Unidos por ela - 1° Temporada - Completo

Capítulo 12

Teresa

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Bebo um gole do meu vinho e após colocar ele na mesinha de centro, fico de pernas de índio e clico no vídeo onde Luz aparece tocando piano.
Ela está linda no concerto, o cabelo castanho amarrado em um coque alto, a maquiagem bela no rosto e usando um vestido branco. Sentada em sua cadeira de rodas, ela encanta a todos presentes no concerto com sua doçura e delicadeza.
Assim que ela começa a tocar, sorrio ouvindo a melodia e vendo o tanto que ela se entrega a cada toque no teclado do piano.
Luz está tocando "A thousand years" e enquanto ela toca e a melodia vai preenchendo todo o ambiente, vou me emocionando com cada movimento de Luz enquanto faz o piano sua casa, sua morada, seu barquinho...
Ela realmente é muito boa no que faz, tem um talento extremamente espetacular, lindo, e encantador.
Enquanto ela toca, me lembro de quando a segurei em meus braços pela primeira vez, fui a única que conseguiu acalmar ela, e dona Amélia ficou tão aliviada, foi aí que ela me pediu para ser a babá da Luz e eu, apaixonada pela pequena Luz, aceitei extremamente feliz.
Eu adorava, eu amava cuidar da Luz, ela era uma bebê tão carinhosa e boazinha, não dava trabalho nenhum.
Quando o concerto termina, palmas, assobios e gritos ecoava por todo o concerto, fazendo com que Luz saisse, empurrando as rodas da cadeira com sua mão, de trás do piano e ficasse no meio do palco, recebendo todos os aplausos.
Jogaram algumas rosas vermelhas no palco e ela dava risada também batendo palmas, então, ela chama alguém e logo Vicente sobe no palco, batendo palmas para a irmã, então ele a abraça e enquanto olho para ele, sinto um frio estranho na barriga e meu coração dar uma palpitação e franzino a testa, acabo sorrindo.
Quando faço menção de voltar o vídeo, meu celular começa a tocar, coloco o vídeo em pausa, pego o celular e vejo o nome de Samuel no identificador de chamadas, atendo.

- Samuca!!

- Adivinha para onde estou indo?

- Nova Iorque?!

- Estou entrando no avião agora mesmo! Vou deixar minhas coisas em casa e corro pra aí pra matarmos a saudade.

- Não vejo a hora! E como foi na casa da sua mãe?

- Ah, meu amor, foi ótimo! Você sabe que minha mãe tem uma doçura inexplicável. Já estou até com saudades dela.

Sorrio.

- Quando chegar aqui, me conta absolutamente tudo! Estou morrendo de saudade... tenho tanta coisa pra te contar, Samuel...

- Eu vou ter que desligar, já estão chamando para embarcar. Assim que eu chegar te ligo, está bem?

- Esta bem... Eu entro cedo no hospital, mas pode ligar, que eu vejo.

- Está bem... Te amo!

- Eu também te amo! Até mais...

Desligamos.
Samuel Garcia, médico cirurgião pediatra e por consequência de estudos na mesma faculdade, estamos namorando há 2 anos. Assim como eu, o hospital Presbiteriano o contratou para a ala pediátrica, e como estava nos nossos planos nos mudar para Nova Iorque, receber a proposta do Presbiteriano nos deu uma grande oportunidade.
Samuel é um homem dócil, gentil, carinhoso e tem um dom com as crianças que encanta qualquer pessoa, por isso ele escolheu a pediatria, a área mais cor de colorida da medicina.
Ele sabe de tudo o que aconteceu, sabe do acidente, sabe do Vicente, sabe o tanto que sofri e bom, o tanto que ainda sofro. E tenho o apoio incondicional dele.
Junta ele, meus pais e Helena, qualquer pessoa diz que eu sou a mulher mais sortuda da face da terra, e isso é a verdade mais clara e mais verdadeira que existe na minha vida.