A arte de amar

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Pintei meus quadros com as cores do seu amor
amor por mim? amor por ela?
amor.
Tirei a tinta do resto que me sobrou

Dancei e rodopiei
Por todo o salão de meu coração
Dancei e pisotiei
Assim como uma vez o fizeste
Mas dessa vez, não doeu
Na verdade, não senti nada
Foram passos em vão.

Atuei que era moça
Era assim antes de ti
Fechada e emocionada, uma flor não desabrochada
Segui o roteiro do destino e acabei me perdendo no caminho
Agora, sou minha própria fonte de força

Construí meus castelos
Todos desabaram sobre mim
As expectativas que construí
Não foram fiéis a mim
Assim como tu também não foste
Pensava que nosso amor era sincero

Escrevi-te poemas
Declarei-te meus sentimentos
Que hoje se tornaram arrependimentos
Anotei minhas saudades em um papel
Estavas no topo da lista de meus piores momentos
Amar-te ou o odiar-te se tornou o meu dilema

As batidas de meu coração quando te via, se transformavam na mais bela melodia que eu jamais ouvira
Soavam como vozes de anjos, depois descobri que eram gritos de demônios
Seu sorriso tinha certa magia, me enfeitiçava com suas mentiras

Esculpi em barro, um homem
Assim como na criação
Esperava que ele agisse tal como imaginei
Mas esqueci que o havia feito apenas em minha mente
Minha mãe já dizia "o que os olhos não vêem o coração não sente"
Mas fizeste questão de que eu visse, e senti como se eu tivesse sido engolida pelo barro que lhe construí

Assim é, a arte de amar.

Poemas de Fim de TardeOnde histórias criam vida. Descubra agora