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QUE tooru oikawa era um levantador renomado por todo o mundo do vôlei isso era inquestionável. entretando, ninguém ao menos tinha noção de quê bebidas ilícitas eram ingeridas pelo acastanhado desde o ensino médio. em seus primeiros passos no vôlei, ou seja, em sua plena infância, oikawa se cobrava mais do que devia. horas de seu dia eram desperdiçadas apenas em treino, involuntário choro de dor e comparações à outros atletas. iwaizumi era o único que tinha plena consciência dos atos do amigo, mas o que adiantava conselhos estúpidos? entravam por um ouvido e saíam pelo outro, ganhando em resposta uma risada sarcástica, disfarçando a cratera em seu peito.
tooru sempre teve um estado muito instável, vulnerável à uma recaída ou uma euforia imbatível. naquela noite fria de sábado, o acastanhado lamentava-se por ter perdido a mulher que mais amou há mais de três anos. ao seu lado, vidros de bebidas fortes que impregnavam-se em todos os cantos de sua casa. por todos aqueles infernais instantes, lembrou-se de sua ex-namorada, (nome), que até os dias atuais era seu anjo protetor. suas pernas movimentaram no ato de levantar, suas mãos apoiaram a decisão de seu cérebro, e assim, oikawa se encaminhou até o apartamento da garota.
de punho cerrado, água salgada nas bordas de seus olhos, íris ofuscada e uma bebida na outra mão livre, foram completos três toques na porta de madeira que exalava um cheiro de nova. suas estruturas mentais estavam acabadas, almejava apenas um instante de paz.
— (nome)... por favor, abra. — sussurrou, utilizando seu errático tom de voz. ela, estarrecida, girou a maçaneta, sentindo o corpo do seu ex-amado cair sob o seu. — (nome)... eu sou tão ruim, inútil — abraçou o tronco trêmulo da mulher, que mantinha os olhos pouco esbugalhados, apesar da tal cena ser monótona.
— tooru... — sussurrou, alcançando novamente o trinco, girando-o e fechando a porta. seus dedos percorriam os fios castanhos macios, mantendo um sorriso calmo nos lábios secos, necessitados de algo molhado. — diga-me, o que houve? — questionou. com a força acessível para seus braços, carregou o corpo pesado do atleta para sua cama, brincando com suas bochechas molhadas.
— e-eu perdi, (nome). perdi você. — choramingou baixinho. ao fundo, miados de um gato preto ocuparam os pensamentos do levantador, que saiu da sua poça de lamentações para encarar o animal. — v-você ainda tem o jesse... (nome), não... —
— o tenho desde que você decidiu não ficar com ele para evitar lembrar de mim. na verdade, o gato era para ser unicamente meu, mas você o roubou de mim quando suas visitas aqui se tornaram constantes no período do nosso namoro. — reprimiu o avassalador desejo de derramar seus líquidos salgados com um sorriso magoado, apertando o tecido da camisola de seda entre seus dedos.
(nome) suspirou. em todas as repetidas situações, suas ações eram sempre ineficazes. recaídas de tooru oikawa eram sempre mais fortes do que qualquer afago ou conselho que a mesma poderia proporcioná-lo. oikawa deixou, acidentalmente, a garrafa de vidro espatifar-se por todo o piso gélido, levando a palma da mão até seus olhos, apertando-os com disposição.
— volte, (nome), por favor... eu serei melhor — foi sua vez de se apegar ao tecido da camisola cinza, tirando um olhar pesado da ainda amada. — eu prometo que não serei um pirralho do caralho, um inseguro de merda, mas, por favor, me dê outra chance. — a roupa molhou, assim como os olhos de (nome).
mesmo que o amasse com toda a sua insuficiência força, retornar para os braços de tooru não era a melhor opção.
— tooru, preciso limpar os cacos de vidro. limpe seu rosto no banheiro, você sabe onde fica. —
(nome), agora, tinha três tipos de cacos para juntar: os da garrafa no chão, os de seu coração em seu peito sensível e das estruturas de seu eterno namorado, que precisavam ficar em estado apresentável até a manhã do dia seguinte.
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repostei porque o wattpad comeu meu cu bonito. enfim, esse cap eh pesado por se tratar de um relacionamento conturbado. eu nem ia postar, mas reflete tão bem as emoções de uma situação como essa que eu decidi tentar.
