Book??

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percebi que as pessoas começaram a notar a gente e a comentar do que acontecia.

-estão olhando Tyler, eu pedi pra você fingir que não me conhece não ao contrário.
-eu não to nem ai para suas vontades senão quisesse isso devia ter pensado antes de fazer besteira.
-eu devolvo sua chave.
-vai me devolver de qualquer jeito.
-meu braço tá doendo. Ele parou um pouco quando já estávamos do lado de fora e segurou meu rosto apertando minhas bochechas.
-você nem sabe o que é dor.

Eu não sabia se as pessoas estavam nos olhando por causa dele ou por motivo da situação em si.

-Me dá a porra dessa chave. Entreguei-lhe meio retraída pras pessoas não perceber, no entanto Tyler tomou com tanta força que eu desequilibrei um pouco e bati em alguém que passava por trás de mim, eu e a outra pessoa acabamos caindo na fonte. Se a gente já estava chamando atenção agora todos pararam pra olhar.

Arrumei meu cabelo molhado e grudado a minha testa e tossi varias vezes por causa do vento frio.

-você tá bem? Olhei direito e quem tinha caído junto de mim era meu vizinho. Eu sabia que ele estudava aqui, mas que falta de sorte dele.
-me desculpa por isso....
-caramba tá muito frio. Falou arrumando seu cabelo, do nada ele parou e olhou em direção aos meu peitos, meu sutiã de oncinha tava aparecendo por completo, coloquei as mãos na frente envergonhada. Talvez seja por isso que Harry estava me chamando de felina? Já estava mostrando? Que vergonha...

-quer ajuda? Antes que eu pudesse responder Tyler segurou no meu braço e foi me retirando à força da água.
-espera, aí..
-cara não podia ser mais gentil? Balancei minha cabeça em negação pra ele nem ao menos pensar em arrumar briga com Tyler.
-por que? Quer que eu te ajude a sair?
Perguntou sarcástico.

-tá machucando ela.
-é a intenção, aliás é melhor não se meter na minha vida, só vou avisar uma vez.

-anda! Falou me puxando. Caminhamos e ele me jogou dentro do carro.

-to toda molhada, preciso trocar de roupa. Falei quando vi ele mudando a rota.

-vou te da a chance de ficar calada.
-mas eu realmente preciso de...
-CALA A PORRA DESSA BOCA, SABE QUANTO TEMPO VOCÊ JÁ ME FEZ PERDER? O QUE VOCE QUERIA? CHAMAR À ATENÇÃO, SE ERA ISSO PARABÉNS CONSEGUIU.

Ele dirigia tão rápido mais tão rápido que eu preferi não falar mais nada pra algo não acontecer.

Quando chegamos Tyler saiu do carro meu a volta de me tirou de dentro.

-senhor, aconteceu alguma coisa? Perguntou enquanto passou o olho checando se Tyler estava bem.
-eles já estão lá em cima esperando, impacientes.

-impacientes? Sorriu debochado.
-quando eu voltar quero ela aqui. O moço consentiu e Tyler foi sumindo do meu campo de visão.

-que tal você fingir que não me viu indo embora?
-senhorita, por favor não dificulte minha vida. Tadinho ele pediu com tanta sinceridade.
-tudo bem, onde é o confinamento?
Ele apontou com o mão pra que eu fosse na frente.
***

Tempo e mais tempo com essa roupa agora úmida e colada em mim. Diferente dos meninos da universidade o moço nem se quer tentou olhar pros meu peitos. Eu não estou reclamando só o achei bem respeitoso, na verdade era o mínimo que muitos não faziam.

-obrigada pela toalha mais uma vez. Agradeci de novo pra poder conversar com alguém. Estava sem celular sem comida e sem liberdade. O tal homem só concordou com um gesto.

-olha sabia que eu também sou uma Ferraz, esse idiota do seu chefe e meu primo, e eu odeio ele.
Mais uma vez só concordou.
-eu ordeno que converse comigo, por favor. Nada.
-ou eu vou demitir você. Claro eu não faria isso, nem tinha autoridade pra tal coisa, mas eu queria falar com alguém.

-é você que vai pra rua. Tyler falou atrás de mim, quase saltei de susto.

-ajudou ela? Perguntou pro moço, ele ficou sem jeito de responder porque tinha me dado uma toalha.
-por que ele me ajudaria? Trabalhando pra alguém como você só pode ser ruim também.
-ótimo, vamos. Pisquei pro moço de relance e ele ficou sem entender o porquê tinha salvado sua pele.

Tyler não falou nada o caminho inteiro e eu também não.

Entramos no prédio e fomos em direção ao elevador.
-oi seu moço.
-senhorita Alissa, precisa de ajuda? Perguntou enquanto eu passava olhando meu estado.
-to frita. Falei baixinho gesticulando à boca.

-a gente pode ir de escada. Ele me olhou como se eu realmente acreditasse que ele iria de escada.
-não.
-então você vai aí eu sou se escada.
-entra! Dei um passo e entrei de uma vez, virei-me pra "parede" e coloquei as mãos no rosto contando até vinte. Depois de uns segundos à porta abriu e eu sai mais rápido que um raio respirando fundo, caminhei até o apartamento e entramos.

-desculpa por isso, mas você fez bem pior comigo ontem.
-desculpa?? Eu quase perdi algo que eu quero, algo que preciso por causa do seu joguinho de criança. Falou bem perto de mim e depois que deixei de olhar em seus olhos percebi que ele apertava minha cintura com força.
-ta machucando... falei baixo.
Ele continuou me encarando e fechou os olhos e suspirou soltando meu corpo.
-desculp.. repeti.
-tudo bem então.
-mesmo?
-mesmo. E saiu. Fiquei pasma ele só aceitou minhas desculpas?? Então tá ne. Fui de uma vez pro banheiro tomar um banho antes que morresse congelada se mais um vento batesse na minha pele.

Depois do banho fiz uma sopinha super rápida e sentei em frente à TV pra assisti, quando olhei pro lado vi Tyler no mesmo estilo de quando saía à noite, pegou seu cigarro e foi embora.

Por mais que eu o detestasse eu não queria ter que imaginar que ele iria lutar ou disputar corridas de carro, me causava uma preocupação mesmo sem eu querer. Medo de que ele se machucasse e não havia nada que eu pudesse fazer, eu me odiava, não por esse motivo, mas por está preocupada com alguém que só me faz mal.

***
Aí cacete, to atrasada! Pra variar né. Eu tenho prova de um professor super chato, era melhor não piorar a situação.
-caderno ok
-bolsinha ok
-livro... cadê o livro? Procurei procurei, agachei pra olhar debaixo da cama e vi uns pés parado na porta, levantei meu olhar e vi Tyler encostado nela.

-procurando algo? Ele estava querendo ajudar?????

Em chamasOnde histórias criam vida. Descubra agora