Capítulo 28

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Eda Yildiz

Não sei como consegui voltar pra casa.
Casa. Um lugar que talvez nunca seja a ser o meu lar.
Não sei o que vou fazer com essa gravidez, mas sei que não o tirarei.
Me sinto conectada com essa criança, com meu filho.
Não sei o que fazer com relação ao pai do meu bebê. Tenho medo de dizer a Serkan e ele me força a tirá-lo.

São tantas coisas na minha mente, mas tento sempre me manter forte.
É um possível irmão, é um bebê a caminho e também vovó e o que ela vai fazer. Não consegui entendê-la hoje.
Porque por aqueles homens em uma vingança minha, uma vingança nossa?

Passo pelos portões da mansão Bolat.
Não tenho ideia de que horas seja, mas sei que já está tarde. A noite começa a cair.
Saio do carro e Siriús me segue.
Os guardas por perto observam-me atentamente. Não tenho nem energia para enfrentá-los.
Estou cansada disso.

Seyfi me recebe na porta:
–Srta Eda? Venha o jantar foi servido agora –ele diz me pegando pelo braço.

–Não estou com fome Seyfi –e digo a verdade, não irei conseguir comer agora, só quero ir para meu quarto e me afogar em solidão.

–Mas a senhorita passou o dia fora e nem deve ter comido nada –não digo que ele está certo.

–Comi sim –minto –Vou pro meu quarto, estou cansada Seyfi. Cuide de Siriús e o alimente por favor–tento sorrir mas não consigo. Digo boa noite e subo.

Não vejo ninguém quando faço meu caminho pela casa. Não vejo Erdem, Engin, Fifi e até mesmo Serkan.
Assim é melhor.
Entro no quarto e tranco a porta.
O dia hoje foi agitado.

Tiro a certidão e os papéis do exame de gravidez de dentro da bolsa.
Observo-os novamente e suspiro.
Tenho que escondê-los.
Olho pelo quarto em busca de um lugar apropriado para guarda-los.
Um lugar que não sejam capaz de achar.

Enquanto penso onde esconder esses papéis, alguém tenta abrir a porta e não consegue.
Merda

Eda. Abra –Serkan diz do outro lado. Pelo tom de voz seu humor não está dos melhores.

Agindo rápido guardo os documentos dobrados dentro da última gaveta da cômoda, bem ao fundo em baixo de algumas roupas.
Tenho que me lembrar de achar um lugar melhor depois.

Serkan diz de novo:
–Eda, abra a porta.

Olho pra minha barriga como se pra conferir que não está grande por conta da gravidez e suspiro.
Se acalme Eda, digo a mim mesma.

Abro a porta de dou de cara com Serkan segurando uma bandeja.

–Serkan.

–Eda –olho dele pra bandeja contendo um recipiente tampado.

–Serkan –ele franze as sobrancelhas.
Continuo com meu corpo impedindo sua passagem pela porta.

–Você não comeu –ele diz e olha pra bandeja. Sua expressão continua a mesma.
Ele me trouxe comida?

–Não estava com fome –ele passa por mim sem nenhuma dificuldade.

Serkan rodeia a cama e olha pra mim que permaneço de pé segurando a porta.

Merda ele tinha que entrar?
Olho rapidamente pra cômoda onde estão guardado os documentos e depois me viro pra ele.

Estrela de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora