Capítulo 35- Lua Cheia de dia de Sexta

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Aproveitem, só temos 5 capítulos adiante.

Comentem e lembrem tudo vai ficar bem.

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POV MÁRCIA

Já era quinta, estávamos arrumando o acampamento, o ritual que mudaria vidas. O julgamento foi interno com os deuses, Dani está presa nas terras infernais e Luci está sob supervisão de Yebá Belo a grande deusa. Elas não vão mais causar problemas pelo menos isso.

Joana estava de pé, forte e mais agitada do que nunca. A tarde estava nublada, fria e ofegante.

I: Tudo bem, vida?

M: Tudo sim, amor

Inês me abraçou por trás sussurrando meu nome pela nuca, se um dia eu senti um vazio foi antes de encontrar ela.

I: Eu te amo, sabia?

M: Eu também te amo.

Me virei a ela e selei nossos lábios.

M: Se algo acontecer hoje a noite...

I: Não acontecerá nada tá? Está tudo bem seguro.

M: Mesmo assim, se algo der errado me deixe ir, que arrumarei um jeito de voltar para ti.

I: E eu para ti, mi reina.

M: Vamos para casa já terminamos aqui, certo?

I: Certo. Nair, estou indo.

N: Só não se atrasa brabuleta, tem reunião hoje de madrugada. 

I: Viu!

Chegamos e fui direto para o banho estava exausta essa semana fora algo inexplicável, tive que convencer a Fabiana a não voltar pro Maranhão e fora todos os processos de uma investigação que apareceram na minha mesa, caçadores na vila do cedro. O lugar para acontecer coisa.

Passei o resto da tarde deitada e conversando com Inês, qual era o ciclo de vida de uma entidade?

I: Morremos quando cumprimos nossas jornadas e somos esquecidos ou superamos completamente o que passamos.

M: Então todas as entidades eternizadas nos livros e que finalmente encontram a paz deixam esse plano?

I: É por aí por isso Isac, Manaus e tutu não morreram, já Gabi havia  superado as injustiças de seu pai e a guerra que tinha varrido a sua aldeia, agora ela protege Luna junto a Jaci.

Uma lágrima escorreu meu rosto.

M: Como você escolhe seus nomes ein? Não tem como ficar em um só lugar com um nome por muito tempo.

I: Varia muito quando eu me passei por enfermeira para encontrar a Carol meu nome era Maria Torres tudo é novo e normalmente eu não fico pensando nisso. Eu já morei em tudo que é lugar passo uns 10 anos em um local e saio não tem como ficar em um lugar onde seu rosto nunca envelhece e além não posso sair do país.

M: Quantos anos você está aqui mesmo?

I: Três anos.

Ela fez um cafuné em meus cabelos, suas mãos foram passando por meu rosto. Ela cantarolou em meu ouvido.

I: Eu fui embora, meu amor chorou, eu fui embora, meu amor chorou, eu fui embora, meu amor chorou, vou voltar...

M: Amorr...

Ela me puxou para mais perto ainda, meu pulmão já se encontrava em ofego, minha mente nada amiga lembrava tudo que aquelas paredes viram e o quanto eu era dela, um aperto maior tomou meu corpo, vi em seus olhos, o desejo, amor e proteção. Me sentia segura, me sentia finalmente em casa.

Um novo olhar// MarinêsOnde histórias criam vida. Descubra agora