Capítulo III- Fuga

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Harry não saberia dizer quanto tempo ficou dentro daquele carro envelhecido junto a um homem que nem conhecia e com Niall ainda desacordado, apenas assistiu o sol nascer lentamente do leste parecendo se recusar a brilhar novamente. O homem não trocara uma palavra consigo desde que o guiou ao seu Chevy Impala SS 1967 preto, algumas vezes o cacheado notava o olhando pelo espelho retrovisor com seu habitual cenho franzido e feições fechadas. Sentia-se intimidado e vulnerável. Era como se o homem pensasse tão alto que Harry podia escutá-lo dizendo: "Esse irá morrer logo".

Acariciou levemente os cabelos de Niall, estava sentado no banco traseiro com a cabeça do loiro em seu colo. Talvez fosse um erro ter seguido o homem cujo nome até então era desconhecido.

O motor do Impala roncava três vezes a cada duas horas de funcionamento, era como um relógio que acabava involuntariamente guiando Harry a sua compulsiva mania por controle do tempo. Queria ficar ciente de cada dia ou hora que se passava. Era como tentar manter um pouco da essência da sociedade antes da epidemia.

Depois de certo tempo o carro parou em frente a uma pequena fazenda isolada há alguns metros da rodovia. O homem saiu do carro agilmente abrindo a porta traseira sem delongas.

- Saia. – ordenou baixo começando a andar em direção a pequena casa. Prontamente Harry obedeceu. Sozinho, levou Niall até a casa, o caminho nunca pareceu tão distante e o homem pareceu não se importar com o sufoco de Styles para levar o loiro.

- Deite-o no sofá. – indicou já dentro da casa. – Está com fome?

- Sim. – respondeu Harry baixinho.

- Venha. Devo ter algo na geladeira. – murmurou o homem e Harry o seguiu até a cozinha assim que acomodou Horan no sofá.

Sentou em um dos bancos no balcão contorcendo os dedos em nítido sinal de nervosismo enquanto assistia o mais velho vasculhar a geladeira. A casa era escura e levemente empoeirada, os moveis eram simples, mas de uma maneira aconchegante. Talvez fosse a casa dele, pensou Harry.

- Tenho alguns sanduíches. – murmurou deixando o alimento sobre o balcão. – É de presunto. Gosta? – Harry assentiu mesmo sendo vegetariano. A verdade era que estava com tanta fome que já não se importava se um suíno morreu para lhe fornecer o alimento.

- Qual seu nome? – perguntou o homem apoderando-se também de um sanduíche.

- Harry. Harry Styles. – murmurou baixo focando toda a sua atenção no lanche.

- O outro é seu irmão? – voltou a perguntar.

- Não. É um amigo. – disse sugando levemente os dedos sujos de maionese. – Ele me salvou no dia da epidemia. Viajamos juntos desde então. – explicou terminando de comer. – Qual o seu nome? – perguntou receoso olhando brevemente para o homem e logo voltando ao balcão.

- Jensen Ackles. – respondeu o mais velho levantando e enchendo um copo de água e passou para Styles. – Quantos anos têm, Styles? – perguntou retirando o prato que antes abrigava o antigo sanduíche.

- 17. – respondeu simples. – Obrigado pela água. – agradeceu baixinho.

- Você me pareceu novo mesmo. – disse para si. – Teve sorte de estar vivo, certo? – inquiriu o mais velho e Harry abaixou a cabeça por constrangimento. Afinal, tudo não passou de pura sorte consigo, duvidava até de si mesmo se sobreviveria até o fim de semana.

- Acho que sim. – sussurrou alisando com os polegares o copo de vidro em suas mãos, que, provavelmente, antes era um pote de requeijão. O homem revirou os olhos em desgosto e retirou o copo das mãos de Harry levando até a pia começando a lavar. – A casa é sua? – perguntou e o homem o fitou brevemente com o cenho franzido.

Infection l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora