IX

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Santiago era um homem de perversões e su chile aguçava todas elas. 

Uma vez que assumiu as vezes em que dedicou a ele seus estímulos, revelando inclusive o que fazia antes de receber o primeiro contato dele, Monique acabou assumindo o compromisso moral de dar seu show, trocando os lugares onde ele era seu fã recém assumido e já inveterado. Tomando o posto de estrela, não quis deixar a plateia esperando, entretanto apresentações eram mais gostosas quando o público participava, como ele bem disse numa recente entrevista. Se tocar enquanto ele acariciava suas pernas foi muito melhor, confirmou. 

Os olhos dele, brilhantes de interesse, percorreram seu remexer sem quase piscar. O poder de atração da profana cena dela lambendo os próprios dedos antes de se dedilhar e se enfiá-los superava qualquer hipnose. Apalpou sua carne lento e delicioso como a estimulação dela parecia ser a seu ponto de vista, se deslizando pela lateral corpórea. Esfregou a mão na área para pegar melhor as gorduras de seu quadril, as sacudindo antes de lamber de seu umbigo até entre seus seios, chupando delicado o mamilo direito após o esquerdo, sentindo o gosto metálico dos tais piercings que voltaram a captar sua atenção, rivalizando com o conjunto da obra de arte que era la hermosa arfando prazer sob ele. 

Perdido pelas volumosas e atraentes curvas de su chile tão picantes que lhe convidava a beijar, rogou à Virgencita de la Divina Providencia que su Mamá tanto entregava a devoção uma benção à beldade que lhe prometia o fundo da luxúria por mais herético que pudesse parecer. Que Dios não lhe tirasse dos braços dela novamente como punição! 

Podia se chamar de trauma o alerta repentino que mudou a postura da moça ao se dar conta do tempo que levaram em plena paz? A experiência era ótima e tal, mas a meta de Monique sempre foi sentar naquele pau até dizer chega e se arrepiou todinha, em péssimo sentido, só de imaginar aquela porta abrindo de novo com mais gente atrapalhando seu sonho erótico da vida real. Como deitá-lo na cama gritando que queria o pau dele dentro soava bruto demais, optou pela sutileza, se é que entregar os dedos molhados de si para que ele lambesse, incitando que poderia ser mais gostosa do que ele já havia provado, podia ser chamado de sutil. 

Santiago entendeu o recado, mas quis o comando e para ensiná-la disso puxou-a para perto sem dar diretamente o que ela queria, optando por torturá-la com os dedos mais um pouco no meio tempo que acenava para que se esticasse atrás dos preservativos que lançou na cômoda, mas a bolsa dela estava mais perto e foi de lá que ela preferiu pegar. Se enfrentasse um faniquito do tipo "você furou a camisinha?", secaria de vez, porém encontrou a calma de um rapaz louco para comê-la logo, descontando nas dedadas parte da agonia. Monique demorou mais a entregar a proteção por achar gostoso o ritmo desesperado da exploração íntima que pressionou seu interior na busca do melhor ponto para um estímulo eficaz. 

Um beijo e ele, ansioso, se atreveu a roubar o pacote de suas mãos, demonstrando habilidade ao, durante a pega, conseguir abrir e preparar o cuidado. Pra não entediá-la, atacou seu pescoço enquanto se vestia, sussurrando uma confirmação de passo antes de agir. Ao sinal do sim, ergueu sua perna direita, e encaixou-se cuidadoso como se meteu forte. Intenso. Veloz. Do jeitinho que ela queria e esperava desde a primeira fantasia. Até o tom em que Santiago gemeu no pé de seu ouvido alucinado com o contato se provou delicioso e ela provou as nuvens macias de sua tara.

Puta merda! Nem em seus piores exageros ele a imaginou tão gostosa, ou talvez fosse o entrosamento que conseguiu com ela e o profundo tesão que a tornou protagonista de seus pensamentos desde que descobriu sua existência. Delirou quando ouviu-a chiar seu nome. Não Sants. Santiago. Há tanto não fodia quem lhe chamasse assim que se tornou um evento. Reagiu apertando o rosto dela com a mão direita, acariciando seus lábios inchados com o polegar que ela mordeu e, em vez de pedir repetição, se empenhou para que acontecesse naturalmente e funcionou. Monique o chamou, chamou e chamaria quantas vezes mais ele valesse a pena. E como valia! 

Chupou o dedo entre seus dentes por reflexo, mas quase o mordeu na fúria das estocadas. Suas unhas cravadas na pele quente dos braços dele se arrastaram como sua voz no ritmo que a distância entre os quadris mudava repentina. O choque eletrizou as pernas que ele agarrou firme como pôde antes de deslizar os lábios de volta aos seios maravilhosos de su hermosa. Quem dera fosse capaz de memorizá-los junto às notas agudas que deixaria qualquer professora de canto orgulhosa, ao toque nada gentil dela reagindo a seus esforços e ao sabor de conquista de tê-la ativa sob si. Incrível, mas não era o que ninguém ali queria. 

