Desculpa o atraso comecei a escrever era 22:00 tô terminando agora
Aproveitem!
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POV INÊS
Era meia noite de lua alta, o som dos tambores mudavam os ventos, os assovios tomavam conta dos 4 cantos do mundo.
A água se agita para a Lua;
O fogo se evoca para o Sol;
O ar rodeia a voz do trovão;
A terra celebrava a forte vida;
De todos os ciclos, espíritos, vidas, mortes, histórias, O caos.
O caos, vazio, escuridão. O criador dos primordiais, única certeza por que até a morte é uma ilusão.
Eu e Beatriz começamos os ritos, Alicia e Ênio faziam da terra, templo, Nair e Joana ardiam as fogueiras, Camila e Regina lavavam e limpavam o ambiente. Os perfumes, incensos e Tintas estavam prontos, a clareira iluminada pelas fogueiras, o grito do curupira tudo estava em seu lugar.
Quando vejo Iberê e Eric surgir no horizonte, Luci e Eric ambos refugiados e com dúvidas irrespondíveis.
Eric, filho de Manaus, Manaus, filho de Jaci, Jaci, mãe do Rios e mares.
Luci, Filha da Ira e da Chuva, do ódio e do conhecimento, Xandoré, a guerra, Jururá-Açu, o orvalho e conhecimento. Luci, sobrinha de Anhagá e Ticê.
As pinturas nos corpos de Eric e Luci foram iniciadas pelas guerreiras de Nair. As minhas e de Beatriz, fizemos uma a outra, irmãs, não por sangue, por salvadora, Ticê vagante da noite em que Anhangá está nas terras infernais.
I e B: Minha mãe Ticê, aqui suas filhas, dê proteção para a fúria do olhar do julgador, paciência para o Legislador e força para o Executor. Faça-me apta a calma perante o ódio e o sorriso perante o Caos. Ihya Ticê.
Terminamos os ritos de preparação, a flauta soou firme na noite atravessando a floresta.
Os ventos circulavam envolta da gente, os tambores batiam firmes, os cânticos saiam direto e a voz não vacilava ao clamar.
POV MARCIA
Virei a madrugada lendo e tentando entender, aparentemente cada entidade é filho de um Deus, dependendo de como a morte aconteça e da finalidade era possível traçar a linhagem,
Os da água, Jaci, a Lua ou Caramuru, o oceano.
Os do fogo, Guaraci, o Sol ou Angra, o fogo
Os da terra, Sumé, a Lei e Agricultura ou Mutin, a Primavera.
Os do ar, Tupã, o Trovão, ou Akuanduba, a Ordem
Os das Trevas, Ticê, a Feiticeira, Anhagá, o Julgador ou Xandoré, A Guerra.
Espíritos e outros são vinculados a terra e as trevas, manifestações do próprio caos, da força do vazio pré-existente em nós.
Eram 3 horas da manhã, dormi rápido, me vejo dentro de um sonho lúcido.
Era um cemitério uma tumba preta, de escritos em dourado, era a tumba de Carol, a Capa Preta.
Andei alguns passos próximos, era um homem alto, trajado de couro e um arco sem flecha. Ele me olhava fechado de cima a baixo, reconheci a pena de seu arco era Jurupari, filho de Ceuci e de Tupã, O legislador e o Invasor de Sonhos.
Uma flecha azul surgiu em suas mãos, ele tomou o arco e mirou ao alto quebrando o vento com um trovão estrondoso. A terra se abriu e Jurupari estendeu a mão, descemos até um campo escuro de clima fechado, era agoniante estar naquele lugar, o desespero bateu em minha porta e eu abri, senhora e senhores agora eu tô no chão.
Chegamos a um trono, de cabeça baixa não ameaçaria olhar no olho de ninguém aqui, vi os pés de 3 tronos, no centro a cor branca iluminava, Anhangá, a direita o roxo era forte, Ticê e a esquerda Vermelho, Xandoré.
Ticê se levanta, e conversa em idioma não reconhecível com Jurupari, vi sua sombra se levantar e caminhar até mim.
T:Andas estudando nós, certo?
Eu tremi ao ouvir seu tom de voz rouco.
T: Responda!
M:Sim, Senhora eu venho estudado.
T: Como você continua viva? As entidades deixam apenas famílias de curandeiros saber da existência, e você é uma filha expulsa de uma família de crenças falhas.
M:Eu não sei, senhoraXandoré se levantou e veio até Ticê.
Algo foi discutido entre eles.X:Naurú pisare (guerreira da noite)
T: Jaci sabe?
Olhei para baixo ainda sem entender
T: Márcia, você sabe da história de Jururá-Açu, certo?M:Sei, senhora
T: Xandoré, o ódio e a guerra me disse que você conhece a filha de Jururá-Açu, é verdade?
M: Sim, senhoraAnhangá percebeu o que havia acontecido.
A voz enlouquecedora bradou as terras infernais
A: Chamem Jururá-Açu!Jurupari me deixou parada perante a tríade das trevas.
Fiquei aliviada quando senti a pulseira de pedra ametista no meu punho, pelo menos uma lembrança de Inês eu tinha para aquele momento.
Jururá-Açu chegou em passos lentos, Ticê perguntou algo e ela respondeu em uma língua que ainda não indentificava.
Ticê e Xandoré sentiram a conexão das entidades envocando eles perante as novas entidades.
Eles sabiam
Ticê levantou minha cabeça e olhou no fundo dos meus olhos seus olhos fundos e escuros haviam um brilho misterioso que atraia e enloquecia.
Acordei do sonho
Deuses o que vai acontecer agora.
POV INÊS
Um bradar se ouviu dos céus, o próprio deus da Ira e do ódio desce rasante em forma de águia. Olha no fundo dos olhos de sua filha.
X: Aiyra?
L: Abá
Ihya Ticê se fez presente eu e Beatriz nos ajoelhamos em respeito.
T: Inês e Beatriz, por que me chamam?
Jaci desceu em último suspiro parando a noite
J: Me chamam para apresentar quem?
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Aiyra- filho/filha
Abá-Pai
Ihya- mãeDe tribos variadas.
Espero que tenham gostado
Amo vocês!
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Um novo olhar// Marinês
FanfictionSerá o amor capaz de superar tudo, batalhas, lutas e muita emoção. Inicio- 18/02/2021 Finalizada- 17/07/21