Capítulo 4

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                     Serkan Bolat

Onde eu estava com a cabeça quando resolvi traze-lá comigo?

Encontro os olhos de Engin pelo retrovisor e sei que ele está pensando a mesma coisa.
Eu nunca levei alguma mulher para casa. Imagina a cara de dona Aydan quando eu chegar com uma mulher, ainda mais vestida assim como uma stripper.
Sei que não vai ficar nada agradada, mas ela sabe que não deve interferir nas minhas decisões.

Minha mãe é contra a minha escolha de não se casar, e sempre que pode tenta me fazer mudar de ideia.
Tanto que quando os pais de Selin morreu quando ela tinha 15 anos, minha mãe praticamente a adotou. Desde então tenta fazer com que eu me case com ela.
Não vou mentir e dizer que não fodo Selin sempre que posso. Ter uma boceta quando se está muito ocupado em casa resolvendo os problemas da máfia e sem tempo para um escapada, é sensacional.
Mas apesar disso, sempre deixe claro a Selin que só poderia oferecer meu pau e nada mais. E como a boa submissa que é, entendeu perfeitamente.

Ignoro meus pensamentos e me concentro na mulher sentada ao meu lado no carro. Seu rosto está focado na vista.
Desde que saímos da boate, só se sabe ficar olhando pela janela, parece distante.
Não dirigiu nenhum palavra à mim, e agradeço por isso, não sou desses de ficar com conversinha.

Verifico a hora no relógio.
Porra!!
4:17 da manhã e nenhum resquício do amanhecer.

O café da manhã com mamãe é 6:30, sempre um horário padrão e depois às 08:00 ela vai á igreja com Selin.
Às vezes as acompanho, mas hoje eu passo. Estou morto de cansaço e vou ter menos de 2 horas de sono e muitos problemas para resolver.

Depois de mais meia hora dentro do carro, chegamos a uma área afastada em frente aos portões da minha residência. Nos identificamos na portaria e dois guardas vem olhar de perto com lanternas.
Quando me veem liberam a entrada.
A segurança aqui é rígida, só entra quem eu quero, da mesma forma que só sai quem eu também quero.

O carro para na entra principal, olho em direção a Eda e vejo que me olha esperando que eu diga onde estamos. Engin sai primeiro abrindo minha porta logo em seguida. Saio do carro e ofereço minha mão a Eda ajudando-a à sair.

Viram, às vezes posso ser um cavalheiro.

Ao longe avisto os primeiros raios de sol emergindo ao horizonte. Sigo adiante entrando na casa com Engin ao meu lado e Eda um pouco atrás seguida pelo soldado que dirigia o carro.
Encontro Seyfi parado ao hall.

–Bom dia Senhor Serkan –diz com sua atenção voltada a mulher atrás de mim.
Não diz nada, o que acho inteligente porque não gosto de perguntas.

–Bom dia, minha mãe acordou?

–Ainda não senhor e nem a senhora selin.

Fico aliviado por saber que nenhuma das duas ainda estão de pé. Pego meu celular e digito uma mensagem para Erdem vim à casa principal urgente.

–Seyfi leve a minha convidada a área leste e a acomode no quarto ao lado do meu.

Quando termino a ordem, Erdem aparece todo atrapalhado com o paletó ao contrário—eu juro que não sei porque ele ainda trabalha pra mim, tudo bem que ele é até bom no que faz, mas é muito atrapalhado.

–Chefe. –acena com a cabeça em sinal de respeito.

–Erdem quero que acompanhe a senhorita até o seu quarto, fique de patrulha e não a deixe sair –digo e do canto do olho vejo Eda fazendo uma careta. Me viro acenando para Engin me seguir pro escritório, temos negócios a tratar.

Me sento em minha poltrona atrás da mesa e espero Engin começa com o interrogatório em 3..2..1

–Irmão o que é isso tudo? quem é essa mulher? porque a trouxe para casa? você nunca trás mulheres para casa irmãozinho.

–Uma coisa de cada vez Engin. Seu nome é Eda Yildiz e quero que descubra tudo sobre ela –não digo que ela está mentindo sobre seu sobrenome porque isso só faria Engin a fica mais preocupado –Eu a trouxe porque fiquei curioso sobre ela, digamos que é só isso. Agora vamos aos "negócios". Outro Caminhão foi detido pelos polícias, quero que descubra onde está o meu carregamento. Essa porra vale milhões Engin e quero-as de volta.

Faz alguns meses desde antes do meu pai ficar doente, que os federais estavam de olho na Família.
Agora que Alptekin precisou sumir por causa da doença, o foco foi em dobro pra cima de mim. Meu cartel é um dos que mais lucram com cocaína no mundo—não gosto muito dessa merda, mas é o que dá mais lucro–sou conhecido pelas famílias criminosas por ter sangue frio, agir calculadamente.
Gosto de resolver meus problemas com minhas próprias mãos. Os meus soldados eu mesmo vou atrás e os treinos. Quanto ao trabalho, eles acham e eu vou atrás e resolvo.
Me chamam de el señor de la caza (O senhor da caça)

–Esses federais filhos da puta sempre se metendo aonde não devem –diz Engin enquanto digita no telefone. Provavelmente ordenando uma busca.

–O meu problema é com aquele detetive Efe, juro que se não chamasse mais atenção ja teria metido a porra de uma bala na sua testa.

–Tudo tem a sua hora Serkan. Agora voltando ao assunto Eda, você sabe que sua mãe não vai aceitar né?

–Dona Aydan vai ter que aceitar, a casa é minha e os problemas são meus. Não se preocupe, pretendo ficar de olho na Eda.

–Certo. Ainda não entendi o que você quer com ela, não é só pela transar porque você fode tudo que ver pela frente e já tem uma boceta te esperando em casa sempre.

–Tudo tem a sua hora Engin –uso suas palavras contra ele mesmo –E não transo com Selin faz 2 meses.

–Isso é novidade. Se me der licença irei atrás das informações que me pediu, e já ordenei a busca atrás do carregamento da coca.

Aceno com a cabeça liberando sua saída, em seguida pego meu telefone e ligo para minha assistente na art life.

–Serkan bay?

–Leyla preciso que arranje roupas femininas decentes, todos os tipos, desde vestidos de festa até lingeries. Quero todas as roupas em 2 horas –não espero por uma resposta e desligo.
Sei que Leyla entendeu e já está providenciando, ela é uma ótima assistente.
Penso em trazer ela para a "Família", mas ela é muito boa pra esse mundo.
Mas pensando bem, com certeza resolveria mais coisas que o Erdem.

Saio do escritório trancando-o atrás de mim e vou em direção à área leste para meu quarto.
Vejo Erdem de patrulha na porta do quarto ao lado. Aceno a cabeça e entro ja tirando o paletó.
Parece que não terei tempo para dormi.
Vou até o barzinho e me sirvo de uma dose de bourbon—sim, eu tenho um barzinho na minha suíte—pego a bebida vou para varanda observar o nascer do sol.
Minha mente se volta ao quarto ao lado e me pergunto se o que fiz foi a coisa certa.

Você tem algo nesses olhos Eda, e eu vou descobrir o que esconde por trás dessa faceta de durona.

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Beijos da Tatá/Thavy

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