e eu um mendigo esquisito. Realmente ele era bem maluco.
— Por que você fala comigo? — perguntou aleatoriamente, cruzando as pernas em frente ao corpo e apoiando os cotovelos em suas coxas.
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Garoto infernal • jjk + pjm
FanficJeon Jungkook, filho da Estrela da manhã: Lúcifer, foi enviado à uma escola de humanos para conhecer as almas que um dia serão torturadas por si. Mas tudo se complica quando ele se vê encantado por um baixinho de cabelos cor de rosa: Park Jimin, o s...