Capítulo 16

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Osmar estava mais feliz porque além de ter sido considerando inocente e estar livre da prisão, um dos lugares mais aterrorizante em que ele havia pisado, o garoto que em um dos seus casos ele atirou havia grandes chances dele ser inocentado também.

Quando Campbell resolveu tudo para ir embora a primeira pessoa que seus olhos encontraram foi os de Murilo e ele sentia uma vontade de correr em direção à ele e lhe dar um beijo, mas sentia ódio também por tudo o que passou e o segundo sentimento bateu mais forte o fazendo passar pelo o outro lhe ignorando e ir em direção ao seu melhor amigo.

- Victor! - Osmar gritou o mais baixo.

- Osmar! - Camejo encontrou o outro e lhe abraçou. - Eu estou muito feliz por tudo ter dado certo, parabéns pela a sua inocência ter sido comprovada.

- Eu não teria conseguido sem sua ajuda, outra vez sendo tirado de uma enrascada por Victor Camejo, obrigado.  - Campbell estava muito agradecido.

- Calma deixa eu gravar Osmar Campbell dizendo obrigado, nunca imaginei escutar isso. - Camejo ria do mais velho.

- Se você ficar me zoado eu retiro o agradecimento. - Campbell tava uma risada contagiante, fazia tempo que não se sentia assim.

- Por nada então, mas eu só ajudei porque eu sentia saudades de você idiota. - Camejo deu outro abraço no amigo. - Mas acho que você tem que agradecer mais alguém.

- Quem? - Osmar se fazia de desentendido.

- Seu parceiro ...

- Ex.

- Seu ex parceiro que investigou e achou as provas eu apenas ajudei, ele é um excelente detetive. - Victor olhava em direção onde estava Murilo.

- Ele fez o mínimo depois de ajudar o Pedro à me prender.

- Osmar!

- Talvez mais tarde eu agradeço, agora me deixe cumprimentar os outros que vieram me apoiar. - Campbell disse escapando do sermão de seu amigo.

Murilo por sua vez estava muito contente pelo outro ter sido solto e esperava encostado na parede um oportunidade de pelo menos parabenizar seu amado por ter sido solto.

- Murilo. - Couto estava disperso olhando Osmar feliz. - Muca.

- Oi Victor.

- Me perdoa por mais cedo, eu estava pilhado e o Osmar colocou coisas na minha cabeça e me fez duvidar de você. - Camejo dizia envergonhado.

- Você estava no seu direito, eu fui um babaca e merecia desconfiança. - Couto estava sereno.

- Você foi a peça crucial para Osmar ter sido solto, não merecia minha desconfiança. - O mais baixo se justificava.

- Mas fui a peça para a prisão dele também. - O cacheado se culpava.

- Murilo se fosse outra pessoa o Osmar estaria condenado e você sacrificou sua liberdade quando se entregou. - Victor acalmou o mais novo.

- Foi por ele e eu não me arrependo. - Murilo dizia orgulhoso.

- Se apaixonou mesmo, você deve ser retardado por gostar do Osmar. - Camejo debochava de Couto.

- Sou retardado mesmo por gostar de alguém que deve me odiar. - Couto mudou sua expressão.

- Vai lá falar com ele. - Victor estava disposto a ser o cupido daquela relação, ele estava condenado à não ser feliz com seu amado, mas iria ajudar seus amigos.

- Vou esperar ele desocupar. - Murilo procurava desculpas.

- Vai logo.

- Tá bom.

Murilo respirou fundo e achou pouco de coragem e foi falar com Osmar.

- Osmar. - Couto se aproximou envergonhado.

- Novato. - Osmar abriu um sorriso, mas logo percebeu e fechou a cara. - Obrigado por ter ajudado o Victor.

- Não fiz mais que minha obrigação, me perdoa. - O cacheado tinha uma expressão de arrependimento.

- Murilo eu não consigo te perdoar ainda por isso. - O mais velho tinha uma expressão de ódio.

- Eu entendo, mesmo assim parabéns. Um dia a gente marca de se encontrar. - O mais novo insistia em uma aproximação.

- Muca eu não quero ser grosso com você hoje, mas me faz o favor de nunca mais me procurar, o que você fez não tem perdão. - Osmar estava grato mas ainda odiava o outro, ele falou isso e deixou o Murilo sozinho. - Victor me espera, eu vou contigo.

Couto encostou na parede e meio sem querer lágrimas em seu rosto começaram rolar, ele ainda tinha esperanças, mas Campbell jogou um balde de água fria nele.

- Vocês se acertaram? - Victor perguntava curioso.

- Sim. - Osmar respondeu parecendo que havia perdido uma batalha.

- E por que essa cara de velório? - Camejo estava preocupado.

- Impressão sua. - Osmar estava ríspido.

- Vocês vão trabalhar juntos novamente? - Victor começava entender o que estava acontecendo.

- Se depender de mim eu pretendo nunca mais vê-lo. - Osmar encostou na janela do carro mostrando que não queria mais conversa.

- Mas você disse que tinha se resolvidos. - Victor não ia se dar por vencido e iria saber aquela história.

- Resolvemos, eu falei para ele nunca mais me procurar. - Osmar respirou fundo mostrando que estava bravo.

- Osmar você só pode ser burro, ele arriscou a vida para te soltar e você agradece assim? - Camejo estava bravo.

- Eu não quero falar sobre isso se você caiu no papinho dele problema é seu e outra se ele não tivesse armado para mim não iria precisar me salvar. - Campbell concluiu.

- Osmar você que sabe. - Camejo voltou sua atenção totalmente para a estrada.

- Antes que eu me esqueça, eles vão reabrir a investigação sobre o menino que eu ... - Osmar respirou fundo. - matei.

- Por que? - Victor estava surpreso com a informação.

- A balística achou um erro e tudo índica que o tirou veio da direção que Pedro estava no dia. - Osmar abriu um sorriso de alívio, pois o seu maior fantasma séria solucionado.

- Fico muito feliz. - Victor estava contente.

- Por que o Rominho não veio com você? Achei que mesmo me odiando ele viria para te dar apoio.

- Tem duas semanas que ele se demitiu. - Camejo mudou sua expressão e sua voz ficou arrastada.

- Por que?

- Eu não quero falar. - Victor cortou o mais alto.

E dessa maneira dentro do carro habitou um silêncio que doía, dois amigos que precisavam de ser consolados, mas orgulhosos demais para contar a verdade.

Victor sofria por perder seu grande amor e Osmar estava mal por não conseguir perdoar a pessoa que ele mais amou na sua vida toda e assim cada um estava disposto à se castigar pela dor.

Mais que um AssassinatoOnde histórias criam vida. Descubra agora