Verde

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Kageyama estava triste

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Kageyama estava triste. Mesmo que estivesse ali naquela noite bebendo com os amigos de time, sentia falta de  uma cabeleira ruiva e alegre ao seu lado, mas este provavelmente estava dormindo uma vez que eram onze da noite em Tóquio e consequentemente onze da manhã no Brasil. 

Como se o universo estivesse tentando agradar Kageyama, seu celular começou a tocar e na tela indicava que era quem ele esperava, era Hinata.

__ Alô? – Kageyama estava ansioso com o que Hinata poderia querer, normalmente nas manhãs de sábado o ruivo estaria dormindo. 

__ Quando eu digo que não quero mais você, é porque eu te quero... – Kageyama não entendeu uma palavra se quer do que o ruivo estava falando. Ele estava falando em português? Será que estava lhe xingando? 

__ Hinata, você... – Kageyama não teve tempo nem de continuar a frase, pois foi interrompido por um grito do ruivo que quase o deixou surdo.

__ EU TE QUERO MAIS QUE TUDO, EU PRECISO DO SEU BEIJO. – Kageyama não fazia ideia do que estava acontecendo, mas alguma coisa estava errada.

__ Hinata? Porque você ‘tá cantando? – a ficha aos poucos foi caindo, enquanto Hinata cantava músicas brasileiras Kageyama então entendeu Hinata estava bêbado.

O que Kageyama não sabia é o que estava se passando na mente e no coração de Hinata. O ruivo estava se sentindo extremamente culpado, não conseguia se perdoar por ter causado uma briga tão desnecessária e quase acabado com tudo por conta da sua insegurança. 

Hinata se sentia confuso; não sobre o que sentia pelo moreno, afinal uma das poucas certezas que tinha era de que amava Kageyama, mas se sentia confuso sobre suas ações. Não sabia porque ele tinha falado aquilo pro namorado, uma vez que sempre fora tão compreensivo com o jeito do moreno. 

Maldito moreno dos olhos azuis... 

__ MAS NA VERDADE É QUE EU SOU LOUCO POR VOCÊ E TENHO MEDO DE PENSAR EM TE PERDER. – Kageyama não estava acreditando, o ruivo realmente estava bebendo tão cedo? Será que ele estava tão triste assim?

__ Você ‘tá bêbado, não ‘tá? – E Hinata não parava. Cada hora era uma letra diferente. Palavras todas emboladas que nem mesmo um brasileiro entenderia o que saía da boca do ruivo.

__VOCÊ DE LÁ E EU DE CÁ, OLHANDO O MESMO CÉU, QUE DISTÂNCIA CRUEL. – Kageyama nesse ponto já estava ficando preocupado. Como ele pôde ser tão cego sobre os sentimentos daquele que amava? 

__ Hinata são onze horas da manhã ai, você é louco? – Hinata parecia não ter noção de que estava realmente em uma ligação. Kageyama tinha quase certeza que o ruivo havia ligado por impulso ou por puro engano. 

__ ANTES DE VOCÊ ACEITAR EU JÁ TE ASSUMI PARA O Brasil. - talvez não fosse se lembrar de nada no dia seguinte, mas agora Kageyama se lembrava perfeitamente daquele trecho gritado pelo ruivo. 

__ Hinata... – Kageyama conhecia aquele trecho, era uma das músicas favoritas do namorado então ele já havia pesquisado sua tradução.

__ PORQUE TE AMO EU NÃO SEI, MAS QUERO TE AMAR CADA VEZ MAIS. – foi nessa parte que Kageyama finalmente entendeu que Hinata também sentia sua falta na mesma intensidade. Ele sabia o que significava “eu te amo” e então respondeu baixinho o ruivo, mas esse não foi capaz de escutar.

__ Eu também te amo. - Kageyama agora tinha um sorriso no rosto.

__ O QUE NA VIDA NINGUÉM FEZ VOCÊ FEZ EM MENOS DE UM MÊS. –  Também um pouco alterado, Kageyama agradecia aos céus por aquela ligação. Em seu coração agora ele tinha a certeza de que tudo ficaria bem.

Sempre ouvirá dizer por aí que o verde era a cor da esperança, porém nunca acreditou que sentimentos poderiam ser definidos por cores, mas naquele momento seu mundo se encontrava inteiramente verde, pois nascia ali a esperança de que tudo voltaria ao que era. 

Naquele momento, com os dois embriagados e duvidando que fossem se lembrar de boa parte daquilo no dia seguinte, havia sido plantada a semente da esperança e mesmo que inconscientemente decidiram que iriam zelar por ela com todo o seu ser, afinal o amor de suas vidas dependia da sua germinação, não a deixariam morrer por causa de uma briga.

Mesmo com toda a distância física e emocional que agora existia entre eles, aquele sentimento forte ficou ali guardado, enraizado em suas mentes e crescendo até desabrochar e vir à tona.

Eles eram clássicos juntos e sabiam que era ao lado um do outro que pertenciam.

The Rainbow In UsOnde histórias criam vida. Descubra agora