Naquele beco desprovido de luz, a ruiva corria contra o tempo e o homem o qual ela tinha percebido há poucos segundos estar atrás de si correndo como um verme, ou um lobo atrás de sua presa, e a presa nesta noite seria ela.
Havia acabado de sair do açougue onde trabalhava, e a porta dos fundos dava para um beco extenso. Os becos do Michigan eram conhecidos como "a casa da escuridão" era raro uma viela ser iluminada e os ladrões e seriais killers sabiam muito bem como se esconder e procurar pessoas dentro delas.
Mais alguns segundos de corrida e ela finalmente atravessaria a S Lafayette, a rua principal, não devia estar tão deserta assim ela finalmente poderia pedir ajuda.
Mas, assim que viu as luzes brilhantes das lojas e dos carros, sentiu suas costas serem punhaladas e, ao cair no chão, mais facadas foram deferidas em seu corpo. Ela estava atordoada e agora já não podia fazer muito por sua vida.
Seus olhos lacrimejaram enquanto em silêncio seu subconsciente pedia por socorro, o homem não tinha piedade, seu corpo avantajado demonstrava pura covardia contra a magra mulher que o olhava ainda em choque.
Quando a última lágrima caiu percorrendo toda a extensão de seu rosto, ele finalmente parou de esfaqueá-la deixando seu corpo largado no beco da rua 467.
Greenville não era mais a mesma.
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A música dos Rolling Stones ressoava a, no mínimo, duas quadras de seu ponto de origem. O Opel estacionava calmamente na rua residencial de Clinton. O adulto de vinte e sete anos desligou calmamente o rádio colocando seus óculos escuros e saindo do carro, indo diretamente para a casa que visitava todos os dias.
Como sabia que sua melhor amiga não abriria a porta, ele mesmo a abriu com a chave que tinha roubado dela há poucos meses. Mas se surpreendeu ao vê-la de pé cozinhando e com roupas que não eram da polícia local.
Estava loira, com um avental de cozinha preto e rosa, cabelos presos e usava até mesmo calça jeans!
— Então é assim que você entra na minha casa! — Lalisa resolveu o mistério. — Pensei que pulava a janela.
— Você está de pé? — Ele parecia confuso. Foi devagar em sua direção com medo de que fosse um alienígena ao invés de sua melhor amiga.
— O que está fazendo? — Sua voz saiu estranha quando o mais novo apertou seu rosto.
— O que deu em você? E desde quando faz massa de bolo na frigideira?
— Era pra ser panqueca! — Soltou em frustração. — Jane tentou me ensinar algumas vezes, mas nunca deu certo.
— Eu percebi. — Sua voz saiu engraçada uma vez que tapava seu nariz. — Você não está com roupa de trabalho, por quê?
