Garoto (im)popular - Volume único [Concluído]

Capítulo 2

Estava descansando um pouco quando o professor de educação física e treinador do time sênior do Colégio Marista Arquidiocesano me chamou:

- Loures! Volta! Batista, banco!

Levantei me lamentando por não ter chutado uma bola durante dois meses. Caio me olhou e disse:

- Tem certeza que você jogou bastante com o Guilherme nas férias?
- Nem parece, se tá um bagaço - falou Renato.
- Não jogamos muito em janeiro - menti de novo.

Os dois se entreolharam e eu dei de ombros e me preparei para o resto do treino.

Entrei no ônibus e abri a minha mochila, peguei o meu livro da série Karas do Manuel Bandeira e voltei a ler.

Quando tinha 11 anos o meu padrasto me chamou para uma conversa e me disse que não achava saudável que eu ficasse a tarde inteira no quarto lendo livros e sendo tão anti social.

Com 15 anos, assim que entrei no Ensino Médio, na nova escola, meu irmão e ele me convenceram a tentar entrar em um time.

Tentei argumentar que o meu irmão é o astro dos esportes e que eu nasci para ser um nerd esquisito, mas a pressão foi tanta que eu acabei entrando e, milagrosamente, eu entrei.

Não vou dizer que não gosto de jogar porque eu curto bastante, mas entre passar a tarde jogando futebol e lendo eu preferiria ficar com a leitura.

Assim que o ônibus parou no meu ponto eu peguei minha mochila e saí correndo para chegar em casa a tempo de assistir a estreia da temporada de The Big Bang Theory.
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Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:

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