Capítulo único.

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N/A: Essa carta faz parte de um universo que vem sendo construído há um tempo, cuja narrativa não foi publicada ainda, mas se você tem em mente que é uma carta de amor, de um namorado apaixonado, o resto das informações surge ao longo do texto.

Agradeço à minha espetacular beta e amiga lovetodiealone que caminhou ao meu lado nesse processo que parece tão besta, mas me é tão caro. Obrigada por sempre me ensinar tanto, e por ser tão monstrona e generosa. De outra forma, não seria possível; e não só por isso, mas também: ainda bem que você existe <3

No mais, perdoem erros em geral ou o que seja, galera, eu ia revisar de novo, mas precisava publicar hoje, pois aniversário do homenageado, também conhecido como meu artista favorito.

Boa leitura. Espero que gostem!!

Camohn ou Heath ou -

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Olá, menino bonito.

Te escrevo por motivo de saudade

Sei que você ir morar longe de mim tem a ver com a realização desse sonho tão bonito que eu te vi sonhar ao meu lado, enquanto acompanhava o processo do descobrimento dos meus próprios sonhos, e me enche o coração de alegria lembrar de tudo isso.

Tô na pausa do trabalho aqui no restaurante, correria como sempre.

Enquanto te escrevo, fumo um cigarro com aquelas balas de canela que você adora, o que me ajuda a criar a ilusão de estar um pouquinho perto de ti.

Quando eu lavava a última louça pra chegar aqui, minha cabeça se repetia num sem fim que não me deixava em paz; com dois poemas que ouvi recentemente e que não se calam aqui dentro quando penso em você (subentende-se que você é esperto o suficiente pra saber com que frequência rola isso, logo temos: Frank Iero com mente engatilhada, estrelando o vestir de raridades, sim ironicamente)

Lá vai, poema 1:

"Eu era capaz de atravessar a cidade inteira de bicicleta só para te ver dançar, e isso diz muito sobre a minha caixa torácica."

Dizem que o amor te dá coragem, mas eu sou caricato a ponto de tentar romper com as barreiras do clichê nessa carta que te escrevo, porque eu não sinto prazer, Gerard. Prazer nenhum, e isso volta a me tomar em desespero, como num passado distante, daí eu tento inovar. Costumeiro. Besta. Que seja. Bem ou mal, tá feito. Nada realmente novo. Amor ou não, sabe deus, mas um desejo ensurdecedor de te ver mais uma vez, me deixando louco, ainda que certo.

Vai ver que loucura sempre foi sobre isso, afinal. Ficar até altas horas da noite acordado pensando na tua chegada, no dia seguinte conseguir estar de pé às 6h, sem reclamar. E ainda dançar enquanto preparo o café pra não desmaiar de sono e conseguir ir te ver, te buscar de volta pra mim, mesmo que temporariamente. E nesse momento nem ficar disperso. Você percebe? Eu, eu -

Isso era eu sendo capaz.

Uma vez que eu sabia exatamente pra onde queria ir, o erro não se repetia.

Eu sabia exatamente que eu queria ir e não ficar.

Eu sabia exatamente pra quem eu queria ir.

Eu sabia o quanto era o mais rápido possível que eu queria chegar nos seus braços,

e assim te ter nos meus.

Por você, com você, pra você.

De mim, comigo, por mim.

A conclusão da narrativa nem é mística:

como sempre, eu cheguei atrasado, tendo saído atrasado,

Isso é um nóssemfim e não passa de palavreadoOnde histórias criam vida. Descubra agora