Em chamas

Dando o troco?

-eu concordo que ele é o mais lindo. Minha avó sabia puxar um saco... ela me olhava franzindo a sobrancelha, tipo falando: não implique pra vocês se darem bem, mal sabia ela que noite passada ele queria me atirar da janela.

-vó, ídolos são amados por todos por que são gentis e simpáticos, seu neto tá bem, mas bem longe disso, pra ser mais exata... se tivesse que dar uma nota ele estaria devendo. Disse me sentando no sofá da sala cruzando minhas pernas.

Tayler que estava a minha frente virado de lado lendo, olhou pra mim ergueu uma sobrancelha e deu um sorrisinho sarcástico.

Fiquei sentada esperando eles terminarem de resolver alguns assuntos da empresa, pelo oque entendi minha avó precisava assinar alguns documentos.
-vai tentar negociar com eles? Perguntou minha avó lendo algumas coisas.
-não vou perder meu tempo negociando, se não me venderem em um mês aquele espaço vai está falido e eu vou comprar por uma micharia.
-estão falindo?
-ainda não, mas vão, as ações estão perdendo o valor a muito tempo, eu comprei a maior parte e quando levantar os negócios irei revender por um preço muito maior.

-isso é ótimo. Disse e assinou.

-Tayler, Eu gosto daquelas pessoas, ofereça um valor bom a eles.
-vou oferece o que vale, nada mais.

-insensível. Era só pra mim isso, mas acabou saindo ué, Tayler deu um suspiro de irritado e minha avó acabou segurando o riso.

-quando vai fazer a reunião?
-agora, se eu adiar algum ninguém pode aparecer e estragar meus projetos.

-espero que isso aconteça. Disse e Coloquei a mão na boca bem rápido, por que minha língua não fica no lugar dela?

-OQUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?? Perguntou bravo, fiquei até admirada demorou mais que o normal pra ele explodir. Minha avó ficou assustada com a mudança repentina e seu tom de voz alto por toda a sala.

-eu... eu preciso falar com ela, você não vai embora nunca! Ele fechou os olhos respirou fundo e levantou da cadeira.

-já vai? Perguntou minha avó curiosa.
-se eu não sair agora, vou jogar de vez ela pela janela.
-Tayler!
-conta o que você fez ontem? Minha vó ficou olhando pra mim e pra ele ainda mais curiosa.
-Tayler o que você fez? Falou brava.
-queria saber se ela sabia voar, tirei a prova que não, então da próxima vez... vou tentar jogar de uma mais alta.

-como assim? Minha avó ficou agoniada e ele retirou suas chaves do bolso procurando acho que a carteira pra entregar um documento a minha avó. Em um meio tempo que ela estava enchendo ele de perguntas... aí eu pensei, ele precisa me pagar pelo  o que fez ontem não é?
Então tive uma ideia.

Sai de fininho da sala e corri pra um outro lugar, bem ele tinha dito a ela, que iria fazer uma reunião agora certo? Também falou que os documentos da compra do imóvel estavam no seu carro... adivinha o que eu peguei enquanto minha avó implorava pra ele ser menos do seu jeito...

Boa Alissa! Daqui que ele vá me encontrar o horário da reunião talvez já tenha passado, acho o mínimo pra quem quer tirar minha vida.

Corri pra um lugar que fosse mais amplo e improvável dele me encontrar, fiquei quietinha atrás de uma sala fechada da universidade, havia algumas pessoas sentada em uns bancos, uma linda fonte no meio e uma ilustre chave chique em minha mão, a qual também cheirava ao dono, seu cheiro ficava em tudo que ele tocava meu Deus.

TAYLER AT

-você não pode ao menos se dar bem com a Alissa? Eu queria que vocês voltassem a conversar de uma forma descente pelo menos.

-dona Grace, só de olhar pra sua neta ela me irrita, não gosto de companhias principalmente de idiotas.
-mas, Meu filho.
-preciso ir. Coloquei a mão na mesa em busca da minha chave olhei aos redores e não encontrei. Sei exatamente onde deixo minhas coisas e se não está no lugar que devia...

-o que foi? Perguntou. Olhei pra sala e percebi que ela não estava mais.
-quando eu encontrar sua neta...
-Tayler, não ouse fazer nenhuma besteira, Tayler ??? Gritou da porta, procurava por ela com meu sangue fervendo de raiva.

**
Olhei pra meu relógio e faltava apenas 20 min pra minha reunião e eu ainda não tinha a encontrado. Sem contar o tanto de mulheres desesperadas que ficava no meu caminho me olhando sem ao menos disfarçar.

-Tayler? Eu adorei a entrevista que você deu pra minha revista favorita, poderia fazer qualquer coisa pra você me dar um autógrafo.

Que porra de autógrafos.
-que tal sair da minha frente? Fui procurar em outro lugar e olhei de novo meu relógio.

ALISSA AT
-eu nunca gostei tanto de uma chave! Sabia que você está se virando contra seu próprio dono? To conversando com uma chave... balancei minha cabeça. Acho que já tinha dado tempo de me mudar de lugar, só estava preocupada com uma coisa: uma hora eu teria que voltar pro apartamento.

Coloquei meu rosto um pouco pro lado pra ver se a barra tava limpa e quando fui da o primeiro passo alguém segurou meu braço com tanta força que meu coração quase saiu pela boca. Por favor não seja o Tayler não seja o Tayler....
Olhei devagar pra trás querendo de toda forma que não fosse ele, mas ninguém me seguraria desse jeito além do brutamontes. Como eu estava dizer, olhei e Tayler me encarando com cara de tão irritado que eu fiquei pensando se foi uma boa ideia.

-vem cá. Mandou me puxando.
-não! Eu não quero ir! Ele nem deu moral e continuou me puxando.
-me solta ou eu vou gritar.
-fique à vontade.
-espera, não consigo acompanhar... ele andava tão rápido que eu precisava de dar umas carreirinhas.
-gosta de me irritar não é?
-você mereceu!
-mereci? Perguntou irônico.
-lembre-se dessas palavras depois.
-Depois de que? Tayler!