lost, but now i'm found

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buscar v.t.d

1. Tratar de descobrir, de encontrar, conhecer, procurar.

2. Trazer ou levar, adquirir.

3. Esforçar-se por.


O sono não vinha.

Eram frequente as noites em claro, raras as noites dormidas.

Sentia que seu corpo só estaria em paz quando tivesse a completa certeza de que Larissa estava bem. Era como um peso em seus ombros, uma fumaça preta que confundia sua mente e sua percepção das coisas ao redor.

Manuela já se adaptara ao lugar, à nova casa, e com o decorrer dos dias ela se via mais livre de explorar os livros da esposa de seu irmão.

Renan buscava com afinco qualquer pista de que Larissa realmente se encontrava em Londres. Páginas e páginas de buscas e nada de sua irmã. Era com se ela simplesmente tivesse sumido do mapa, mas Renan não desistiria.

— Você precisa descansar. — Murmurou com sua voz fina.

— Manuela? — Ajeitou-se na cadeira, buscando a menina em seus braços e a depositando em seu próprio colo. — E você deveria estar dormindo.

— Estou sem sono. — Apoiou a bochecha no ombro de seu irmão mais velho.

— Eu também, Manu...

Manuela suspirou, as olheiras de seu irmão só cresciam, e ela não era burra, sabia que Renan estava exausto, à beira de definhar.

— Nada ainda? — Perguntou, mesmo sabendo o óbvio, Renan apenas negou. — Já tentou procurar em históricos hospitalares?

— Nada, nem um osso quebrado.

— Larissa sabe bem como se esconder. — Riu com humor, deixando o ar mais leve.

— Não é como se ela estivesse se escondendo, pequena...

— Ou talvez sim, vai que ela se tornou uma ladra de bancos!

Renan riu e levantou com a menina em seus braços, carregando-a até o quarto no fim do corredor. Distribuiu beijos pelo rosto pequeno, querendo apertar sua pequena irmã.

(...)


Remexeu as cobertas ao seu redor, era muito cedo da manhã e amaldiçoava quem quer se esteja tocando a campainha com verdadeiro vigor na porta da frente.

Se afastou de seu ninho quente, e consequentemente dos braços fortes e tatuados de Benjamin. Calçou suas pantufas e se arrastou até a sala.

— Já vai! — Gritou irritado, destrancou a porta e abriu a mesma.

Larissa entrou no apartamento como um furacão, as roupas amassadas e o cabelo como um ninho.

— Desculpe Lu... esqueci minhas chaves no apê da Ohana. — Maneou com as mãos, parecia um pouco perdida.

— Tudo bem... — Bocejou, tentando se proteger do frio com os braços ao redor do próprio corpo pequeno. — Aconteceu alguma coisa?. Calçou suas pantufas e se arrastou até a sala.

Larissa suspirou longamente, sentou no sofá e afundou o rosto nas mãos. Lucas julgou uma possível dr, pois sabia como um relacionamento pode passar por fases realmente conturbadas. Afastou o sono por enquanto, tentando não pensar muito sobre com sua cama deveria estar confortável e de como os braços de Benjamin estariam quentes e prontos para acomodá-lo.

— Eu fiz idiotice, de novo! — A garota respondeu com raiva. — Como sempre!

— Quer conversar sobre isso? — Molhou os lábios com a língua.

Larissa se sentia afundando cada vez mais em seu passado, afundando cada vez mais em coisas que só ela sabia. Não queria guardar aquilo para sempre dentro de si, não tinha mais forças para lutar sozinha. Arfava, a sensação de sufoco era mais do que real.

colors • OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora