TOBIO w FEM!READER fluff. contém desânimo pós término de namoro. + 1OOO palavras. enjoy, bby.
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O violino marrom avermelhado já encontrava-se empoeirado em sua estante. desde o infeliz minuto em que seu amado evadiu-se, apanhou seus objetivos junto de si, por mais que o sujeito não se tratasse de um ladrão. em todos os nefastos dias de procrastinação, tentara produzir estrofes dolorosas de ouvir, transmitindo a pior das hipóteses em um vínculo amoroso, mas nada obteve sucesso. nada atingia suas expectativas.
seu núcleo parecia vazio, oco. se batucassem em seu peito como executam em baterias, poderiam ser audíveis os ecos do som que ia e regredia melodicamente. sua rotina tornou-se metódica, insípida, tendo os mesmos atos, os mesmos ambientes, ninguém em questão. o isolamento era constante, seu corpo estropiava com pouco, seu cérebro se judiava com qualquer mísero ruído agudo. sua professora de violino, mulher de meia idade, alma jovem e físico rebusto, a chamou para voltar a praticar aulas com o objeto protagonista de seu sonho.
— senhora, eu não posso mais. meu violino deve estar com as cordas enferrujadas e talvez eu até desaprendi como tocá-lo devidamente. há talentos melhores que eu que só precisam de uma oportunidade- —
— cale a boca e venha, (nome). ninguém desaprende algo que executou por sete anos seguidos em menos de dois meses. óbvio que há talentos escondidos que precisam de oportunidade, você é um deles. não seja estúpida, isso pode ser a cura do seu vazio. —
bom, talvez a velha tivesse razão.
☆ ★
a sala tinha os típicos largos metros quadrados, a mesma vidraça abrangia todo o lado de uma parede que entregava a bela vista da cidade urbana repleta de prédios e carros modernos ou relíquias. em seu ombro desgastado, o violino armazenado na memória com afeto. exalando a perfeita combinação de notas, a mulher mais velha curvava os lábios nostalgicamente lembrando da pequena (nome) e seus primeiros passos na carreira de violinista. se orgulhava de ter nutrido paciência, presenciado cada erro e acerto da prodígio garotinha dos olhos galáticos.
o sol exalava seus raios eufóricos pouco sadios, aproximando-se sua hora de partir. vento açodando-o por quaisquer direção emaranhava os fios de (sobrenome), escorrendo dentre as frestas da grande janela.
— querida, pare um pouco. preciso contar algo à você. — a voz doce da tutora foi processada por si, cessando suas gesticulações de imediato. os mesmos olhos de sete anos antecessores a encarava, ansiosa pela ocasião que a solicitou parar. — a família kageyama quer contratar você para tocar na festa do filho, jogador famoso de vôlei. gravei alguns vídeos seus quando distraída e você chamou muito a atenção de empresas de eventos, famosos e pessoas relacionadas. você só precisa dizer sim. —