Ouviu tanto sobre as estripulias que ela desejava fazer sentada nele que suas expectativas bateram no teto. De tão eufórico, pegou-a pela bunda, se enfiou todo e deu as costas pra cama, puxando-a para seu colo. Um grito assustado escapou da voz afoita de quem demorou a entender a nova configuração, contando com a ajuda da mão que se embrenhou entre seus fios róseos, erguendo-a para incitar a movimentação. Só Deus sabia o quanto esperava para assistir seu corpo inteiro dançando ao som da foda que ecoava apesar da música altíssima que reverberava nos vidros da janela. Apenas ela poderia realizar os sôfregos pedidos sussurrados como prece à deusa que tomou como oferta seus arrepios, os tapas desferidos com toda a força por entre as celulites que marcavam sua bunda e a brutalidade do aperto que a fez girar contra ele. 

— Rebola pra mim, chile! - rogou faminto de voracidade ao trazê-la para perto. 

Golpe baixíssimo. De verdes, os olhos dele mostraram apenas o branco verso. Soava tão sexy o tom dele ao chamá-la assim que foi uma recompensa maravilhosa todas as vezes em que ouviu um "así, hermosa" ou "así, chile" sempre que acertava o passo favorito dele. Empenhada na melhor experiência que pudessem ter, saiu do protocolo usando seus rasos conhecimentos de pompoarismo para apertá-lo mais ainda, torcendo-o para a esquerda. Uma passagem só de ida, Santiago pensou diante dessa novidade. Suspirou grave, encarando desacreditado a moça que, aproveitando o impacto, repetiu o gesto para o outro lado. Depois dessa, os dedos dele marcariam sua pele como tatuagem. Mesmo sem grandes experiências na técnica, bastou para provocar alvoroço tão grande que ele sequer notou xingá-la em espanhol. Problema algum, pois se imaginou estrelando um porno de altíssima qualidade. 

Monotonia nunca foi a praia de Santiago e se ela era deliciosa assim, deu tudo pra ver como não era lindo o mexer da bunda dela fazendo isso. Puxão de cabelo pra trazer a maldita pra perto e mandar que montasse para ele de costas e assim ela fez, colocando os joelhos cada qual de lado das pernas dele, esparramado as mãos no colchão e quebrando-se inteira. Manteve as mechas entre seus dedos, assistindo em câmera lenta o bater das carnes dela engolindo seu pau, beijando as costas marcadas de espinhas e manchas por onde esfregou o rosto insano. Que mulher era essa que mexia com todas as emoções de seu corpo e tinha a pachorra de olhar para trás rindo como se ainda fosse pouco? Daria tudo de si pra satisfazê-la, sua honra dependia de sentir seu centro tremer no auge de um orgasmo tão intenso quanto as demais sensações e não seria difícil. 

Muito da dureza demonstrada por ela era cena. Gostou de bancar a desapegada exigente porque assim ele fluía melhor, colocando-a de quatro pra fodê-la como una perra, esquecendo rápido a bronca que deu quando o irmão a chamou assim, porém eram contextos completamente diferentes e aqui ela amou. Ofegante, pediu mais de tudo o que teve direito. Tapa, repuxos, mordidas. Arrepiou-se com os dentes dele marcando seu pescoço e revirou os olhos ao ser de novo lançada à cama, deitando o tronco e mantendo a bunda pra cima como ele queria, rebolando pra sentir mais prazer com o desejo refletido no carinho feito na polpa agarrada pra lhe aumentar sensibilidade. Mordeu o lábio e olhou pra trás, ousando uma piscadela marota. Marra que o tirou do sério para levar ao céu, aumentando a velocidade e a força por sentir um milagre à vista. Graças às estimulações prévias, teve certeza de que estavam em passos iguais e, a julgar pelo deslizar fácil e o corpo ardente digno de uma pimenta real, continuando assim gozariam juntos. Uma delícia, diga-se de passagem, como tudo o que lhe dizia respeito. 

O gingado perdeu o compasso como a voz falhada cujo a última palavra entendível foi seu nome. Uma glória o consagrando no corredor dos maiores devotos à máxima santidade de suas profanações, deusa digna de um altar. No máximo, infelizmente, só poderia proporcionar um bônus usando a língua para coletar o caldo que escorreu por suas pernas até chegar na fonte, banhando-se nas águas sagradas do paraíso ardente que ela chamou de inferno. 

Em momento algum desejou ser salvo. 

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