Play Pretend | Juke

1.0

Narradora

Com o capuz e o óculos de sol cobrindo metade do rosto, Luke seguia frustrando em uma das ruas patacas de Los Angeles, ele nem sabia como havia ido parar ali, mas desde que saiu do estúdio dos Curves ignorando o seu carro no estacionamento, tudo que tem feito era andar sem rumo. Ele chutava qualquer pedra em seu caminho pensativo, sem da a mínima para o mundo em sua volta.

Sua cabeça não deixava de voltar na conversa com seu empresário a pouco mais de duas horas, a questão era; Kenny seu empresário a mais de 6 anos não o aguentava mais agindo como um jovem rebelde sem responsabilidades, a situação se tornava cada dia mais insuportável, a rotina de Luke seguia entre mulheres, jogos, bebidas, brigas, festas e algumas vezes se arriscando em drogas pesadas.

A mídia lucrava horrores sobre as costas de Luke, se alimentando todos os dias das polêmicas envolvendo seu nome e ele parecia não se importar. Não, não era a vida que ele quis desde que sua banda estourou, ele amava a música e a energia transmitido toda vez que subia no palco, era a realização de um sonho, mas as festas e atitudes rebelde vieram com o tempo, como ele podia ser um astro do rock sem aquilo?

É claro que ele gostava das festas, de como as pessoas o tratavam como rei, fazendo seu ego se inflar cada vez mais. E agora Kenny o queria na linha, ou ele perderia tudo que conquistou, e por um milésimo de segundos ele odiou Kenny, mas se odiava ainda mais por está jogando sua carreira no lixo.

Luke entra na primeira lanchonete que avista, estilo retrô e bem simples, era um lugar aconchegante, apenas algumas pessoas ali acomodadas com seus lanches e conversando animadamente. Luke sentasse em uma das mesas afastadas no fundo da lanchonete e batuca os dedos de forma ansiosa na mesa, encarando o cardápio a sua frente.

- Se continuar batendo assim vai abrir uma cratera na mesa.

A voz doce diz, e só assim ele se dá conta da garçonete ao seu lado.

- Já sabe o que vai querer? - ela pergunta encarando o bloco de notas em suas mãos.

- Ácido Sulfúrico - ele responde em ironia.

- Isso aí nos não temos, mas nossa chefe faz um café muito ruim, você nem vai notar a diferença.

Luke não consegue impedir o riso de escapa com a piadinha da garçonete, logo a fazendo rir também. E quando ela rir Luke se dá ao luxo de a observar, vendo como a mulher na sua frente era atraente.
Ela tinha cabelos cacheados jogados sobre os ombros, era baixinha e seu corpo preenchia o uniforme amarelo horroroso de uma forma harmoniosa, dando destaque em suas curvas.

- Vamos lá Sr. Mal humorado, tenho mais quatro mesas pra da conta.

- Por favor, escolha pra mim.

- Você não sabe ler?

- Claro que sei ler, mas você está aí com presa, provavelmente conhece tudo desse cardápio, então escolha pra mim.

- Quem garante que eu não vá escolher a pior opção do cardápio?

- Você não quer ver um rostinho bonito desse zangado, docinho.

Após completar sua frases, ele tira o óculos e o capuz, revelando sua face por completa, esperando que ela o reconhece. Mas diferente só esperando, a garota não dá indícios de saber quem ele é.

A garçonete revira os olhos, logo em seguida assentindo com a cabeça se afastando. Luke não deixa de notar com sua bunda parece firme, sendo apertada por aquele uniforme, logo em seguida acerta um tapa na testa, se repreendendo por está olhando aquilo.

Ele encara o sol se pondo pelo vidro da lanchonete, e sua cabeça volta novamente as palavras duras de Kenny, "Até quando, Luke? Até quando vai agir como um adolescente inconsequente?", "Eu não vou mais tolerar suas palhaçadas, se tiver que salvar sua bunda denovo da falação da mídia, você está fora." "Última chance, Patterson. Ou você muda ou deixa a Sunset Curve"
E ali estava o pior erro, não, não foi um erro. Não tinha como ser, ninguém seria melhor pra cuidar da Sunset Curve que seu empresário, Kenny Ortega, mas quando ele e seus companheiros assinaram o contrato a banda deixou de ser deles, agora eram propriedades de Kenny, se ele quisesse substituir qualquer um ali, ele podia.