O tempo, a vida e a esperança

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O tempo é cruel
Mata aos poucos a esperança
Que por si só já tem a morte lenta
Pois ela morre por último, e as mortes lentas são as piores

O tempo é cruel à vida, à esperança e à mim
Que me faz esperar essa dor passar
Na certeza de que uma maior está por vir
E assim eu mato a esperança

Mas essa, essa é astuta
Se o tempo é cruel, a esperança é sua aliada
No passar do tempo ela cresce, por mais que pensamos que ela diminua
E no fim, bem, nós já sabemos o que há no fim...
... há decepção

decepção por mim, decepção pela vida, decepção pelo que eu hei de ser,
decepção que mata a felicidade,
que por sua vez infla a esperança,
que por sua vez é alimentada com o tempo.

A decepção mata o Tempo.

o Tempo se torna perdido,
sem rumo e sem destino
refém do acaso e decido:
"a esperança que habitava em mim se foi"... ledo engano
a esperança que habitava em mim apenas foi passear
e logo ela irá voltar
trazendo sua amiga decepção, que há de lhe matar.

Poemas de Fim de TardeOnde histórias criam vida. Descubra agora