funeral s.m
1. Cerimônia de sepultamento, de enterro, quando alguém é colocado numa sepultura.
2. Ritual de despedida que se realiza logo após a morte de um ente querido.
— Ai que merda! — Exclamou.Paloma não era sinônimo de responsabilidade, muito menos de cuidado. Para falar a verdade ela era até um pouco avoada, esquecia fácil das coisas.
— Ela vai ficar uma fera. — Ton comentou, aterrorizando ainda mais a garota.Antes de ir para o acampamento, Ohana deixou instruções básicas para Paloma cuidar de seu peixinho dourado. De como cuidar da água, e de apenas dar três camarões para o peixinho.
Na sexta Paloma tinha uma festa, que segundo ela, era muito, muito, importante. Então de uma forma desleixada ela cobriu a superfície da água do peixinho com muita ração.
Hoje era domingo. E o peixinho boiava de barriga para cima.— Talvez ele esteja dormindo. — Palpitou com esperanças.
Ton revirou os olhos, e com o seu dedo indicador ele cutucou o peixinho, que afundou até as pedrinhas coloridas no fundo do aquário.
— Ele tá morto, Paloma!— Como ia saber que esse idiota ia comer até morrer! — Rosnou com as mãos no rosto.
Sabia que sua melhor amiga tinha um apego muito forte com esse peixe, e quando soubesse que ele tinha morrido provavelmente também se mataria.
— Ainda bem que não fui eu. — O rapaz riu, cutucando mais uma vez o defunto.
— Você sabe que horas ela vai chegar?— Ela disse que voltaria hoje de manhã, mas pelo horário provavelmente ela passou na casa da Larissa.
Paloma suspirou. Se tivesse muita sorte ela conseguiria comprar outro peixe dourado e substituí-lo antes que Ohana chegasse.
— Preciso que você me leve em algum pet shop! — Empurrou Ton até a sala. — Agora!
— Hey! Por que eu? — Tentou relutar, mas Paloma conseguia ser agressiva quando queria.— Você é meu cúmplice no assassinato. — Pegou as chaves do carro de Ton e o puxou para fora do apartamento.
— Então você assume que foi um assassinato? — Riu ajeitando suas roupas.
— Não! — Estalou a língua praticamente agredindo o botão do elevador. — Ele se matou, isso é óbvio.
— Você deu a corda, o coitado apenas se enforcou.— Ton você não está ajudando. — Rosnou entrando no elevador que mal tinha aberto direito. — Peixe burro...
— Como cúmplice eu tenho o dever de apontar os teus erros no crime. — Sorriu de braços cruzados.
— Eu vou apontar a minha mão na sua cara, Wellington!
Ton riu e ficou em silêncio. Em poucos minutos o elevador chegou no subsolo e eles praticamente correram até o carro preto de Ton. O menino deu a partida e correu para fora do condomínio. Ele não queria ter parte na culpa, mas também não queria ver Ohana triste.— Eu duvido que você encontrará alguma loja aberta a essa hora de um domingo. — Já se passa do meio dia.
— Qualquer coisa eu engano a Ohana até amanhã, mas eu simplesmente dei mancada e não quero ela chateada. — Suspirou.
— Você pode tentar respiração boca a boca. — Riu focado no trânsito.
Eles praticamente rodaram a cidade, mas não encontraram nem um pet shop aberto. Paloma já se preparava para uma possível bronca, e até mesmo tentava inventar algumas desculpas para Ohana.
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colors • Ohanitta
FanfictionLarissa nasceu sem suas cores. Tudo o que enxergava, literalmente, era apenas o preto e o branco. todos os direitos e créditos: © cannabiscabello