Mais que um Assassinato

Capítulo 15

A mente de Osmar estava toda confusa, ele sabia que Pedro o odiava, mas não ao ponto de cometer um crime para o culpa-lo, se lembrava que por anos as coisas que Pedro havia lhe falado tinha o traumatizado.

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Pedro Santiago havia formado na mesma turma de Osmar e Victor, e desde do início tinha inveja de Campbell pois ele se formou com mérito, sempre foi o melhor aluno e todos os professores gostavam do rapaz.

Após formarem na academia Osmar, Victor e Pedro foram encaminhados para mesma DP e para o azar de Santiago o capitão era amigo do falecido pai de Campbell e isso dava um pouco de vantagem em tudo que ocorria.

Um certo dia estava ocorrendo o maior atentado na cidade e Pedro sentia que era o seu momento de mostrar seu valor, pois foi escolhido para força tarefa para assumir e controlar o que ocorria, mas na equipe estava Osmar também e ao ouvir aquele nome Santiago se decidiu que iria se mostrar melhor custasse o que custasse.

Chegando no local do crime o capitão colocou Pedro no alto e Osmar iria ficar ao lado do capitão e isso irritou mais ainda o homem,  mas na hora que o atirador tinha um refém e o capitão ordenou para que Campbell atirasse Santiago aproveitou que o único ponto fraco de Osmar era a mira, ele viu que Campbell erraria Pedro calculou o tiro de Osmar e atirou na vítima, dessa maneira ele tinha certeza que Campbell seria expulso e teria sua profissão anulada.

Campbell respondeu por seu erro, mas continuou na 7°DP e isso fez o ódio de Pedro aumentar, então ele iria aproveitar que Osmar tinha um estopim curto e lhe provocaria até Campbell fazer mais uma besteira, Santiago e seu grupinho não perdiam uma oportunidade.

- Se escondam pois ele mata inocente, bandido jamais. - Pedro dizia e seus amigos riam. - Além de péssimo policial ainda é covarde.

- Você sabe que uma coisa que eu não tenho é medo de babacas igual você. - Osmar se aproximou do homem pegado ele pelo pescoço.

- Me mata igual você fez com aquele menino Campbell. - Pedro debochava para provocar o outro mais.

- Não compensa Osmar. - Victor chegou segurando o amigo.

- Melhor escutar seu namoradinho Osmar. - Santiago não cansava de tirar o outro do sério.

- Cala a boca idiota. - Osmar foi pra cima de Pedro, mas Camejo não permitiu e o puxou.

- Vamos Osmar, deixa eles, você não teve culpa de nada e o que você fez de errado você pagou. - Victor disse acalmando o amigo.

- Fala isso para a família daquele menino. - Pedro retrucou.

- Cala a boca senão eu que vou calar sua boca com um murro. - Victor olhou para seu amigo e disse. - Vamos tomar uma café ignora ele. - Então Osmar acompanhou o amigo.

Essa cena se repetia quase todos os dias e para o azar de Pedro, Victor era o equilíbrio de Osmar e sempre estava lá para aparar o amigo.

Um dia após a morte do pai de Camejo, o garoto resolveu largar a polícia e investir em seu sonho de criar um local para música ao vivo e assim Campbell ficou desamparado e mais frágil do que nunca e essa foi a oportunidade que Santiago sempre esperou.

Era uma sexta-feira à tarde Pedro e seus amigos encurralou Osmar que agora estava sozinho.

- Até seu amigo desistiu da polícia por sua causa, não queria à vergonha de ser seu parceiro. - Santiago riu.

- Ele foi seguir o sonho dele, e por favor hoje eu não estou afim de te escutar. - Campbell implorou.

- Não aguenta ouvir umas verdades. - Pedro continuava.

- Vai se foder Pedro e me deixa em paz. - Osmar já estava se alterando para a felicidade.

- Alguém tira a arma dele não quero levar um tiro. - Santiago comentava com seus amigos rindo e isso foi o limite para Campbell.

- Eu falei para não mexer comigo. - Ele disse empurrando o outro na parede.

- O que você vai fazer? - Pedro estava contente por finalmente está conseguindo o que queria.

Osmar não falou mais nada e começou dar murro no outro que acabou se desequilibrando e Campbell ao invés de parar aumentou o ritmo da batida e o outro só se defendi para passar o papel de vítima.

Quando Pedro estava ferido o bastante os seus amigos foram atrás do capitão para mostrar o estado deplorável que Osmar.

- Você vai se arrepender de tudo, anote minha promessa e depois não diga que eu não te avistei, pq eu te avisei. - Pedro falou ao ver o capitão chegando.

- SENHOR CAMPBELL SAIA DE CIMA DO SANTIAGO. - O capitão gritou fazendo Osmar parar. - Me acompanha senhor Campbell e vocês invés de ficar olhando acompanhem o senhor Santiago à enfermaria.

Osmar seguiu o seu chefe até a sala dele.

- Eu era amigo do seu pai e tenho certeza que ele não ficaria nada contente em ver na briga que você se meteu. - O capitão começou.

- Eu sei, mas eu sai de mim e me arrependo. - Campbell dizia de cabeça baixa.

- Não é a primeira vez que eu escuto sobre você e o Pedro, fora que depois que seu amigo desistiu da polícia, você piorou muito e está cheio de reclamações e notificações. - O homem parecia realmente preocupado.

- Me perdoa, mas dessa vez eu não tive culpa, ele começou as provocações. - Osmar afirmou.

- E você poderia ter evitado.

- Mas ...

- Mas nada, senhor Campbell você excedeu e pelo que eu percebo ele não te bateu, apenas você o agrediu, então com muita dor o senhor está expulso sem data para ser revogado sua licença, me devolva a arma e o distintivo.

- O senhor sabe o melhor.  - Campbell entregou tudo o que devia e saiu de cabeça baixa.

Pedro e os amigos esperavam o outro.

- E ai Campbell? - Pedro perguntou.

- Eu fui expulso. - Osmar respondeu muito triste, porque o sonho dele era vira detetive igual ao pai e seu sonho parecia está acabado.

Pedro e seus amigos riam e debochavam de Osmar.

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Campbell tinha ouvido sobre Pedro quando ele foi expulso da polícia por trafico de mulheres e agora ele estava ouvindo novamente sobre por uma coisa horrível.

- Senhor Campbell. - Um oficial corria em direção ao Osmar.

- Nós vamos reabrir a investigação sobre o garoto que o senhor foi acusado de atirar durante uma operação, a balística deu uma olhando e a posição do sangue mostra que o tiro veio da direção em que Santiago estava, fique atento poderemos te chamar novamente. Parabéns por ter sido considerado inocente. - O homem disse e saiu.

Campbell ficou ainda mais feliz com essa notícia e então ele foi em direção ao seu amigo para agradecer.