but i'm hoping at the gates

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sabor. (ô) sm.

1. Impressão que as substâncias rápidas produzem na língua.

2. Propriedade que elas têm de impressionar o paladar, gosto.

3. P. ext. Qualidade comparável a qualquer coisa agradável ao paladar.

4. Fis. Part. Número quântico correspondente à propriedade que tem cada tipo de quark. Supõem-se seis variedades de sabores, associados aos seis diferentes tipos de quarks.

— Oops! — Ela exclamou quase dando de cara com Larissa.

Castanho.

Larissa já havia lido sobre o castanho. Sobre como a madeira era dessa cor, como a terra por muitas vezes também, o chocolate... a castanha.

— Oi... — Larissa sussurrou, sem conseguir tirar os olhos do castanho.

— Eu acho que vou querer um pouco mais de açúcar. — A garota ainda na mesa comentou, não se dando conta da interação das outras duas.

— C-Claro... açúcar... — Larissa se atrapalhou andando para trás sem tirar os olhos do castanho.

— Que garota estranha... — Falou a que ainda estava na mesa.

— Paloma... — Ohana murmurou ao se sentar com um sorriso estranho.

— Que foi, Hana? — Paloma olhava pela janela, percebia que poderia nevar.

— Eu acho que... — Maneou em dizer.

Não poderia ser. Certo? Quais seriam as chances d'ela encontrar Larissa naquele dia tão aleatório?

— Acha o que, Ohana? — Bufou ao dizer. — Para com essa cara, você tá me assustando!

Ohana olhou para sua xícara de café, levou-a até os lábios e provou uma longa golada.

Ela sentiu o sabor do café.

Ohana não sentia sabores.

Cuspiu para fora todo o líquido quente e amargo.

— Caralho, Ohana! — Paloma se levantou tentando secar o café quente do rosto.

— Eu senti o sabor! — Ohana se animou em dizer, olhando para trás checando se a garota dos olhos escuros não estava vindo. — É ela! É Larissa!

— Pro inferno com Larissa, Ohana! Você me manchou de café! — Paloma bufou saindo da mesa em busca de um banheiro.

Ohana pegou uma das bombas de chocolate e levou até a boca.

E era tão bom o sabor que ela simplesmente o devorou!

Ela sabia desde pequena que só sentiria sabores se Larissa, seu amor, estivesse perto dela.

Por muito tempo ela acordava todas as manhãs com marcas em seu corpo, roxos e até mesmo ferimentos que ela não entendia de onde vinham. Chegou até a imaginar que Larissa teria morrido, já que esses ferimentos provinham dela.

— Ah... com licença... o açúcar... — Virou-se para os olhos escuros novamente.

— O que? — Perguntou, perdida nas maçãs rosadas de seu amor.

Larissa não respondeu, deixou os sachês na mesa e correu para a cozinha novamente.

Seus olhos estavam sendo bombardeados por cores e ela não entendia isso. Ela até quis tapar os olhos de todo aquele bombardeamento.

Ohana tinha cores, muitas cores, e era tão bonita e cheirava bem.

Larissa não sabia o que fazer. Pegou o telefone do escritório de Arielle e ligou para o número colado na parede, o número de Benjamin.

colors • OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora