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A estranha

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A estranha

Você andava soltamente pela floresta que havia atrás de sua casa. Conhecia tão bem o lugar que sabia cada canto do mesmo.

Com certos medos, como fobia social, você se mantia longe de pessoas que não conhecia e quando alguma delas chegavam perto de você, meio que seu corpo estremecia e suas pernas bambeavam. Você se desequilibrava e tentaria sair o mais rápido possível de perto delas sem conversar.

...

Você abaixou a cabeça vendo um carreiro de formigas trabalhando ao lado de seus pés, sorriu ao pensar que todos esses bichinhos eram muito trabalhadores apenas para o tamanho deles. Você sentiu uma presença a sua frente fazendo com que seus ouvidos ficassem atentos.

Tentou seguir caminho até a pessoa tocar seu ombro, com medo e insegurança deu passos para trás com os olhos embargados.

     — Você tá bem? Tua bochecha tá arranhada, por que uma mulher tá sozinha aqui? — se aproximou de você tentando ver se você estava mais machucada.

Com o ato repentino do homem você já com as pernas bambas caiu no chão, sem dizer uma palavra saiu correndo seguindo o caminho de volta que havia feito.

     — Vai atrás dela, God, deve de ter acontecido algo de ruim! — falou Japa preocupado.

Juan correu atrás de você que chorava descontroladamente. O medo percorria suas veias e mal conseguia olhar pra trás. Você já era uma pessoa antisocial que pra ajudar tinha medo de se comunicar com as pessoas, e de quebra, tinha medo de homens desconhecidos.

     — Ei, moça, espera! — lhe alcançou te parando imediatamente após segurar seus dois ombros. — Você tá bem? Aconteceu alguma coisa? — te virou de frente.

Seus olhos de uma hora para a outra pararam de sair lágrimas. Talvez fosse porque seu corpo estava congelado e hipnotizado com o homem que estava a sua frente. De fato em toda a sua vida, nunca tinha visto um home da beleza como a dele. Você não piscava, observava cada canto do rosto do rapaz que estava confuso.

     — Olá? — estalou os dedos na frente de seus olhos. — Poderia me responder?

Ficou no vácuo por seu lado, com toda a certeza você estava encantada com o homem a sua frente.
O homem na tentativa de te trazer novamente, te abraçou. Fazendo com que você arregalasse os olhos em surpresa, nunca havia chegado tão perto de um homem a não ser seu ex e pai.

     — Finalmente você voltou ao normal. Eu já estava com medo de você estar morrendo por dentro! — riu se soltando.

     — D-desculpa, e-eu não sou de conversar com pessoas.

     — Por que você tava com medo? Eu tenho cara de um assassino? — apontou para a própria cara.

     — Eu sou uma pessoa antisocial, moço. Não sei conversar com as pessoas e tenho medo da sociedade, então poderia me deixar ir embora antes que eu morra do coração enquanto olho pra você? — você pediu falando rapidamente.

     — Uau, você fala rápido. Qual seu nome? Você não pode ir embora com as mãos raladas assim, precisa de curativos! — pegou seus pulsos podendo ver a palma das duas mãos cortadas. — Me desculpe por te assustar, na verdade quem se assustou foi eu. Agora qual seu nome?

     — S/n, por favor me deixe ir embora. Eu posso cuidar disso sozinha!

     — Não! — começou a lhe puxar gentilmente pelo braço. — Eu te prometo que não vou fazer mal algum pra você, só pesso que deixe eu cuidar dos seus machucados!

Você se sentiu protegida com o homem, então acabou por topar e ir com ele onde que fosse.

     — Nós vamos para a mansão onde moro com outros amigos, lá tem coisas para poder por nos seus machucados!

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