Capítulo 1

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Primeira fase

Texas

Tâmara

Desliguei o telefone e assim que meus olhos tocam minha filha sentada no sofá, nervosa e com medo, tento me manter firme para dar a ela a notícia mais devastadora que ela poderia receber na sua idade.
Gregorio franze a testa, já percebendo que, infelizmente, as notícias não são boas e que isso, vai acabar com nossa filha de uma só vez.
Respiro fundo me sentando ao lado dela e Gregorio senta do outro lado, coloco o telefone no gancho e pego a mão de Teresa, ela me encara, com lágrimas rolando por suas bochechas e pergunta:

- O que aconteceu, mamãe?

- Meu amor... É, as notícias que tenho, filha, não são boas... A Luz está em cirurgia. Estão fazendo de tudo para salvar ela.

Teresa olha para o pai e depois volta a olhar para mim, e posso sentir sua mão trêmula em baixo da minha mão.

- A Luz está mal, ela...

- Não, mamãe... - Teresa me interrompe soltando minha mão e levanta. - Não diga isso, por favor, mamãe! A Luz não, ela não, por favor! Eu, ela, não mamãe, não!

- Filha, vamos confi...

- A culpa é minha - me interrompe.

- A culpa é minha, mamãe! Eu não cuidei dela direito!! Eu não cuidei da Luluz, mamãe!! Não cuidei! Não cuidei!! O que acontecer com ela é culpa minha! Culpa minha!!!

- Minha filha...

Levanto a abraçando, ali mesmo, em pé, enquanto minha filha chora desesperada e por mais que eu tente, é impossível imaginar a dor que ela está sentindo, Teresa amava a Luz como se fosse sua irmã.
Mas por mais que ela sinta culpa, a culpa não é dela! As coisas aconteceram muito rápido e nem ela é muito menos Vicente teriam imaginado que algo assim poderia acontecer. Ninguém poderia imaginar que isso poderia acontecer.

- A Luz ficará bem! Vamos torcer por isso, - beijo a testa dela e Gregorio nos abraça também.

- Vamos rezar por ela e ela vai voltar para casa bem, meu amor... - ele diz após beijar a testa de Teresa e depois a minha.

- É culpa minha... - ela diz com a voz embargada.

Alguns dias depois

Dei duas batidas na porta do quarto de Teresa, e escutei sua voz, baixinha, dizer "pode entrar" respirei fundo e girei a maçaneta abrindo a mesma, assim que vejo minha filha deitada na cama, encolhida e quietinha, sinto meu coração apertar.
Fecho a porta e sento na cama, acaricio a perna dela.

- O almoço está pronto, filha... Vamos comer? Helena chega de noite.

Ela não me responde.

- Helena está doida para ver você...

Ela continua quieta.

- Filha, você precisa reagir... Luz está bem, esta viva! O que aconteceu não foi culpa sua, você precisa ser forte e seguir em frente...

Unidos por ela - 1° Temporada - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora