Roxo

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Com o passar de poucos meses, as coisas já estavam mais claras, mas agora o sentimento era um tanto diferente, era algo mais intenso, mais necessitado, mais quente

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Com o passar de poucos meses, as coisas já estavam mais claras, mas agora o sentimento era um tanto diferente, era algo mais intenso, mais necessitado, mais quente. 

Eles ainda não eram um casal, não oficialmente uma vez que não haviam definido um status de relacionamento, estavam apenas se aproveitando e aproveitando os momentos. Mas, recentemente Kageyama era capaz de sentir o calor que emanava de ambos após uma sessão de beijos. Conseguia sentir pelo olhar de Hinata que ele não estava satisfeito com apenas aquilo, que ele queria mais, assim como o próprio moreno. 

Kageyama queria tudo ao lado de Hinata e por impulso ou talvez por puro desejo, pegou o menor em seu colo e o colocou contra a parede do vestiário, local de suas sessões diárias de beijos e carícias, aprofundando o toque nas coxas do ruivo contra seus dedos e deixando um beijo molhado no pescoço a mostra do mesmo, até ouvir um gemido abafado deixar os lábios de Hinata. 

Aquilo de alguma forma que Kageyama ainda não entendia, acionou um interruptor interno que acendeu uma chama em seu interior e o motivou em seus passos seguintes.

O moreno não sabia o que estava acontecendo consigo, com seu corpo, era como se ele soubesse exatamente o que fazer mesmo não tendo ideia alguma do que estava fazendo. 

Descendo os beijos para a clavícula do ruivo, Kageyama deixou leves beijos no local, subindo novamente para o pescoço do mesmo onde depositou alguns chupões. Sentindo as pequenas mãos de Hinata puxar seus fios escuros para trás, surpreendeu-se ao sentir o ruivo morder levemente o lóbulo de sua orelha e então percebeu que este, definitivamente, o deixaria louco. 

Não era novidade se sentir excitado estando com o Hinata, mas aquele dia havia sido totalmente diferente, estavam tão mais próximos que Kageyama pensava que a qualquer momento iria enlouquecer, porque para ele, aquilo também não era o suficiente, não era nem perto o que ele desejava; o que ele precisava. 

_ Hinata... - chamou o ruivo a fim de avisar que infelizmente deveriam se conter, mas o que recebeu foi o menor descendo bruscamente de seu colo e o colocando sentado no banco central do cômodo, para logo em seguida voltar a seu colo, mas dessa vez, o controle estava nas mãos do ruivo e Kageyama não poderia trocar de canal. 

Kageyama estava decidido que Hinata era um anjo disfarçado de demônio, que ele tinha uma calda vermelha escondida sobre as vestes, que ele era um pesadelo disfarçado de sonho, porque o que aquele ruivo estava fazendo, chegava a ser maldade. 

De maneira desajeitada, Hinata rebolava no colo do moreno, mas desajeitado ou não, Kageyama só conseguia pensar em uma coisa e seu pensamento o deixou surpreso. Eles eram ingênuos? Sim, mas não ao ponto de não saber o que era sexo, “tesão” ou vontade; naquele momento Kageyama se assustou ao desejar algo que nunca tinha feito.

Com as mãos ao redor do pescoço do moreno, deixando leves rebolados no colo daquele que lutava para não liberar seus gemidos, Hinata chama manhoso por Kageyama ao pé de seu ouvido. 

Parando os movimentos e sussurrando algo que talvez se arrependesse depois, Hinata aconchegou o rosto na curva do pescoço de Kageyama, que não se importava se iriam se arrepender do que estava por vir; eles estavam próximos às estrelas e agora eles iriam alcançá-las. 

Vamos terminar na minha casa - era o que tinha sido dito pelo ruivo. 

Ambos não faziam ideia de como haviam chegado ao local, ou o que estavam fazendo. Agora o controle não estava na mão de ninguém e sim de seus corpos, pois quando se deram conta já estavam da mesma forma que se encontravam no vestiário minutos atrás, só que dessa vez Kageyama estava deitado e tinha o ruivo sem camisa, sentado sobre si. 

