Em chamas

piloto

Oi, eu sou Alissa Gonzales Ferraz, prazer, e a resposta pra sua pergunta é: sim! Meu pai é o delegado da cidade, o bonito e arrogante? O próprio. Sua mãe é aquela que apareceu na TV dando uma reportagem? Sim, ela mesmo, seu irmão é o lindo do Justin? Enfim... por que todos só me perguntam isso? Estou bem obrigada.

-pai por favor. Erguia minhas mãos em súplica. Estava a um mês pedindo pra ele me deixar ir estudar em Londres onde a vovó mora e todas às vezes ele negou. Devem está se perguntando, Alissa você não é de maior? Sim, mas isso não conta muito aqui em casa, além do mais fizemos um trato, todos só tomam grandes decisões com o consentimento de todos, minha mãe e o Justin já haviam concordado, mas claro que meu irmão só aceitou porque prometi minha mesada do mês.

-Alissa, já disse pela 4° vez que não. Reafirmou tomando seu café, realmente sem qualquer indícios de aceitação. Por que ele era tão difícil de convencer?

-Mãe... olhei pra ela fazendo carinha de cachorrinho pra que me ajudasse e ela piscou pra mim. Terminou de por seu brinco e sussurrou no meu ouvido.
-eu vou falar com ele.
-te amo mais que chocotone.
-mentirosa. Falou sorrindo e saiu com o meu pai.

-Justin, se você chegar atrasado na aula de novo, de adeus ao seu carro. Falou o Dr. Dylan, todo autoritário jogando as chaves pra ele.

-claro, chefe. Fez um sinalzinho com a mão do sofá e eles foram embora.
-pelo menos não sou eu quem estou marcada. Ele levantou do sofá e me colocou no seu ombro caminhando pra fora de casa.
-é mesmo?
-Justin, ainda preciso pegar minhas coisas, se eu me atrasa...

ele me colocou no chão e entrou no carro.

-é melhor você me esperar.

-é uma ameaça maninha?

-claro que não. mostrei os dentes sorrindo falso.

-quando vai parar de ter medo de dirigir?

-não é medo, é falta de técnica.

-quem foi o professor que te passou? você subornou ele?

-engraçadinho...

-não acha melhor eu vender seu carro? ainda posso dividir o dinheiro com você.

-nem sonhando, espera!! corri lá dentro peguei meus materiais, voltei fechei a porta e entrei no carro. Justin deu partida e seguimos para a universidade.

O vento estava tão forte, bagunçava todo meu cabelo, mas eu gosto afinal amo dias quentes. Enquanto paramos no semáforo daria uma breve introdução da minha família, até porque eu não conheço outra pessoa que fale mais comigo mesmo do que eu. Pois bem, começarei pelos homens da casa, já que são farinhas do mesmo saco. Meu pai, Dylan Ferraz, mandão, autoritário, estressado, 100% honesto, preocupado, ciumento, acabei de falar ciumento ne? mas, acima de tudo é o melhor pai que eu poderia ter, pois sempre colocou minha família em primeiro lugar, além de fazer minha mãe muito feliz, cuida dela como se fosse uma criança ele até tenta não demostrar, entretanto ele é muito transparente.

Agora, vamos para o playboy do meu irmão Justin Ferraz, só de olhar pra ele como estou fazendo agora qualquer um consegue perceber o mauricinho que ele é, está estampado na sua testa -eu sou rico- tenho dinheiro-. Bem, adora se exibir, carro, carteira, roupas, relógio e tudo etc. Vive rodeado de pessoas mas, deve esta ciente que a maioria é pelo o que ele teme vai terei que admitir é gato. Vejo as meninas brigando e se "matando" por ele e pendo -coitadas... não sabe o tanto que ele é cafajeste, nunca nem mencionou o nome de nenhuma. Isso porque minha mãe deixou claro que ele só apareça lá em casa quando realmente gostar dela, até hoje nunca jantamos com nenhuma. Meu pai da total liberdade para termos a personalidade que quiser, mas enfatizou mil e uma vez principalmente para o Justin: se quisermos algum dia fazer uma besteira é melhor pensar não uma vez mas 5, pois ele não vai passar a mão na nossa cabeça e se precisar estaremos presos como qualquer outro, desde então Justin corre de tudo que comece com I (imoral, ilegal, impróprio).