Parte doisA vontade de chorar nunca passava, a dificuldade de digerir o que ele acabara de falar era difícil. E sentir que já não tinha mais nada com o amor de minha vida, era impossível.
Eu cheguei a pedir transferência de faculdade, pedi para que meus amigos não perdessem contato comigo e fui para outra cidade. O mais estúpido de tudo era não poder me despedir de Arthur, não poder abraçá-lo uma última vez e dizer o famoso "adeus". Assim conseguir esquecê-lo e seguir em frente, mas foi impossível.
Mesmo eu tentando esquecer o que passamos e lutamos para ficar junto era difícil, e saber que eu jamais teria algo com ele novamente era detonador.
"— S/n, vai ter uma festa aqui em casa. Então se puder vir pra me ver eu agradeço! Depois de escutar essa mensagem me liga pra falar se vem ou não. Vai ser uma boa oportunidade de você rever Arthur, não é? Vai que vocês não reconciliam o namoro de vocês, todos daqui sentem falta de vocês dois como um casal. Pois a nova namorada dele é chata, tá desculpas, me empolguei um pouco. Tchau-tchau, Linda!"
A voz de uma das minhas amigas foi encerrada depois de eu fechar a caixa de mensagens de voz. Era sim uma boa oportunidade, pra mim que o amo, mas pra ele que não me ama, não era!
Semana passada eu tirei a carteira de motorista, mas não foi a mesma coisa sem Arthur do meu lado. Eu me pergunto: Se eu não tivesse pedido pra ele se afastar dela, ele teria continuado comigo? Mas isso não faria diferença alguma, pois eu poderia ser corna na maior cara de pau.
Tanto que decidi ir na festa que Bárbara me chamou, a cidade dela era um pouco longe da minha e já se passou um ano que fui embora de lá.
Eu mantive a aula de habilitação depois de um ano que consegui amenizar meu coração e seguir em frente.
— Babi, eu não sei se é uma boa idéia. Eu vou ir pra lá por uma noite só, pra que tudo isso de roupa? — perguntei tirando algumas de minha mala.
Bárbara havia vindo me buscar, disse para ela que não queria dirigir.
— Quem mandou deixar eu vir te buscar? E você vai passar duas noites, bobona. E aliás, por que não quis dirigir?
— Quando entro dentro do carro, me lembro de Arthur. Isso não é uma das minhas coisas favoritas, até porquê ele não estaria lá comigo! — redondi.
— Aish, cansei! Para de falar nele, tente esquecer! De que adianta ir embora para a outra cidade mas continuar na mesma? Seja forte, passar por essas coisas deve de ser ruim, mas passado é passado e quem te perdeu é viado! — segurou meus ombros na tentativa de me por pra cima.
— Ok, vamos?
...
Já estávamos na festa, a casa era grande e morava muita gente nela. Todos os meus amigos de antes moravam nela, isso era chato, só não tinha eu ali.
— S/n, ele tá ali! Vai lá falar com ele!
Bianca apontou para onde Arthur estava, ele realmente não havia mudado nada. O cabelo ainda preto, o mesmo estilo de roupa e... A camiseta que eu dei para ele.
Cogitando em a namorada dele querer arranjar briga, não quis me aproximar. Deixei quieto, mesmo estando destruída por dentro.A mulher, que Arthur namorava, me enxergou de longe. Assim passando a tentar me provocar, beijava Arthur, abraçava o mesmo. Mas isso não me deixava rebaixada. Não era certo da minha parte ficar enraivada por uma coisa que já nem era da minha conta. E o que eu queria fazer antes – pedir desculpas para Arthur – não iria dar mais certo, pois a garota loira ainda estava lá.
Me sentei mais afastada do local, a roupa que Bárbara me obrigou a colocar não era do meu feitio de se usar. Como um cropped que tampava apenas os seios, um calção que reausava minhas cochas e um tênis. Eu realmente odiei, nunca foi do meu estilo roupas curtas.
Narradora::
Arthur olhou em volta e seguiu corredor a dentro seguindo a mulher que habitava seus sonhos, vê-la novamente de tão perto era majestosamente bom. S/n realmente havia mudado, o corpo mais farto e os cabelos mais cumpridos. Definitivamente uma mulher linda.
— S/n? — perguntou Arthur observando a garota paralisada de costas.
S/n se virou lentamente engolindo em seco, estava prestes a chegar do banheiro para desabar em lágrimas. Não queria olhar mais na cara de ninguém, todos a olhavam com interesse e isso a deixava no auge de nojo.
— Sim? — agradeceu mentalmente por não ter gaguejado. — Precisa de alguma coisa? Não tenho muito tempo!
S/n inventou uma mentira, pois tinha tanto tempo para Arthur se era inimaginável.
— Você está bem? — S/n chacoalhou a cabeça concordando. — E você sente minha falta?
— Eu posso te mandar uma mensagem, depois. Aí você poderá me perguntar o que quiser, Arthur.
S/n seguiu caminho até o banheiro, realmente ela não queria ter contato visual com Arthur. Ele não estaria fazendo uma boa companhia, já se ela não se sentia tão confortável ao fingir ser uma estranha.
E o dia em que ela mandaria a mensagem já havia chegado, e não era de menos, ela iria por os bofes pra fora. Iria falar tudo, desde o início ao fim.
Thur: Opa, antes de você me responder eu queria te pedir um favor. Se você ainda me ama, fique comigo. Se você não me ama mais, vá no meu casamento.
Com a mensagem, o coração de S/n acabou por desaparecer. Mais nada animava a mulher.
S/n:
Tirei minha carteira de motorista semana passada, como sempre falavamos sobre. Você estava tão animado por mim, para finalmente dirigir até sua casa.
Mas hoje eu dirigi pelos subúrbios, chorando porque você não estava por perto."E hoje você provavelmente está com aquela garota loira, quem sempre me fez duvidar, ela é muito mais velha que eu.
Ela é tudo que me deixa insegura. Porque como eu poderia amar outra pessoa?""Eu sei que não éramos perfeitos, mas nunca me senti assim por ninguém, e eu simplesmente não consigo imaginar como você pode estar tão bem agora que eu parti."
"Acho que você não quis dizer o que escreveu naquela música sobre mim, porque você disse "para sempre", agora eu dirijo sozinho pela rua, Arthur."
"E os meus amigos estão cansados de ouvir o quanto sinto sua falta, mas eu meio que sinto pena deles. Porque eles nunca vão te conhecer do jeito que eu conheço. Se você voltasse pra mim, faria tudo diferente? Pois eu não consigo passar pelos lugares que costumávamos ir porque eu ainda te amo, querido. Ainda ouço sua voz no trânsito, quando riamos. Deus, estou tão triste, sei que acabamos mas eu ainda te amo pra caralho!"
"Espero que se case e não deixe palavras estúpidas como as minhas te levarem"
Bloqueou a tela do celular começando a chorar, não conseguia acreditar que ela realmente estava passando pela mesma coisa. Se declarar para Arthur por mensagem, novamente.
Continua...
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Free Fire Imagines | Livro Um
Fiksi PenggemarTodos os Imagines passados nesse enorme livros foram dedicados a todos os pedidos. Caso você não se sinta confortável lendo algum de vários dos capítulos apenas passe para o próximo. Não precisa dizer que se sente desconfortável ou que ele é uma cri...