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Acordou ardida, ótimo sinal. 

Sinceramente, quando começou a flertar com Sants esperava um desses caras que dá uma, goza e dorme sem se importar muito com o prazer da parceira, porém riu safada de pensar nas coisas que fizeram noite a fora até o limite em que praticamente desmaiaram agarradinhos na cama. Informação de alta relevância! 

Tentou levantar e o rapaz apertou os braços a seu redor como se a quisesse por perto. Ouviu um "hermosa…" suspirado que deu a impressão dele estar refletindo o que sonhava na realidade. Monique não poderia se dizer mais satisfeita em marcá-lo de alguma forma e isso era lindo, tocante, porém era manhã de segunda e diferente de um cara rico com a vida ganha a ponto de dar uma festa só pra foder com ela sem chamar muita atenção, ela precisava trabalhar. Avisou que demoraria, não que dormiria longe de casa e as amigas com quem dividia a vizinhança a comeriam viva caso soubessem que deu perdido nelas pra ter uma foda inesquecível em seus prós e contras e que ainda por cima não dava pra citar com quem estava. Levaria um puta sermão, mas arrependida não estava. Mulher prevenida que era, entretanto, achou na bolsa uma calcinha limpa para salvar sua pele quando a que veio usando se perdeu pra nunca mais voltar. Um jeito muito aleatório de deixar recordações. 

Por mais gostosas que a cama e a companhia estivessem, levantou-se com pesa e cuidado para não acordar o moço. Faminta, ver que sobraram dos salgados ótimos do dia anterior serviu de alento como ir ao banheiro de tortura. Riu nervosa e, evitando constrangimento, aproveitou do barulho da banheira enchendo pra dar baixa descarga. Por falar no banho, se confundiu toda com as torneira até entender que uma era de água fria e a outra de morna, escolhendo a segunda por merecer um momento luxuoso patrocinado pelo primeiro cara rico com quem saiu na vida e lhe tratou como rainha. Sabonetes caros super cheirosos pra um banho de espuma digno de novelas. 

Antes de entrar, viu um grande espelho e aproveitou pra dar conta do quanto seu corpo sofreu com seus delírios de mulher safada e se seus seios foram tratados com devoção e carinho, não pôde dizer o mesmo de sua bunda. Poucos foram os trechos de pele sem marcas vermelhas ou de dentes. Quando seus hormônios perdessem o comando do corpo pro lado racional, o corpo a lembraria dos maus lados da noite louca porém até agora não reclamou, apenas riu. Esquisito por assim dizer o ar de sonho irreal e inalcançável que não abandonou mesmo com a realização das fantasias, como se a presença dele no quarto ao lado serviço de anestésico para a realidade. Imaginou que na hora em que o fosse conhecer teria um daqueles surtos homéricos ou sequer passaria pela porta de tão travada, porém tudo fluiu tão bem que jurou que a ficha só cairia quando deixasse o quarto e o homem. Se dependesse dele, entretanto, demoraria mais um pouco. 

Santiago levou mais tempo a aparecer porque assim que acordou, não muito depois dela, foi tratar do café da manhã, de reaver o celular da moça antes que alguma confusão sumisse com ele como na última festa que deu, e, pra não perder o costume, trocar poucas ofensas com o irmão. Pouco estresse que sumiu quando chegou lá e se deparou com su chile linda e convidativa para participar de seu momento solo. A meta era encerrar com chave de ouro, porém Monique não tinha tempo a perder e, pra apressar a ação dele, se apoiou na beira da louça, projetando o colo o mais sedutora possível. 

— Bom dia! - saudou jogando para o lado os cabelos úmidos pra esbanjar charme. - Não quer me fazer companhia? - era pra já! 

Se livrou das calças que vestiu para sair do quarto, pois deixá-la esperando seria um pecado. Ligou a função de massagem pra curtirem melhor casa segundo do fim do encontro. Se afundou na água como faria nos braços dela, se agarrando num divertido pique ignorando todas as recomendações de segurança sobre escorregões. Beijou seu pescoço, os peitos que continuavam saborosos mesmo com os traços de sabão e, quando ela virou de costas a sarrou tão desejoso que transpareceu seus sentimentos e, maldosa, ela rebolou de volta com as mãos e atenção dele ali grudadas. Pegada deliciosa, mas a queria mais. Quem estava na chuva era pra se molhar e como a chance de não haver segundo encontro sobrevoava o céu das possibilidades, porque não? 

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