𝐖𝐄 𝐆𝐎𝐓 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐄𝐃; han seojun

Capítulo Três

      
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CAPÍTULO TRÊS
Decisões

     NÃO ESTAVA NOS PLANOS de Min Jae Hee ser atacado por diversos jornalistas logo que colocou os pés no aeroporto naquela amanhã, ou muito menos de ser perseguido por mais deles até a sede da sua empresa, no qual ficara preso no hall por não conseguir passar pela grande muralha de câmeras e microfones sem ser esmagado. Claro, até Seo Jun aparecer e o ajudar a resolver aquele problema chato.

     Toda essa perseguição estava se tornando mais recorrente, desde que explodiu mundialmente com sua música mais recente. No início foi um pouco assustador toda a atenção ganhada, mas era fascinante ver milhares de pessoas cantando sua música, em um coro perfeito que extendia até em outros países.

     Não conseguiu evitar a emoção no final de cada show da turnê. Os sorrisos de cada fã, os olhares orgulhosos que recebia, as mensagens de amor em diversos idiomas. Sentia que todo o trabalho duro e o problema que enfrentava era totalmente retribuído pelos gestos carinhosos das pessoas que gostavam de si, e ele não podia ficar mais grato, o deixava mais forte para encarar essa carreira.

     Então, assim que a reunião com sua staff terminou e a nova agenda foi entregue, tratou de ir logo para a sala de prática para treinar mais algumas coreografias que tinha em mente. Queria mostrar elas mais tarde para seu professor, e quem sabe, usá-las em sua próxima title.

     O loiro reproduzia os movimentos que tinham em sua mente com leveza, de maneira majestosa para quem o olhasse assim. Era incrível como Jae Hee se conectava com a música, tanto pela dança quanto pelo canto. Quando estavam juntos, se tornavam um só.

     Contudo, toda essa bela apresentação foi interrompida assim que uma garota descabelada, segurando um óculos de sol em uma das mãos e usando roupas amassadas invadiu a sala. A maquiagem estava mal feita, os olhos cansados revelavam que ela não tinha dormido nada e pela mancha de pizza que tinha em sua camisa, apenas confirmava que sua noite foi um tanto conturbada. Jae Hee temeu por um momento ser uma de suas fãs que viviam invadindo a empresa, mas logo que focou no rosto exausto da jovem, reconheceu de quem se tratava.

     — Jae Hee-ah! — disse a garota, saltando nos braços do loiro. — Senti sua falta!

     — Eu também senti, Mimi! — respondeu, afagando os cabelos da morena. — Você está bem? Parece um pouco abatida.

     A Baek soltou uma risada. "Abatida", a palavra usada pelo seu amigo de infância, era apenas uma maneira educada de se dizer que ela estava um completo bagaço, e ela reconhecia isso. Havia passado a noite em claro na casa de Ji Woon, enquanto se entupia com pizza e pensava sem parar no problema em que tinha sido colocada. Para piorar, ela tinha uma reunião em algumas horas e estava sem preparação nenhuma para enfrentar as falas decididas de seu pai, ou melhor, chefe.

     — Estou assim porque passei a noite em claro. Problemas em casa de novo. — respondeu, caminhando até o canto da sala e se sentando no chão, com as costas colada na parede.

     — O que o Eun Jae e seu pai fizeram dessa vez? — o garoto a seguiu, fazendo o mesmo e se sentando ao seu lado.

     Jae Hee sabia muito bem como as coisas funcionavam na família de Eun Mi, e muitas das vezes havia presenciado cenas desconfortáveis que sempre envolviam a filha do meio. Usavam-a como um objeto, nunca davam ouvidos a ela e muito menos a apoiavam em seus sonhos. Toda vez ele sentia mais a raiva crescer em si, queria ajudá-la a sair daquela situação o mais rápido possível, porém sabia que teria que ser a passos lentos.