Capítulo 1 - Passado Sombrio

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Eu me chamo Bakugou Katsuki e nasci num mundo onde existem poderes psíquicos, e seus manipuladores são chamados de espers. Eu os chamo de idiotas chunnibyou. Mesmo que eu também seja um esper foda de fogo. Nasci no Japão, que espalhou a estranha cultura de adoração e formação de heróis e vilões, com o símbolo da paz e herói número 1 Almighty.

Quando era criança, eu morava com minha mãe e pai que eram heróis. Se bem que minha mãe dava mais para chefe de gangue, que eu suspeito ter herdado o mal humor do caralho dela. Um dia eles saíram para trabalhar e salvar o dia, e eu esperei muito tempo em casa, até que um policial chegou e me avisou que ambos tinham morrido no cumprimento do dever. Por pouco não explodi a cara do filho da puta. Quebrei várias coisas em casa, e chorei muito com a dor que rasgava meu peito. Enquanto eu estava chorando deitado no chão com os joelhos abaixo do queixo, ouço uma voz familiar me chamando e sinto uma mão puxando meu ombro. Quando me virei e queria dar um soco no filho da mãe me importunando, percebi quem era. Meu vizinho e único amigo que poderia aturar meu jeito delinquente, Midoriya Izuku.

Olhos verdes e cabelo preto esverdeado, rosto pequeno e mesmo que eu queira negar, fofo com algumas sardas. Era o único amigo que realmente me entendia, apesar de eu falar grosseiramente com ele as vezes. Quer dizer, não é porque eu acho ele meio fofo, que eu gosto de intimidar ele para ver como ele fica vermelho antes de eu rir dele. Não que eu não me desculpe as vezes, de vez em quando. Não sou tsundere ok? Não sou porra! Eu mexo com ele pois é meu amigo, se mais alguém tenta intimidar ele, eu sempre desço a porrada. Só porque eu posso, não significa que qualquer um pode.

Depois de resmungar um pouco, ainda chorando contei a ele o ocorrido, e ele sem se incomodar comigo o empurrando me abraçou fortemente. Mesmo que eu reclamasse, ainda segurei sua camisa com força e chorei em seu peito, enquanto sentia sua mão que muitas vezes chamei de mão de menina, alisando meu cabelo loiro e espetado.

Depois de um tempo, ouvi ele falando no celular com a mãe dizendo que ia dormir na minha casa hoje, e mesmo que eu tenha franzido a cara que o fez dar uma risada, não expulsei pois sentia um calor agradável ao tê-lo por perto hoje.

Depois de me acalmar, o afastei rapidamente sem força, e enxugando minhas lagrimas na camisa, comecei a limpar o lixo quebrado na sala. Como desde cedo minha mãe me obrigava a aprender tarefas domésticas a cada vez que eu ficasse de castigo por ter brigado na escola, rapidamente me tornei uma excelente porra de dona de casa que sabia como cozinhar, lavar, limpar e costurar muito bem. Desde que melhorei rápido, e apenas a comida do meu pai era humanamente comestível e não tóxico, fui logo encarregado de ser chefe de cozinha. Meus pais brincavam que eu seria uma boa esposa no futuro. Bah, porra de esposa. Eu queria dizer isso, mas tinha medo do punho de ferro da mãe. Ela não era chamada de boss pelos seus subordinados porque era delicada.

Depois de deku me ajudando a limpar, fui tomar banho e deku pediu para ir junto. Dei de ombros sem me importar e fui para o banheiro e ao entrar, comecei a tirar a camisa e o calção ficando só de boxer. Mesmo que tivesse apenas 11 anos, como treinava e brigava desde cedo, meu corpo era tonificado e já tinha músculos firmes e duros no peito e abdômen, que eu me achava foda quando algumas garotas ficavam olhando as vezes quando eu suava e tirava a camisa depois do basquete. Meu irmãozinho no meio das minhas pernas era bem dotado mesmo ainda na fase infantil. Quando estranhei o silêncio, olhei para trás e vi deku olhando para mim em transe com um sorriso idiota. Logo veio me perguntando como eu tinha ficado forte e legal assim. Não pude deixar de me gabar e botar força para deixar os músculos mais visíveis. Como ouvi ele pedir para tocar, eu queria gritar com ele que não, mas quando vi aqueles olhos verdes puros e alegres cheios de expectativas, senti que era como um gato olhando pra mim, e com um " se quiser toca logo porra, enquanto não mudo de ideia", fiquei meio irritado e com vergonha ao virar o rosto pro lado do espelho e sentir aquela mão macia tocando meu corpo inteiro, enquanto meu reflexo no espelho ficava vermelho.

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