Agnes 🔮
Assim que ele abriu a porta, me deparei com uma casa gigante, e tenho certeza de que meu queixo foi parar lá no meio da rua.
- Fica a vontade aí pô, sinta-se em casa - ele abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água e bebeu na boca mesmo - mas lembre que não está.
Sorri com o comentário.
- Obrigada.
Então ele desapareceu.
Subiu as escadas e me deixou lá, parada. Fiquei sem saber o que fazer, pra onde ir, então ajeitei as mãos para trás, e continuei parada, esperando que ele voltasse.
Se passaram pelo menos quinze minutos, e nada.
Minhas pernas já estavam doidas, minha barriga roncava e meus olhos mal paravam abertos.
Decidi que deveria ficar lá, porque ele é o chefe, sabe. Não sei se ele ficaria ofendido caso eu fizesse alguma coisa, por isso esperei. Mas ele não aparecia e eu já estava quase indo embora.
Finalmente escutei passos descendo a escada, e vejo que ele está com uma toalha na cintura, e o peito com algumas gostas de água.
- Porra... - ele resmungou - esqueci que tu tava aqui.
Apenas o encarei, tentando olhar apenas para seu rosto.
- Então, quer tomar um banho?
Lógico.
- Sim, se não for muito incômodo. - respondi.
- Que isso - ele deu de ombros - segundo andar, a primeira porta a direita. - ele apontou para a escada - Tem toalha lá, pode usar.
- Tá bom, muito obrigada. - subi, morrendo de vergonha.
Reparei nos detalhes enquanto subia. A escada era de vidro, o corrimão era fino e elegante, as paredes todas brancas, e lá em cima havia um corredor, com um tapete extremamente lindo no meio.
Haviam quatro portas, duas de cada lado, então virei para a direita e abri a primeira, dando de cara com o banheiro.
O banheiro era perfeito. Uma pia, uma patente e um mictório, e até um chuveirinho.
O box era enorme, era de vidro e por dentro tinha uns azulejos que davam um toque de elegância.
Na parede, um espelho gigante, que dava pra ver quase o corpo inteiro. Reparei em mim.
- Meu Deus... - passei a mão no rosto, vendo marcas pretas de rímel.
Que vergonha, eu estava horrível.
Tirei a roupa, e entrei debaixo do chuveiro. Lavei o cabelo, esfreguei o rosto e todo o corpo.
Depois, me sequei e vesti a mesma roupa, já que não tinha mais nada.
Abri a porta e dei de cara com ele, tomei um puta susto.
- Tá doida? Ficar com a mesma roupa? - ele me olhou indignado - Tó, veste isso aqui.
Ele estendeu a mão e me entregou uma blusa do Corinthians e um shorts.
- Hum...ok.
Então ele desapareceu de novo e eu fechei a porta para trocar de roupa outra vez.
Serviu tudo certinho, eram roupas femininas mesmo, e aliás, estavam super cheirosas.
Desço e o encontro com a geladeira aberta, pelo visto estava fazendo algo para comer, e meu estômago revirou só de pensar em comida. Já fazia horas desde que eu havia comido alguma coisa.
- Caralho, eu tinha certeza de que tinha... - ele resmunga.
- Oi. - digo encostada na parede.
- Melhorou - ele me olha - é de alguma mina essa roupa aí, mas não preocupa que tão limpa.
- Sem problema. - coço a cabeça - quer ajuda...?
- Pensei que não ia perguntar - ele ri - abre o pão de alho aí e põe no forno, tem uma bandeja lá dentro já.
Faço o que ele mandou e coloco a mão na cintura, esperando as próximas ordens.
- Então - ele começa - sua mãe sabe? Tipo, do que acontecia e tal...
- Não, ela não acreditaria em mim, pra ela meu pai era um ser humano perfeito.
- Tendi. E tu não vai voltar lá não?
- Talvez, tenho que pegar algumas coisas...mas não sei como. - sinto a tristeza chegar outra vez.
- Mando alguém lá contigo, quero ver ela impedir.
Fico surpresa com toda a disposição que ele tem para me ajudar, ele mal me conhece. Então, por mais que pareça um gesto de ingratidão, pergunto:
- Por que está me ajudando tanto?
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Libertina - [M]
Любовные романы"A gente se encaixou feito peça Gostei de você à beça Beleza singular, riqueza maquiavélica Achei que cê fosse mais uma mas cê não é mais uma, não. Hoje ela é minha menina Linda mulher, libertina".