🥑 . . . tooru oikawa x fem!reader no tw/cw. thanks @everyvitale. more than 700 words.
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o espelho não parecia tão convidativo últimos tempos, (nome) sabia. seu corpo aparentava ser desproporcional, inconscientemente criando uma realidade paralela na qual suas angústias eram agravadas ao se analisar, balançar seus fios, preencher suas olheiras fortes abaixo dos globos com maquiagens, vestir roupas justas ou que deixassem uma sequer área de seu corpo perceptível ao olhar. por mais que iniciasse dietas, mantesse uma rotina saudável como seu namorado, nada parecia progredir. a distorção imaginária pesava mais que seu realismo escondido.
tooru notou as vestes da mulher, extensas e largas. ele sabia que (nome) priorizava roupas que deixassem-a adequada para movimentar-se; no entanto, sua pele andava tão sumida embaixo dos trapos coloridos, demasiadamente acima do costumeiro.
- (nome)-chan? por que anda roubando todos os meus molentons? - questionou, desfazendo-se da camisa esbranquiçada, se esparramando na cama espaçosa.
- acho bonito, tooru. - deu um curto sorriso calmo, trajando uma das peças vermelhas chamativas há pouco guardadas no armário. antes que pudesse principiar um tema, dois braços aqueceram sua cintura, a cabeça do acastanhado pousou nas costelas da moça, inalando o perfume doce. - tooru? me solte! - riu, identificando a superfície macia da cama em seguida.
- você sabe que não precisa esconder nada, certo? sou um namorado fofoqueiro, mas nunca contaria algo da sua intimidade pra' um terceiro, você pode confiar em mim. - a pupila do levantador passeou por todas as curvaturas de (sobrenome), a partir do pescoço até as de suas pernas. ele a amava, adorava toda a extensão de pele e carne que a compunham. ela era como uma escultura moldada por michelangelo no renascentismo, com as mais explícitas bem-vistas minusciosidades.
- por que isso agora? - questionou. o rapaz arqueou o cenho, curioso.
- abrindo o jogo, acho que você anda escondendo algo de mim. - rebateu, criando atrito entre a bochecha corada e seu indicador ressecado pelos hematomas. (nome) desviou o olhar, o oxigênio passando por seu sistema respiratório sem dificuldades.
- não ando escondendo nada, tooru. - fez uma pequena pausa, voltando a espiar tal expressão dramática cravada no semblante do levantador. - é um drama, não precisa se preocupar por algo tão banal. -
- nada que venha de você é banal, (nome). não faça da sua opinião a minha também. - expirou, beijando a área livre do pescoço da outra, provando a pele ouriçada contra sua língua quente. o choque térmico era periculoso, estimulando mais arrepios.
- eu só me sinto insegura com meu corpo. - confessou, seus dedos trêmulos pela substância do medo. medo de ser julgada, humilhada, pois em seu ponto de vista, tudo aquilo não ultrapassava o patético.
- insegura? com esse corpão? (nome), sério? - oikawa exibiu um sorriso orgulhoso na região carnuda, sua garota confiava em si, era um enorme passo. - você é linda, gatinha! - levantando consideravelmente seu moletom, beijou seu ventre, cintura e ossos encontrados abaixo dos seios. um riso saltou das cordas, deixando as paredes favoráveis.
- tooru! - protestou. ambos sorriam, sem alguma razão.
- vamos lá, só vou parar quando você dizer "eu sou linda e merecedora de todo o amor do mundo", caso contrário, eu te encho o saco pelo resto da semana, até por mensagens. - os beiços recém molhados pelo líquido pegajoso pairaram no tornozelo, interior da coxa, pulsos, pescoço; - você é a melhor garota que eu já conheci, (nome), é a pessoa mais completa do mundo, mais do que eu pedi um dia. eu te amo, não continue afirmando isso na sua cabecinha, tudo bem? -
- ok, eu também te amo. - com as maçãs do rosto pintadas de rosa fosco, pediu por mais caminhos de beijos em seu corpo. oikawa riu, baixinho e manhoso.
- vamos lá, repita: eu sou linda - era devagar. ele sabia que o processo de aceitação era aos poucos, tão lento e embaraçoso. por isso, seria um homem mais presente, daria todo o amor e atenção que aquela mulher merecia.
- eu sou linda -
- e mereço -
- e mereço -
- todo o amor -
- todo o amor -
- do mundo! -
- do mundo! - riu, beijando os lábios alheios.
- agora diga tudo de uma vez repetindo isso todos os dias se olhando no espelho. - embolou seus braços fortificados no tronco suave de (nome), permitindo-se degustar do corpo e personalidade tão admiráveis que insistiam em lhe dar apoio.
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escrevi isso aqui no auge da minha autoestima fml, espero que tenha confortado os inseguros e afirmado a percepcao dos egocentricos tmj lendas 😷
