Capítulo 18

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- Murilo? - Osmar chama aquele homem na esperança de ser seu amado.

O homem ao ouvir seu nome se virou rapidamente pois aquela voz lhe soava familiar e ao olhar para sua surpresa tinha um homem um pouco mais velho que ele, uma barba cheia e um cabelo preto liso que estava um pouco maior que o padrão e quando Couto olhou dentro dos olhos de Campbell um sorriso se formou nos lábios dos dois.

- Osmar. - E inconsciente aquele nome saiu da boca do cacheado com muito mais euforia do que ele esperava.

- Você ainda não foi? - Campbell dizia feliz.

- Quer dizer que você só veio para ter certeza? - Couto estava confuso.

- Não foi por isso não é que ... - Osmar não tinha coragem para falar a verdade. - Sabe o Pedro?

- O que tem o Pedro? - Murilo não entendia o que Osmar queria.

- Ele foi preso hoje mais cedo. - Claramente não era sobre Pedro a conversa que o mais velho queria ter com seu amado, mas não consiga falar.

- Que bom.

- O menino que eu achei que tinha matado foi o Pedro e não eu.

Passageiros do voô 246 com destino à Belém compareçam ao portão 12 é a última chamada.

- Então é isso, parabéns Osmar. - Murilo deu um abraço demorado, aproveitou a ocasião para o último contato com seu amor. - Adeus e boa sorte com tudo.

Em um impulso Osmar puxou Murilo.

- O que foi? - Couto perguntou.

- Você não pode ir embora. - Campbell tomou coragem.

- Por que não? - A cabeça de Murilo passa milhões de emoções.

- Porque eu te amo. - Osmar sussurrou.

- Não ouvi e se eu enrolar vou perder meu voô. - Murilo estava afastando de Osmar e não ouviu o sussurrou desesperado.

- Eu quero que você perca esse voô, eu não posso imaginar viver sem você. - Campbell já se importava de iriam lhe escutar.

- Você não acha que já está tarde para isso, eu tentei te conquistar por três meses e você só me rejeitou e ai hoje eu vou embora recomeçar minha vida você me fala isso e acha que vou perdoar? - Murilo estava muito bravo e gritava.

Os dois viraram atração principal do aeroporto alguns dos curiosos apoiavam Murilo e outros a Osmar, alguns pediam beijos e outros tinham repulsa por dois homens se amando.

- PERDOA ELE, VOCÊS DEVERIAM FICAR JUNTOS. - Uma turma gritava.

- VAI EMBORA, ELE NÃO DE QUIS ANTES. - Outros pediam.

- QUE NOJO, HOMEM COM HOMEM É ERRADO. - Alguns fanáticos diziam.

- Murilo Couto eu sou apaixonado por você desde daquela noite em que ficamos, mas tive muitos medos e dúvidas, mas naquele nosso último beijo eu estava disposto à me entregar à essa paixão e ai você me traiu, e mesmo querendo te odiar meus pensamentos eram em você, eu queria sair e te beijar, mas o meu orgulho e a magoa foram maiores, mas quando eu escutei que você iria embora me doeu, você foi a primeira e a única pessoa que apaixonei.
Eu te amo, não vai embora e fica comigo para sempre. - Campbell falou como se sua vida dependesse disso.

Murilo não falou nada ele apenas deixou sua mala e correu em direção aos braços que a tempos estava com vontade de estar, e os lábios dos dois amantes foram atraídos igual um imã.

- Eu te amo Osmar Campbell. - Couto disse procurando os lábios do outro e mais um beijo, mas Osmar se desprendeu daqueles lábios. - Onde você vai?

- Pegar suas malas, vai que você se arrependa e vá embora. - Osmar pegava as malas.

- Olhando a hora nem se eu quisesse ir embora, não dá mais tempo. - Murilo falava ironicamente.

- Então você pensou na possibilidade de ir embora?

- Eu pensei em dar um último beijo e eu iria embora. - Couto ria feito bobo.

- Então vamos sair daqui, não quero ter o susto de te perder de novo. - Osmar disse puxando o outro pelo braço.

- Então vamos.

Os dois foram embora em um silêncio que não incomodava, os dois estavam eufóricos demais porque finalmente o universo havia unido suas almas.

Campbell levou Couto para sua casa, já que o cacheado havia entregue a chave do seu apartamento alugado já que ia embora.

- Por que está me olhando assim? - Couto perguntou pois Campbell lhe encarava e acariciava seu rosto.

- Porque você é homem mais lindo que eu conheço, isso e depois de mim, eu nunca mais quero parar de te olhar. - Campbell tava beijos lentos. - Dessa vez eu quero está sóbrio.

Osmar guiou o outro até onde iriam consumar o seu amor, e ali naquele quarto escuro eles se viam mais que nunca, pelo toque eram capazes de desvendar todo o corpo alheio.

Naquela quarta à noite às meia noite Osmar e Murilo era um, e sentiam que seu amor era indestrutível, era além da dor, medo, raiva ou preconceito. Os dois se sentiam mais forte, como se o amor fosse o combustível que precisavam.

Mais que um AssassinatoOnde histórias criam vida. Descubra agora