Mais que um Assassinato

Capítulo 20 - Bônus Romejo

Victor após despedir dos amigos foi embora para casa tentar dormir, tentativa inútil pois ao fechar seus olhos seu pensamentos eram destinados à um único ser Rômulo.

Olhava seu relógio e já marcava sete e o sol estava ali batendo em sua janela e em um misto de sentimentos levantou de sua cama e se arrumou, tomou uma dose de coragem e foi em direção ao seu amado.

À medida que ia dentro do seu carro os sinais em que passava eram vermelhos e se punha à pensar se era uma mensagem do universo para não prosseguir, mas por sua teimosia continuou o caminho.

Chegou até a residência daquele que tinha o seu coração, bateu na porta uma, duas, três e ninguém abria, mas insistiu em uma quarta tentativa e um homem um pouco mais alto que Rômulo abriu à porta.

- Bom dia, como posso ajudar? - O homem parecia ter acabado de acordar pois tinha uma voz de sono.

- Eu quero falar com o Rominho. - Camejo sentia arrependimento e sentia que poderia ter perdido seu amor para outro.

- Entra, pode esperar aqui na sala. - O homem foi entrando para o rumo dos quartos e gritando. - RÔMULO TEM UM CARA TE CHAMANDO AQUI.

- Obrigado Rodrigo por me acordar. - Rominho vinha se espreguiçando. - Victor o que você veio fazer aqui?

- Eu vim conversa, mas parece que já é tarde demais, como vocês se conheceram? - Camejo estava triste.

- O Rodrigo? Eca que nojo, ele é meu irmão mais novo e tem mais ou menos um ano que ele veio para São Paulo estudar e ai está morando comigo.

- Não sabia que tinha um irmão. - Victor suspirou aliviado.

- Você nunca se importou o suficiente. - Braga parecia estar bravo ainda com tudo.

- Não é isso, a gente nunca converso sobre família.

- Eu sei sobre a sua, mas não quero falar sobre o quanto eu me doei para a nossa relação e você nunca esteve por mim ou por nós. Mas me responda o que você quer aqui essa hora? - O mais baixo estava com seu tom de voz alto.

- Vim dizer o quanto eu te ...... - Camejo foi interrompido.

- Victor para com isso, eu sofri muito por te amar e eu não quero sofrer de novo, eu não quero alguém que tenha vergonha de mim. Então se você queria só isso pode ir embora.

- Eu mudei, e viver longe de você me mostro o quão sou dependente de você e eu sou capaz de gritar para o mundo o tanto que eu te amo.

- Eu também mudei e não quero essa relação unilateral mais, eu quero alguém que me ame por inteiro e que não tenha medo dos sentimentos ....  - Dessa vez o pequeno foi interrompido.

- Você tem alguém? Pois três anos é muito tempo.

- Eu tentei outras bocas e outros corpos tentando de esquecer, mas eu não consigo você foi o meu primeiro e único amor, mas eu não quero sofrer novamente. - Nessa hora a pose de forte foi por água abaixo e os olhos do mais novo se encheram de água.

- Deixa eu te prova que eu mudei, me dá mais uma chance, o Osmar me aconselhou não deixar o meu grande amor e quero seguir esse conselho. - Victor jogava sua última carta na mesa.

- E desde quando o Osmar sabe alguma coisa sobre o amor?

- Desde que ele lutou pelo o Murilo e eles se casaram ontem e ver o meu amigo me deu esperança de tentar. Por favor Rominho só mais essa vez.

- Eu não sei Victor, eu não posso. - As lágrimas que insistiam em cair começaram à jorrar no rosto do mais novo.

- Eu te amo e vou lutar até o meu último fôlego de vida por você. - Camejo se aproximou do outro secando as lágrimas. - Mas eu não quero te ver mal, eu vou embora, mas saiba que você é a minha razão de viver. - Victor se levantou e enquanto ia em direção à porta sentiu uma mão lhe puxando e um sorriso involuntário apareceu em seu rosto.

- Espera eu não posso te perder de novo.

O mais novo ficou na ponta dos pés e selou os lábios do outro, no primeiro instante um beijo desesperando como se os corpos deles sentisse saudades um do outro e os dois que passaram tanto tempo longe aproveitaram cada instante que estavam juntos.

Rômulo Braga e Victor Camejo provaram o gosto amargo da saudades e da dor de não está com quem ama e a partir daquele dia iriam aproveitar o doce sabor do amor.

Fim