Marrom

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Já fazia algum tempo que Kageyama e Hinata haviam se reencontrado em Tóquio, quando haviam jogado um amistoso onde o time de Hinata saíra vencedor

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Já fazia algum tempo que Kageyama e Hinata haviam se reencontrado em Tóquio, quando haviam jogado um amistoso onde o time de Hinata saíra vencedor. Agora, moravam juntos em uma casa bem aconchegante e confortável no centro da cidade mais movimentada do Japão, cercados desde arranha-céus iluminados por neon a templos históricos. 

Após jogarem de lados opostos na quadra, acabaram sendo convocados para jogarem lado a lado pela seleção japonesa de vôlei nas Olimpíadas, que seria sediada na cidade em que agora juntos moravam. 

Honraram a convocação e passaram por um longo período de jogos e eliminatórias, chegando tão longe quanto seus sonhos permitiam. Após o fim das olimpíadas, Kageyama logo recebeu uma proposta de contrato de um time italiano devido a seu visível talento e desempenho durante os jogos e acabou precisando fazer uma viagem para tratar dos negócios. 

O moreno viu seus caminhos se separarem mais uma vez, mas dessa vez Kageyama voltaria logo, pois ele tinha alguém em casa esperando por ele, ele tinha pra quem voltar. 

Despedindo-se de Hinata no aeroporto sem chamar muita atenção, Kageyama foi para Roma com o pensamento repetitivo de que tinha que voltar rápido, cercando sua mente, fechando o contrato com o time logo na primeira tarde disponível. 

Ali Roma sempre fora um dos times que quisera jogar, não perderia a oportunidade de seguir os passos de seu avô em relação a se desenvolver no mundo do vôlei e muito menos de voltar para Hinata o mais cedo possível. 

Kageyama havia viajado com um segundo objetivo em mente e já estava colocando sua ideia em prática. Não havia demorado tanto para resolver as coisas na Itália então acabou que estava livre antes do esperado e logo se viu aguardando ansiosamente o horário de seu voo para que pudesse voltar para casa, para Hinata.

Descendo do avião e entrando no primeiro táxi que passou, Kageyama ligou pra Hinata. Não era um caminho muito longo do aeroporto até sua residência, mas estava extremamente ansioso com que estava por vir.

__ Alô? - Hinata respondeu um pouco sonolento, parecia ter acordado há pouco tempo. Kageyama sorriu ladino ao imaginar acordar com Hinata ao seu lado pelo resto da sua vida.

__ Ei, amor. Você vai 'tá em casa hoje? - Kageyama perguntou ao namorado, fazendo-se de desentendido, como se não estivesse voltando para Hinata naquele instante.

__ Oi, eu vou, por quê? - Hinata soava desconfiado da atitude de Kageyama, como se soubesse que o moreno estava tramando alguma coisa e de fato estava. 

__ É que ‘tá pra chegar uma encomenda aí em casa, você pode receber pra mim? - naquele momento a campainha da casa toca como se fosse a mais bonita coincidência e então Hinata se dirige à porta a fim de receber a encomenda de Kageyama, que ainda estava ao telefone com o ruivo. 

Era uma caixa enorme, Hinata achava que era maior ainda que o próprio Kageyama, por um instante até desconfiou que o moreno estivesse ali dentro, mas duvidava muito que o namorado faria algo do tipo.

__ É uma caixa enorme, que isso, comprou uma geladeira, foi? Posso abrir? - Hinata estava curioso, ouviu a risada do moreno ao fundo logo afirmando que poderia sim abrir a encomenda. 

O ruivo ficava cada vez mais irritado à medida que ia abrindo seja lá o que aquilo era. Quantas caixas ainda teria que abrir? A cada caixa que abria, surgia outra um pouco menor dentro, era como se fossem infinitas caixas e a cada uma nova que via, reclamava com Kageyama. 

__ Meu Deus, quanta caixa, pra que tudo isso? - Kageyama só ria ao fundo da ligação, enquanto perguntava continuamente ao ruivo se já tinha chegado a algum resultado, fingindo também curiosidade. 

__ O que você ‘tá fazendo agora? – Hinata perguntou ao moreno enquanto encontrava-se sentado no chão da sala abrindo a maldita sexta caixa. Kageyama ficou um pouco nervoso. 

Será que ele tinha desconfiado? 

__ ‘Tô no táxi, indo resolver sobre o contrato, mas pode falar, não ‘tá me atrapalhando não, amor. - tentou desconversar para que Hinata não desconfiasse de nada enquanto descia do táxi e andava em direção à porta de casa. 

__ Nossa! Finalmente a última caixa, meu Deus do céu, não aguentava mais tanto embrulho, tem alguém te zuando, não é possível. - Hinata reclamava mais uma vez da quantidade de caixas que tivera que abrir, deixando um Kageyama bobo do outro lado da linha e da porta, ele adorava o jeito do ruivo.
 
__ Finalmente. O que é? - Kageyama agora havia falado pela última vez antes de se aproximar mais da porta, colocando o celular no chão ao seu lado enquanto se ajeitava. 

__ É um bilhete? ‘Tá... ‘Tá me mandando abrir a porta...? - Hinata agora estranhava o silêncio repentino do moreno. 

__ Amor, eu ‘tô com medo... E se for um maluco? - mas mesmo assim Hinata seguiu em direção à porta exatamente como o moreno sabia que este faria, o ruivo era muito curioso. 

No exato momento que abriu a porta e viu Kageyama ajoelhado do outro lado com uma aliança em mãos, derrubou o celular no ato de cobrir o rosto devido à surpresa. 

__ É de fato um maluco, mas maluco apenas por você. Shoyo, casa comigo? - Hinata agora estava de joelhos junto a Kageyama. Não saberia dizer em que momento perdeu o controle de suas pernas, mas agora se encontrava no chão chorando de alegria, surpresa e emoção. 

Kageyama era perfeito, Hinata não saberia descrevê-lo de nenhuma outra maneira que o definisse tão bem. 

O ruivo abraçou o moreno e disse repetidas vezes que sim, se casaria com o dono dos olhos azuis mais bonitos e intensos que já vira em sua vida e então Kageyama se levantou com Hinata nos braços. 

__ Seu idiota, você me enganou direitinho. - o menor agora ria em meio ao choro, batendo de leve no ombro do agora noivo, deixando alguns xingamentos com a voz embargada devido ao choro.

Hinata estava feliz por ter em sua mão direita o mesmo anel que em breve o moreno teria em sua mão esquerda. 

Já Kageyama não sabia o que dizer, só sentir. Após o ruivo dizer que aceitava seu pedido, não queria soltá-lo de maneira alguma, queria guardar a sensação daquele momento por mais tempo.

__ Eu te amo, seu idiota. – Hinata agora tinha o mais belo dos sorrisos nos lábios ao dizer aquelas palavras para seu futuro marido. 

Com uma lágrima descendo por sua bochecha esquerda, Kageyama abraçou novamente o ruivo e enterrou o rosto na curvatura do pescoço do mesmo.

__ Eu também te amo. - Era recíproco todo o sentimento de Kageyama, inclusive o sentimento de segurança. Saber disso o deixava extremamente feliz, pois mesmo depois de anos ainda sentia-se grato à Hinata por fazer de si menos solitário; saber que ele já não estava mais sozinho era realmente muito confortante.

Em uma multidão apagada, Hinata se destacava com suas cores e mesmo que tivesse demorado tanto tempo para alcança-lo, no final era ele quem Kageyama estava destinado a encontrar.

The Rainbow In UsOnde histórias criam vida. Descubra agora