softcore ✘ haikyuu

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OSAMU w FEM!READER
angst (?) to fluff. contém leve menção
de briga. + 6OO palavras. enjoy, bby.

‍TRAJANDO um ar tenso, o dia continha nuvens deformadas no céu fechado, sem alguma brecha para uma luz que iluminasse as decisões de (nome). aqueles diálogos negativamente calorosos causavam cansaço em seu corpo, mente, alma. no mais honesto desejo, (nome) apenas queria que seu vínculo com o gêmeo acinzentado virasse apenas um céu azul de nuvens radiantes, não uma imensidão infinita de nuvens gélidas.

osamu lembrara da vez que (sobrenome) havia bebido demasiadamente em sua festa de aniversário. ela relatava que queria levá-lo onde humanos comuns nunca haviam alcançado, pois no fim das contas, ela e ele eram apenas dois deuses perdidos numa terra de caos. um pequeno caminho de gotas quentes abriu-se diante a bochecha dolorida do cozinheiro, que tanto sentia falta da divindade de mente fértil.

toques, beijos, abraços. formas de afeto que a estudante de jornalismo tanto depositava no namorado carente em dias nublados, sempre terminavam com corpos suados pairando sobre o tecido branco que rodava o colchão dos amantes, que se apaixonavam observando as infinitas estrelas no olhar um do outro.

horas de guerra, horas de paz. assim eram categorizadas as partidas de videogame que tanto faziam questão de dar um play para desempatar o placar acirrado, que talvez osamu houvesse perdido a contagem. nestes dias de brigas saudáveis, tudo acabava em risos sinceros agredindo as paredes revestidas de tons claros, acalmando a maré movimentada num dia caloroso de sábado.

proteção, bonito refúgio. (nome) acostumou-se a chamar o companheiro de protetor em tom brincalhão, afinal o tratamento recebido por ela era digno de uma princesa de porcelana. num dia inundado de trovões, miya abraçava o corpo frágil de sua princesa, servindo como um refúgio bonito. (nome) sempre buscava-o em seus abraços, beijos no topo de sua cabeça, além de danças desleixadas na sala de estar ao som de uma música clássica dos anos noventa.

poesia, remédio. no ponto de vista de osamu, sua princesa de porcelana era uma mera poesia metida a um escritor cauteloso, que planejou cada verso com o máximo de sua sabedoria vulnerável à uma praia, no meio de um pôr-do-sol moldado por anjos. era como se a mais bonita conjunção de estrofes ganhasse vida e preenchesse o pobre coração apaixonado do gêmeo. (nome) era tudo que um remédio taxado como eficaz não fazia.

almas gêmeas. nenhum dos dois acreditava que o destino preparava alguém que se encaixasse nos fatores que compunha um humano. existem vários tipos de personalidades, e todas elas podem ser interessantes para osamu e (nome). entretanto, ambos sentiam que, mesmo nos dias fechados de caos, eles se completavam como o sol completa a lua, ou como as estrelas enchem a imensidão escura à noite.

— eu sinto sua falta. — disseram em uníssono, entrando em estado de confusão e soltando um som harmonioso para ambos presentes na sala fechada. — eu te amo, princesa. desculpe por hoje. — anunciou osamu, aliviado pela amada sentir sua ausência.

— desculpado, 'samu. desculpe por hoje também, não devia ter colocado outros problemas no meio da briga. — ele rendeu-se à converter os lábios em um sorriso calmante, como se fosse um chá de camomila.

— ei, esquece isso. quer jogar uma partida de uno? — os estupendos fios da garota caíram sobre seus ombros enquanto seu corpo se inclinava em um riso pouco abafado.

— você não aprende, não é? você sempre perde. — rebateu a estudante, com um rubor compondo as bochechas.

— disse a otária que chora quando recebe um ‘mais quatro’ e faz birra. — (nome) deixou a parte inferior de sua mão estapear o ombro do rapaz, que superestimou sua agressão.

— chore menos, perdedor. — provocou-o. miya formou uma carranca em suas linhas faciais, levando seus dedos ásperos na região estomacal da mais baixa, fazendo leves movimentos de única reação: risos desesperados.

— só assim para você calar essa boca, princesinha. —

ele. apenas ele.

for all the stars,
larissa.