Say You Love Me - CHONI

Capitulo 23

TONI'S POV

— Merda. - eu sussurrei nervosa.

Sentia uma dor insuportável na minha cabeça, a adrenalina ainda fluía em meu corpo. Olhei pra frente, uma fumaça saia do capô amassado do meu carro, que estava batido em um poste. Espalmei minha mão no airbag e respirei fundo.

Levei uma mão até a testa, sangrava, olhei pro sangue na minha mão que tremia. Ouvir uma pessoa gemer ao meu lado. Porra! Eu tinha me esquecido de Cheryl. Respirei fundo antes de olhar para o meu lado, com medo do que eu encontraria.

Mas ela parecia estar bem, só um filete de sangue escorria pela sua testa. Aquilo acelerou mais meu coração do que alguns minutos atrás, quando ela disse que tinha terminado tudo com Reggie, por mim.

Tentei me soltar do cinto de segurança que estava ainda preso em mim, mas meus olhos estavam nela.

— Cheryl, olha para mim. - eu gritei, puxando seu rosto pra mim. Ela estava com os olhos fechados, a boca entre aberta. Que ela esteja bem. Eu pensava. Se algo acontecesse com ela por minha culpa, eu nunca iria me perdoar. Nunca. — Vocês está bem? Por Deus, diga que sim. Por favor não faz isso comigo, me responda. CHERYL.

Consegui me soltar do cinto, e tentei me aproximar dela, soltando seu cinto. Quando consegui , tomei meu rosto com as minhas mãos, a boca dela estava entreaberta respirando com dificuldade. Afastei uma mecha de cabelo que caia em seu rosto e dei um beijo no canto da sua boca, meu coração já estava desesperado, o choro querendo vir.

— Por favor amor, acorda. - eu falei tão baixo que eu mesma não ouvi, nossas testas estavam coladas.

— Cheryl começou a mexer os olhos, dando sinal que ia acordar e assim fez. A primeira coisa que ela viu foi meus olhos colados ao dela, preocupados. Até agora seus olhos eram lindos, sorri fraco quando ela molhou os lábios com a língua.

— Ah meu Deus.

Ela olhou em volta e eu soltei seu rosto, mas minhas mãos ainda estavam em seus braços, minhas mãos tremiam.

— O que foi? Tá sentido alguma coisa? Se machucou muito? Onde dói?

Eu perguntei rápido, preocupada, olhando pro seu corpo, virei seu rosto de um lado para o outro. Pra ver se tinha algum dano mas não tinha, estava normal. Ela balançou a cabeça, rindo fraco.

— Seu bebê Toni. - ela disse e eu franzi a testa. — Seu carro, está destruído.

Se a situação não fosse tão triste eu iria rir bastante. Levei minha mão até seu rosto alisando-o. Ela era tão linda, puta merda. Ela era o meu bebê. A raiva já tinha se esvaído a muito tempo.

— Eu não me importo com o carro. Eu só quero saber se você está bem, você está né?

— Estou, eu acho.

Ela levou uma mão até a testa, esfregando e eu queria me bater por ter batido o carro com Cheryl dentro. Qual era a porra do meu problema?

— Me desculpe... - eu disse baixo, uma lágrima desceu pela minha bochecha.

- Ah, - ela gemeu, se remexendo no banco, se ajeitando. - tudo bem Toni, eu te provoquei. Eu fui a culpada disso.

Cheryl olhou pra mim e passou o polegar na minha bochecha. Eu balancei a cabeça em negativa.

— Quem estava dirigindo fui eu Cheryl. Mas não importa, precisamos sair daqui. - eu disse rápido, peguei meu celular e coloquei no bolso. Pera. Aonde nós estávamos.

Eu sai entrando na estranha de chão que quase saia na outra cidade, eu sei que meu pai tem um sítio por aqui. Mas porque eu vim pra cá? Sei la, estou confusa. Eu não estava pensando direito, estava preocupada mais na minha discussão com Cheryl.