Mais uma purificação terminada. O pobre garoto em breve será achado naquela cabana, mas orgulho-me dessa possibilidade. Afinal, isso daria medo aos seus amigos, que desesperadamente buscariam uma saída para seu fim, talvez pela polícia ou até mesmo para Deus. Tenho chances de ir para a cadeia se for descoberto, mas eu tenho uma prova que seria útil, mas infelizmente ela não está em minhas mãos. Um dos garotos tinha filmado uma parte daquela noite em seu celular, não entendo seus motivos e nem o porquê esconder isso de seus amigos, mas eu preciso daquele vídeo.
Seu nome é Thales, tenho que achá-lo. Não tem sentido um garoto daquele guardar aquilo por um dia. O vídeo com certeza está em seu celular.
Eu preciso achar esse garoto!
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De novo, vejo-me na estrada. A manhã está radiante como sempre e os animais se agitam-se ao notar minha proximidade. Logo a minha frente, está a cidade, soando tão bela, porém, ao mesmo tempo é sombria e esconde sua crua face por trás de sua beleza e suas flores.
Paro o carro antes de prosseguir, respiro calmamente, fechando meus olhos para me acalmar. Sinto como se tivesse deixando a tensão aos poucos, mesmo com tantas desgraças acontecendo ao meu redor.
Mas tudo isso parou no exato momento que ouço batidas fortes na janela do carro, o que me fez cair em um leve susto. Ao olhar para meu lado, vejo um dos garotos do heavy metal, ele está me encarando com um olhar leve, mas um pouco inseguro.
Fico um pouco irritado, mas prefiro não descontar nele, apenas ver o que ele quer.
Abaixo o vidro, e ele então começa a falar.
— Eaí, cara. Se lembra de mim? — Ele dá um sorriso sem graça.
Não demostro nenhuma emoção, apenas encaro-o e num tom ainda frio, eu digo:
— Você é um dos caras que estava encostando no meu carro, o que quer?
— Nossa... — Ele solta uma breve gargalhada antes de continuar. — Por que esse mau humor? Só vim me desculpar direito contigo. Eu tava ali com uns caras e reconheci seu carro.
— Beleza, agora ser mandar daqui ou eu chamo a polícia!
O garoto dá leves passos pra trás, com uma expressão triste.
— Você é igual aqueles crentes doidos! Fiz nada de ruim, só quis me redimir...
— Qual seu nome?
Ele hesita falar por alguns segundos, mas depois responde:
— Calebe, por que?
— Tá, Calebe, vou te dar um conselho, saia dessa cidade enquanto pode! Aqui não é lugar para gente do seu tipo, ou você muda esse seu visual das trevas ou vai embora, te falo isso como aviso.
Sua face mostra a pequena preocupação que sente, mas ele persiste em ignorar minhas palavras.
— Quer saber? Vai se foder! — Diz ele, mostrando o dedo do meio. Eu fico inquieto, tentando me conter — Eu não deveria nem ter falado contigo! você é um moleque escroto que...
Seguro fortemente sua camisa com minha mão esquerda e puxo-o para perto de mim, a parte de cima de seu corpo já está dentro do carro. Ele começa a gritar, mas eu não ligo. Com a direita, eu agarro seu cabelo furiosamente e faço com que nossos olhares se encontram:
— Nesse mundo só os fortes sobrevivem e você não passa de um fracote que se mete onde não é chamado. — Digo, em tom sério, enquanto olho dentro de seus olhos. — Nunca mais apareça no meu caminho!
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Vingança Honrosa | Em Revisão |
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