Pela janela

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-solta meu braço!! Agora!
-SE NÃO O QUE?
-Tyler, para. Pediu Lia aproximando da gente.
-por que isso? Ela só caiu acontece... Tayler largou meu braço com força deu a volta e entrou no carro.

***
Assim que chegamos eu fui direto ao banheiro me limpar, voltei, coloquei meu pijama. Deitei com tanta raiva que meu corpo estava até esquentando de ódio, até que comecei a ouvir algo estranho.

-HMM... AHHHH TAYLER. Eles estavam transando? O quarto era longe, mas dava pra ouvir nítido tudo que saia da sua boca e foi assim por uma boa parte da noite, seus gemido...

-ISSO, OHH...
Virei-me pro lado e coloquei meu travesseiro no ouvido, minha cabeça estava lotada de pensamentos e eu simplesmente não conseguia pegar no sono ainda mais com esse barulho de sexo bem ao lado. Eu não podia reclamar, e também não é como se eles namorassem e não transassem... aliás Tayler não me parece o tipo de homem que fica sem isso.

Coloquei uma música nos meus fones e tentei, tentei dormir de todas as formas até que vai no sono...

mexia de um lado para o outro e acabei acordando, ainda estava escuro então deduzi que era noite, virei-me de novo, mas estava com muita vontade de fazer xixi talvez seja por isso que acordei. Sai trombando até o banheiro quase me mijando e entrei.

Terminei lavei a mão e sai, virei na cozinha e bebi água, quando cheguei na porta do meu quarto ouvi um barulho vindo do andar de cima, olhei no relógio de parede da sala. Já estava tão tarde... acho que devem ter esquecido algo ligado, então subi pra desligar mais lenta que uma lesma, esfregava meus olhos a cada degrau que subia. Andei pelo corredor e a cada vez a música ficava mais alta, correu um vento super gelado e a cortina levantou, vi Tayler do mesmo jeito de antes, como se a imagem fosse um deja-vú...

Por que estava sozinho nessa escura e fria madrugada? Enfim isso não me importa por causa dele já tive a vergonha diária e de bônus uma noite mal dormida, virei-me para ir embora.

-pessoas educadas dão boa noite antes de sair.. disse de forma casual e sem me obedecer meu corpo estremei de susto e da sua voz, olhei pra trás..

-pessoas educadas não arrasta as outras de dentro dos lugares. Ele terminou seu gole de bebida e continuou.

-elas também não ficam se exibindo como umas quaisquer.
-quem estava se exibindo? Eu não vi...
-porque é idiota.
-você é um idiota.
-se você me chamar assim de novo eu vou te jogar dessa sacada.
-engraçadinho.
-tá duvidando priminha?
continuo sem olhar pra mim apenas mirava a lua que iluminava seu corpo.
-não to a fim de discutir com você.
-que pena... nem pra isso...
Aff me virei pra ir embora e acabou saindo em automático um IDIOTA, Tyler levantou da cadeira rápido vindo em minha direção irado...

Ele me levou até as Barras de ferro da sacada e eu fiquei de frente pra ele enquanto Tyler fazia menção de me soltar.
-Tyler, Para! Para por favor!!!
-com quem aprendeu a ser tão peste?

-LIAAA!! Gritei pra ver se ela vinha por que eu realmente estava com medo.
-já a levei embora, gosto de dormir sozinho, de ficar sozinho.
-então por que me aceitou aqui se odeia tanto minha presença?
-até hoje eu me pergunto que merda eu fiz. Ele fez ainda mais  força me inclinando pra fora da sacada, olhei pra baixo e vi o quão alto estávamos, meu desespero só aumentou.
-para por favor, para.
-não disse ainda o que quero ouvir.
-TAYLERRR!!! Berrei com ele me empurrando
-desculpa,... para!!! Ele me voltou e eu fiquei em pé colada com seu corpo, tentava regulamentar meus batimentos, respiração e todo meu corpo tremia.

Olhei pra ele com tanta raiva, tentei da um chute bem certeiro nas suas bolas e ele travou ainda mais meu corpo. Tayler estava perto demais, encostando em mim depois de anos, eu devia está fumaçando de raiva eu sei... seu hálito de álcool queimava o cheiro de cigarro então era o único aroma que eu sentia na minha pele, olhei pra sua boca e ele também encarou a minha nos olhamos nos olhos e depois pra boca de novo... essa vontade que surgia e energizava meu corpo era pra beija-lo? Fiquei mais nervosa que antes fechei meus olhos com força e nada aconteceu sentir suas mãos apertar forte minhas bochechas.

Em chamasOnde histórias criam vida. Descubra agora