_ Você é tão lindo. - Hinata sorriu ao ouvir a constatação e então desceu os lábios para o peito de Kageyama, deixando uma trilha de beijos por toda a extensão de seu peitoral, subindo até seu pescoço e por fim, encontrando seus lábios em um beijo um pouco nervoso, afinal ambos estavam tão nervosos que nem repararam, apenas agiam de acordo com suas vontades. 

De uma hora para outra, Hinata encostou a testa na de Kageyama, aparentemente entendendo o que estava prestes a acontecer. 

_ Eu nunca fiz nada disso então me desculpa se... - Kageyama em um ato rápido a fim de interromper a fala de Hinata, selou os lábios com o do ruivo em um longo selinho; um selinho com o qual tentou transmitir tranquilidade para o menor e então revelou algo que Hinata não sabia: Kageyama também era virgem. 

_ Eu também nunca fiz isso, Boke. - Surpreso e um pouco menos nervoso, Hinata assentiu e sentiu Kageyama capturar seus lábios novamente, mas dessa vez foi colocado deitado de costas na cama, com Kageyama sobre si. 

O moreno removeu a peça superior de si, deixando Hinata o admirar por alguns segundos e então voltou os lábios ao pescoço do ruivo, até chegar a seus mamilos, deixando alguns beijos e chupões no local. 

Este local era mais sensível do que Hinata esperava, portando acabou soltando alguns gemidos que incentivaram Kageyama a continuar. Com as mãos nos lábios suprimindo seus sons, Hinata sentiu Kageyama direcionar os beijos para outro local, deixando uma trilha de selinhos até o cós de sua bermuda. 

Antes de qualquer ação, o moreno olhou bem no fundo dos olhos do ruivo e então retirou as mãos do mesmo da boca, alegando que queria ouvi-lo, que não era para que escondesse os gemidos. Abaixando o tecido da bermuda e ajoelhando-se na beirada da cama, Kageyama deixou um beijo molhado sobre a cueca de Hinata. 

Céus, o que eu estou fazendo? - esse era o pensamento interior de Kageyama, porém apesar de não acreditar que estava prestes a sentir Hinata em seus lábios, o moreno estava gostando daquilo, da sensação de ter Hinata tão vulnerável sobre seus braços. 

Céus, o que ele está fazendo? - Hinata estava realmente prestes a perder a sanidade com tão pouco e sinceramente não se importaria se fossem além do que estavam fazendo, na verdade ele queria que fossem. 

Hinata olhava atentamente para Kageyama, até que fechou os olhos ao sentir o tecido de sua peça íntima deixar seu corpo, mas abriu os mesmos logo que sentiu os lábios de Kageyama o envolver.  Aos poucos Kageyama havia pegado o jeito e segurava as pernas de Hinata, que tremia com tal ato. 

Não era como se Hinata nunca tivesse se masturbado, mas ter outra pessoa fazendo por si, ainda mais com os lábios, era coisa de outro mundo, uma sensação completamente nova e que ele queria poder experimentar novamente. 

Sentindo estar próximo de seu ápice, Hinata sem conseguir falar, tentou empurrar Kageyama para longe de si, que entendendo o recado, aumentou a intensidade de seus movimentos e sentiu o gosto de Hinata em seus lábios. Ouvir Hinata chamando seu nome repetidas vezes não tivera preço e agora ver o ruivo ofegante devido a algo que havia sido proporcionado por si, era sensacional para Kageyama. 

A fim de dar um novo beijo em Hinata, Kageyama estava se levantando para voltar para cama quando foi brutalmente empurrado na mesma. Reparou o sorriso sacana de Hinata ao ajoelhar-se em frente a si, com o olhar que dizia que ele não iria perder e que agora era sua vez. 

Eles eram assim, estavam sempre no mesmo caminho, incentivando um ao outro com a pequena rivalidade saudável que existia entre eles. Kageyama lembrava claramente do dia que escutara algo de Hinata que nunca se esqueceria. 

Se você for até a lua, eu vou até o sol e se eu for até o sol, espero que você vá mais longe ainda. - era assim que eles eram, era assim que sempre seriam.

The Rainbow In UsOnde histórias criam vida. Descubra agora