Unidos por ela - 1° Temporada - Completo

Capítulo 20

Porque eu sou boazinha!
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Teresa

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Abrir meus olhos sentindo uma dor imensa em minhas pernas, respiro fundo e devagar vou tentando sentar. Assim que consigo me sentar, pelo menos um pouco, percebo que estou no hospital e tudo o que passei nós últimos 2 dias vem em minha mente.
O ataque no hospital, a arma apontada para minha cabeça, as crianças, Caio sendo baleado, Samuel...
Meu Deus, Samuel, Samuel!!
Olho para minha mão esquerda e vejo um acesso que leva até uma bolsa de soro, e alguns aparelhos monitorando meus sinais vitais.
Respiro fundo quando faço menção de tirar tudo e levantar, a porta do quarto abre revelando Helena.

- Você acordou... - diz abrindo um sorriso largo e aliviado, em seguida senta na cama, pegando minha mão. - Nunca, nunca mais faça isso, ok?

- Cadê o Samuel? Cadê o Vicente, Helena?

Minha voz está fraca, meia roca e baixa, não tenho forças direito.

- Eles, eles....

- O Samuel está bem - ela diz me interrompendo. - Ele levou 3 tiros, passou por cirurgias, quase morreu, mas o que importa, meu amor, é que ele está bem. Ele está em casa, eu avisei ele que estava aqui e ele já está a caminho, louco pra te abraçar.

Sorrio aliviada.

- O Vicente?

- Vicente também está bem. Ele levou um tiro de raspão. Não foi nada demais... Bom, nada comparado a grande perda que ele e toda a equipe policial teve...

Balanço a cabeça assentindo me lembrando daquele dia, lembrando dos tiros, dos gritos, das pessoas correndo.

- Aí meu Deus, o bebê, Helena? Cadê o bebezinho?

Tento levantar quando me lembro do bebezinho que estava em meus braços, Helena pede para eu ficar calma me empurrando, com cautela, de volta para a cama.

- Calma, calma, Teresa. O bebê está bem, ele está bem... Ele está com os pais agora e você precisa se acalmar. Mesmo que queira, não vai conseguir andar agora, seus pés estão machucados, irmã.

No mesmo instante começo a chorar, e Helena me abraça, me abraça apertado e sinto que isso não é um sonho, eu estou viva, estou viva depois de achar que morreria, depois de achar que nunca mais veria minha irmã, achar que nunca mais veria a minha família.
Quando nos afastamos, Helena limpa minhas lágrimas e beija minha testa, sorrio e encosto nos travesseiros.

- Cade a mamãe e o papai?

- Foram almoçar. Eu praticamente obrigue eles a irem almoçar. Mas já já eles estarão aqui... - sorrimos, então Helena, após acariciar meu rosto, pergunta: - O que aconteceu nesses dois dias?

Tudo o que aconteceu invade minha mente como uma flashback que se ativou rapidamente, quando faço menção de falar, a porta do quarto abre revelando Samuel, e quando meus olhos o fitam, abro meus braços e rapidamente, caminhando para o outro lado da cama, Samuel vem e me envolve em seus braços.

- Achei que tivesse te perdido!

- Estou aqui, minha vida! Estou aqui... Meu Deus, quanto medo eu senti - Ele diz enquanto me aperta contra seu corpo, fazendo com que eu me sinta segura. - Está bem? Está tudo bem? - Samuel pergunta sentando na cama e me olhando, checando para ver se realmente sou eu.