Filha do Chefe | Favela | Concluído

capitulo 1

Ludymilla Montemor. (Mídia)

Acordei e me olhei no espelho.
É eu estou totalmente acabada da noite de ontem.

Prazer ou satisfação, eu sou a Ludymilla, e aqui vocês vão me conhecer a minha história.
Eu tenho 18 anos e sou a filha do Barão, dono da favela de Manguinhos.
Se eu gosto de morar aqui? Nem um pouco, meu sonho é sair de Manguinhos e ir pra qualquer outra favela, aqui tem muita violência e quase toda semana tem confronto de Polícia e bandido.
Ontem eu fui lá pro Caju, minha melhor amiga mora lá e eu amo ir pra lá passar um tempo, mas quando eu volto aqui pra Manguinhos parece que minha vida vira de cabeça pra baixo, meu pai, o famoso Barão, parece que não gosta de mim, que não queria ter me visto nascer, nem no meu parto ele estava presente, amor de pai eu realmente não tenho, parece mais que eu sou uma empregada pra ele, quando eu era pequena dos meus primeiros aninhos até eu fazer 10 anos ele era o melhor pai do mundo, meu herói mas quando eu fui crescendo ele foi me fazendo cada vez mais mal e eu torço todo dia pra não bater de frente com ele.

Aqui em Manguinhos minhas únicas amizades são com os traficantes mesmo, sei que posso contar com eles pra todo, eu simplesmente amo eles com todas as minhas forças.

(...)

Me arrumei e fiquei me olhando no espelho.

Caralho irmã, tu é uma piranha bonita do caralho.

Dei um tapa na minha bunda e sai do quarto para ir tomar café com minha mãe.
Quando cheguei na cozinha ele tava lá, dei meia volta mas minha mãe me viu.

Ana: Onde você vai Ludy?
Ludymilla: Vou pro colégio mãe.

Ela me entregou um pão e me deu um prato com pão de queijo, eu comi praticamente correndo pra não ter que ouvir a ladainha do meu pai.
Comi, fui no banheiro pra escovar meus dentes, passei um gloss e peguei minha mochila e abri a porta pra sair.

Ludymilla: Tô indo, beijos
Ana: Beijos meu amor.

Meu pai novamente fingiu que eu não existo, fechei a porta e respirei fundo pra não deixar a lágrima rolar.

Seja forte sempre

Estava saindo pelo portão quando vejo o Patinho e o Cruel.

Ludymilla: Bom diaaaa Cruelzinho meu amor

Patinho começou a rir enquanto eu tava tentando subir nas costas do Cruel, cruel é meu melhor amigo, tá sempre comigo e é o único que entende minha vida com meu pai...

Ludymilla: Tá rindo deque Patinho feio?

Patinho parou de rir na hora e começou a correr atrás de mim pra me tacar pedra, e ele acertou uma bem no meio da minha testa.

Filho da puta

Ludymilla: Te pego destraido Patinho.
Patinho: Tenta a sorte. - disse rindo

Eles foram me levando até o colégio e até lá o Cruel como sempre de cara fechada e o Patinho em guerra comigo.